Sumários

O Humanitismo

30 Março 2016, 10:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

O Humanitismo e as outras estratégias ironizantes e táticas humorísticas que veiculam a denigração de certas ideias filosóficas da altura.

O protagonismo conferido às disputas filosóficas através da centralidade narrativa de uma personagem isolada da realidade: a transformação do discípulo Cândido em malicioso adoutrinador e a negação da consideração volteriana da filosofia como garantia da tolerância.

A síntese do caráter desvairado da filosofia (reacionária e demencial) de Quincas Borba presente no célebre axioma ‘ao vencedor as batatas’.

Análise dos mecanismos irónicos presentes no capítulo CXLI: o absurdo desenvolvido com paradoxal lógica (numa organização discursiva semelhante à da Modesta proposta de Swift) e a reverência no retrato do desvairado filósofo.


Bibliografia:

JANKÉLÉVITCH, Vladimir (1964): L’ironie (Paris: Flammarion).

MEINDL, Dieter (1996): American Fiction and the Metaphysics of the Grotesque (Columbia: University of Missouri Press).

MOISÉS, Massaud (1985): A criação literária – Prosa (São Paulo: Cultrix [3ª ed.]).


A visão do progresso e da ciência no romance "Memórias póstumas de Brás Cubas"

18 Março 2016, 10:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

 

A situação de "Memórias póstumas de Brás Cubas" numa terceira via de reação cáustica contra os paradigmas dos progressismos da altura.

O funcionamento deturpado de determinadas ideologias importadas da Europa num país sem tradição de pensamento teórico e onde prevaleciam muitas da condições coloniais.

O Humanitismo e as outras estratégias ironizantes e táticas humorísticas que veiculam a denigração de certas ideias filosóficas da altura.

A possibilidade de edificar uma comunidade de leitores mais ampla através da mordacidade cáustica.



BAPTISTA, Abel Barros (1991): Em nome do apelo do nome (Lisboa: Litoral).

FACIOLI, Valentim (2008): Um defunto estrambótico: análise e interpretação das Memórias póstumas de Brás Cubas (São Paulo: Universidade de São Paulo [2ª ed.]).

 


O pessimismo machadiano: a interpenetração da crítica social e de uma trágica visão da vida

16 Março 2016, 10:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Foi marcada a segunda aula de reposição no dia 18 de abril (14-18h, sala 2.13).

Comentário do capítulo XXI "O almocreve" do romance "Memórias póstumas de Brás Cubas" como exemplar retrato da condição moral do protagonista e como modelo de ironia a respeito da falta de ética e de escrúpulos da elite escravocrata do Brasil oitocentista.

A caraterização complementar de outros representantes dessa sociedade.

O pessimismo machadiano: a interpenetração da crítica social e de uma trágica visão da vida. As fontes do pessimismo de Machado de Assis: Pascal e as ideias da finitude, a morte e o sentido da vida. O capítulo do delírio de Brás Cubas.

 

 

Bibliografia:

AA.VV. (1998): Machado de Assis: uma revisão. Orgs. Antonio Carlos Secchin, José Maurício Gomes de Almeida, Ronaldes de Melo e Souza (Rio de Janeiro: In-Fólio).

AA.VV. (2009): Lembrar Machado de Assis. Org. V. Pinheiro Chaves, L. Moreira, S. Cardoso (Lisboa: CLEPUL).


Aula de reposição: as relações literárias entre os autores neorrealistas e os escritores regionalistas

14 Março 2016, 17:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Palestra do Engenheiro António Redol e do professor José Damião Rodrigues sobre as relações culturais entre Portugal e Brasil, nomeadamente, as relações e diálogos culturais e literários estabelecidos entre os escritores neorrealistas portugueses e os escritores regionalistas brasileiros.

Apresentação do volume do nº8 da revista Nova síntese, dedicado às relações culturais Portugal/Brasil, em colaboração com o Museu do Neo-Realismo.


Ironia e pessimismo no romance "Memórias póstumas de Brás Cubas"

11 Março 2016, 10:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Análise dos personagens machadianos.

Análise (continuação) do capítulo XXIV “Curto mas alegre”.

A subjetividade hipertrofiada do narrador machadiano. As relações do humor machadiano com duas grandes matrizes da ironia literária: o experimentalismo narrativo de Sterne e o moralismo irónico de Swift.

O cetismo de Machado de Assis a respeito do ufanismo progressista da sociedade carioca do século XIX e a indulgência com a miséria humana.

Análise do capítulo LXXIV do romance e análise do significado na obra da figura de D. Plácida.

 

Bibliografia:

AA.VV. (1998): Machado de Assis: uma revisão. Orgs. Antonio Carlos Secchin, José Maurício Gomes de Almeida, Ronaldes de Melo e Souza (Rio de Janeiro: In-Fólio).