Sumários
Do Congresso de Viena à Revolução de 1848
6 Março 2025, 15:30 • Maria Inês Robalo
A periodização problemática e a perspectivação historiográfica da Alemanha entre 1815 e 1848 (Restauração, Vormärz e Biedermeier), e figuras simbólicas da identidade alemã no contexto da evolução política e da "dupla revolução" (política e liberalização económica). As grandes questões que marcaram o pensamento político do período: Großdeutschland ou Kleindeutschland; regime autoritário ou parlamentar/ constitucional; emancipação dos judeus no quadro da definição da noção de cidadania e identidade nacional.
Sobre a Educação Estética do Homem numa Série de Cartas de F. Schiller
27 Fevereiro 2025, 15:30 • Maria Inês Robalo
Apresentação da posição de Schiller perante a Revolução Francesa através da leitura da sua carta ao duque Friedrich Christian de Augustenburg (1793). Leitura, análise e comentário detalhado de Sobre a Educação Estética do Homem numa Série de Cartas: a caracterização desencantada que Schiller faz da sua época; a proposta da educação estética como chave para a transformação política e social no sentido da perfeição ética; a concepção antropológica tridimensional plasmada na noção do impulso lúdico como mediador dinâmico entre o impulso sensível e o impulso formal (racional).
Cosmopolitismo e literatura-mundo: J.W. Goethe
25 Fevereiro 2025, 15:30 • Maria Inês Robalo
A resposta de J.W. Goethe à Revolução Francesa e às Guerras Napoleónicas. Análise e caracterização do conceito de literatura-mundo no quadro da mundividência Gotheana e do respectivo projecto estético. A discussão teve por base a leitura e comentário a excertos de Conevrsas com Goethe (Gespräche mit Goethe) de Johann Peter Eckermann, da revista Propyläen, e das notas sobre tradução incluídas no Divan Ocidento-oriental (West-östlicher Divan). Salientou-se a importância dada à viagem, à circulação transnacional de periódicos literários, à correspondência inter-pares, assim como a centralidade da tradução (três modalidades).
Cosmopolitismo e literatura- mundo
20 Fevereiro 2025, 15:30 • Maria Inês Robalo
A figura de Frederico II (1744-1797) como patrono das artes e motor da afirmação da Prússia como potência no quadro Europeu. O cenário bélico complexo do último quartel do séc. XVIII e princípio do séc. XIX (Guerras da Silésia, Guerra dos Sete Anos, Guerras Naopleónicas). Leitura e comentário de excertos de A Paz Perpétua/ Zum ewigen Frieden (1895) de Immanuel Kant, com foco na sua perspectiva cosmopolita, enquanto resposta positiva perante um conexto internacional politicamente tenso. Enquadramento de J.W.Goethe como figura cosmopolita e também da sua posição perante os rumos da Revolução Francesa. Alusão a Hermann und Dorothea (1796-97), que colheu grande popularidade à época, como texto ilustrativo de uma posição conservadora, e porventura ambígua, perante a Revolução. Analisou-se também o poema Die Zerstörung Magdeburgs (1798). Na aula seguinte continuar-se-á o desdobramento deste tópico, nomeadamente, o aprofundamento da noção de literatura-mundo mediante a leitura de partes da obra West-östlicher Divan (1818).
O final do século XVIII- dispersão política do território e unidade linguística e cultural
18 Fevereiro 2025, 15:30 • Maria Inês Robalo
Iniciou-se o estudo do primeiro tópico do módulo 1. Abordou-se o papel da "burgesia esclarecida" (Bildungsbürgertum) nos primeiros impulsos dados em direcção a uma ideia de nação alemã, condensada no par Kulturnation- Sprachnation, perante um Sacro Império territorialmente atomizado e envolto em vários conflitos e políticas de alianças. Das afinidades com os ideais da Revolução Francesa ao desencanto. Num segundo momento da aula, discutiram-se excertos da obra Ensaio sobre a Origem da Linguagem (1772) de J.G. Herder. Valorizou-se a concepção antropológica e, por conseguinte, reflexiva (Besonnenheit) da linguagem, bem como a associação que o filósofo faz entre língua e cultura. A língua como a fronteira simbólica de um grupo. Por extensão, reflectiu-se acerca legado do Ensaio na sustentação de que uma comunidade não se fundaria num contrato social negociado (segundo o modelo de Rousseau), mas sim na vontade expressa de um grupo que partilha historicamente a mesma línga e cultura.