Sumários

Paradoxos semânticos e paradoxo de Russell

22 Abril 2025, 09:00 Ricardo Santos

Os elementos do paradoxo do mentiroso: auto-referência e predicação de falsidade (ou de não-verdade, no caso do ‘mentiroso reforçado’). O papel do Esquema V: equivalência entre afirmar que uma frase é verdadeira e afirmar essa frase. O paradoxo de Russell. O conjunto R dos conjuntos que não pertencem a si próprios: se R pertence a si próprio, então não pertence; e se R não pertence a si próprio, então pertence. Uma via de solução: rejeição da lei do terceiro excluído e adopção de uma lógica trivalente. A diferença entre as lógicas trivalentes K3 e L3. Como avaliar uma condicional cujos antecedente e consequente são ambos indeterminados: indeterminada ou verdadeira? A dificuldade em expressar linguisticamente o estatuto ‘patológico’ ou ‘semanticamente deficiente’ da frase mentirosa.


A lógica trivalente K3 (cont.)

10 Abril 2025, 09:00 Ricardo Santos

Aplicação da lógica K3 ao problema da vagueza e ao paradoxo sorites: a premissa universal (que expressa a tolerância) não é verdadeira nem falsa; muitas das condicionais que a exemplificam (referentes aos casos de fronteira) não são verdadeiras nem falsas. Objecções a esta solução: (i) a solução postula dois novos limites exactos; (ii) a rejeição do terceiro excluído é injustificada; (iii) a semântica está em conflito com os casos de “conexões de penumbra”.

Aplicação da lógica K3 ao paradoxo do mentiroso. Apresentação do paradoxo. Se a frase “Esta frase é falsa” é verdadeira ou falsa, então é verdadeira e falsa. Se a frase “Esta frase não é verdadeira” é verdadeira ou não é verdadeira, então é e não é verdadeira. A solução consiste em rejeitar a instância relevante da lei do terceiro excluído. Rejeitar uma proposição sem aceitar a sua negação. Rejeição da bivalência: o lógico trivalente não aceita a afirmação “A frase mentirosa não é verdadeira nem falsa”.


A lógica trivalente K3

8 Abril 2025, 09:00 Ricardo Santos

A ideia de que algumas proposições não são verdadeiras nem falsas (mas indeterminadas ou neutras). O paradoxo sorites. Propriedades como rico, careca, velho, etc. são tolerantes ou ‘bounded’ (i.e. têm um limite exacto)? O sorites mostra que, se são tolerantes, então são universais (todas as pessoas são ricas, carecas, velhas, etc.), o que é absurdo. Mas parece inacreditável que sejam ‘bounded’ (i.e. que haja um número mágico desconhecido – de cêntimos, cabelos, segundos vividos, etc. – que faz realmente a diferença). Uma saída: se os casos de fronteira não são verdadeiros nem falsos, então nem é verdade que as propriedades são tolerantes nem é verdade que elas são ‘bounded’; há uma zona de penumbra entre os casos positivos e os casos negativos.

As tabelas de verdade trivalentes de K3. Uma lógica sem verdades lógicas. A validade continua a definir-se como preservação da verdade. O modus ponens é válido em K3.

Aplicação de K3 ao sorites: a premissa universal (que expressa a tolerância) não é verdadeira nem falsa.


Lógica intuicionista (cont.)

3 Abril 2025, 09:00 Ricardo Santos

O método das árvores para a lógica proposicional intuicionista. Exercícios com árvores. Construção de contra-modelos. Confirmação da rejeição da lei do terceiro excluído e da eliminação da negação dupla.


Lógica intuicionista (cont.)

1 Abril 2025, 09:00 Ricardo Santos

A equação intuicionista entre verdade e demonstrabilidade. A rejeição da lei do terceiro excluído como consequência. Rejeitar p não é o mesmo que aceitar a negação de p. O intuicionista também rejeita a negação da lei do terceiro excluído (a qual conduz a uma contradição) e aceita a negação dessa negação. Comparação entre a lei do terceiro excluído e o princípio da bivalência. A lógica intuicionista é uma lógica bivalente. Diferentes compreensões da negação e da falsidade.

A semântica de mundos possíveis para a lógica proposicional intuicionista. Definições de consequência semântica e de verdade lógica. O método das árvores para a lógica proposicional intuicionista.