John Ruskin, William Morris e o Movimento Anti-Restauro

12 Outubro 2018, 12:00 • Clara Moura Soares

Abordou-se a filosofia de conservação desenvolvida por Ruskin e disseminada pelos seus sucessores, como Morris. Neste âmbito, tratou-se o debate em Inglaterra, no século XIX, acerca da questão restauro/conservação e a valorização do Gótico, atendendo ao contexto deste fenómeno marcado pela Revolução Industrial, reforma da Igreja Anglicana e descentralização. As principais ideias de Ruskin e a sua filosofia de conservação foram analisadas, bem como a sua ligação a Veneza. Tratou-se, ainda, o contributo de Morris e da Society for the Protection of Ancient Buildings.
Na fase final da aula foram apresentadas algumas ferramentas e fontes úteis para o desenvolvimento dos trabalhos. Estas referências encontram-se disponíveis na Dropbox.

Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc e o restauro estilístico

10 Outubro 2018, 12:00 • Clara Moura Soares

Nesta aula dedicada ao arquitecto francês e à sua teoria de restauro desenvolvida no século XIX, abordaram-se particularmente os seguintes aspectos: o contexto da formulação da doutrina violletiana e do restauro estilístico, atendendo à política de salvaguarda patrimonial em França após a restauração da monarquia; as principais ideias de Viollet-le-Duc, considerando o seu espírito positivista e idealista, bem como a sua metodologia; algumas das intervenções mais significativas, atendendo ao contexto de realização das mesmas, às propostas de Viollet-le-Duc, à concretização das acções e à sua recepção.

História da conservacão e restauro de pintura

3 Outubro 2018, 12:00 • Clara Moura Soares

Antiguidade clássica-Platão, Teofrasto, Polux, Plínio, Vitrúvio. Idade Média-Império Romano do Oriente (Iconoclastia) e Império Romano do Ocidente (produção pictórica  como meio de catequização).Séculos XVI a XIX -o paradigma do pintor-restaurador.Século XX-a polémica social em torno do restauro de pintura em Portugal .A independentização da profissão relativamente ao trabalho de pintor.A profissionalização do conservador-restaurador de pintura.

Os efeitos da Revolução Francesa sobre o património: destruição e protecção; O restauro arqueológico em Itália no século XIX.

28 Setembro 2018, 12:00 • Clara Moura Soares

A aula foi dividida em dois momentos distintos mas cronológica e tematicamente sequenciais: um primeiro dedicado aos efeitos da Revolução Francesa sobre o património e um segundo relativo ao restauro arqueológico praticado em Itália na primeira metade do século XIX. No concernente aos efeitos da Revolução Francesa, demonstrou-se que esta foi uma época marcada tanto por acções de destruição, como de protecção, analisando-se os acontecimentos e conquistas decorrentes deste processo transformador e as suas consequências, com particular incidência para o desenvolvimento de uma política de conservação inédita.  Relativamente à abordagem ao restauro arqueológico em Itália no século XIX, trataram-se o contexto do seu surgimento e as suas principais características, apresentando casos de estudo ilustrativos destas intervenções modernas em monumentos.

Os alunos foram informados que a partir desta sessão a aula de sexta-feira terá lugar no PN 13. A aula de quarta-feira continuará na sala 5.1.

As transformações no contexto do Iluminismo: o início da afirmação do restauro enquanto disciplina científica

26 Setembro 2018, 12:00 • Clara Moura Soares

Nesta sessão focaram-se as transformações de atitudes, conceitos, ideias e práticas de intervenção no século XVIII, concretamente no contexto do Iluminismo. De forma a demonstrar como durante este século se assistiu ao início da afirmação do restauro enquanto disciplina científica, abordaram-se os seguintes aspectos: 1) o Iluminismo e o seu impacto na História e História da Arte; 2) uma nova noção de Antiguidade indissociável do contributo de antiquários, da vulgarização dos grand tours e do recurso à gravura, ou do incremento das escavações arqueológicas; 3) o contributo de Winckelman para o restauro patrimonial; 4) a dissidência: a revalorização do Gótico, atendendo às circunstâncias que originaram esta divergência e aos reflexos na intervenção monumental; 5) o início da fundação do movimento moderno de conservação e restauro, visando o contributo de Winckelman, casos de estudo, o debate verificado em Inglaterra sobre a natureza e legitimidade das intervenções e os reflexos práticos das transformações verificadas neste período.

Fixou-se, ainda, que no dia 30 de Novembro, ao invés da aula habitual, terá lugar uma visita de estudo à obra de conclusão do Palácio Nacional da Ajuda, às 14 horas.