Sumários

As Res gestae: o testamento ideológico de Augusto entre a monarquia e a civilidade.

15 Maio 2025, 11:00 Rodrigo Furtado


I.               O contexto.

 

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1.      O suporte;

2.      O local;

3.      O monumentum Ancyranum (em Ancara); os vestígios de Apolónia e de Antioquia da Psídia.

4.      Quando? 2 a.C.-14 d.C.

5.      O que é? Um testamento político? Um epitáfio? Uma apologia pro vita sua?

6.      Entre a monarquia e a civilidade.

 

II.              Análise do texto: Res gestae 1-8, 25-35.

 

III.            Os temas:

1.     Restitui a República à Liberdade’.

2.     res publica e lex: S(enatus) P(opulus)Q(eu) R(omanus)

3.     República vs. monarquia.

4.     A conquista do orbe.

5.     Clementia, pietas, uirtus, iustitia.

6.     Auctoritas e potestas.

 

I.                O que é Octaviano em Roma?


                          i.       Poderes extraordinários (32-27).

                         ii.       Cônsul (31-23).

                       iii.       Censor (28 a.C.)

                        iv.       Princeps senatus (27-).

                         v.       Augustus (27-).

                        vi.       Imperium proconsulare (27-23).

                       vii.       Imperium pronconsulare maius (23-).

                     viii.       Tribunitia potestas (23-).

                        ix.       Pontifex Maximus (12-).

                         x.       Pater patriae (2 a.C.-).


 

Rodrigo Furtado

Bibliografia Sumária                                                                                                                    

Res gestae diui Augusti

Gruen, E. S. (2005), ‘Augustus and the making of the principate’, Cambridge Companion to the Age of Augustus, Cambridge, 33-51.

………………………………………

Bang, P. F. (2013), ‘The Roman Empire II. The Monarchy’, The Oxford Handbook of the State in the Ancient Near East and Mediterranean, Oxford.

Belloni, G. G. (1987), Le “res gestae diui Augusti”. Augusto: il nuovo regime e la nuova urbe, Milano.

Brunt, P. A.-Moore, J. M. (1967), Res gestae diui Augusti. The achievements of the divine Augustus, Oxford.

Cooley, A. E. (2009), Res gestae diui Augusti, Cambridge.

Elsner, J. (1996), 'Inventing imperium: texts and the propaganda of monuments in Augustan Rome', Art and text in Roman culture, Cambridge, 32-53. 

Glay, M. le (1992), Rome. Grandeur et chute de l’Empire, Paris.

Goodman, M. (1997), The Roman world. 44 BC-AD 180, London-New York.

Heuss, A. (1975), Zeitgeschichte als Ideologie. Bemerkungen zu Komposition und Gedankenfuhrung der Res Gestae Divi Augusti’, Monumentum Chiloniense. Studien zur augusteischen Zeit, Amsterdam, 55-95.

Laet, S. J. de. (1941), De Samenstelling van den romeinscben Senaat gedurende de eerste Eeuw van het Principaat (28 voor Chr.-68 na Cbr.), Antwerp.

Mackay, C. S. (2011), El declive de la República romana de la oligarquía al imperio, Barcelona.

Millar, F. (2002), Rome, the Greek world and the East 1. The Roman republic and the Augustan revolution, Chapel Hill, London.

Millar, F., Segal, E., ed. (1984), Caesar Augustus: Seven Aspects, Oxford.

Mitchell, S. (2008), The Imperial Temple at Ankara and the Res Gestae of the Emperor Augustus: a historical guide, Dönmez Ofset.

Raaflaub, K., Toher, M., ed. (1990), Between Republic and Empire, Berkeley.

Ramage, E. S. (1987), The nature and purpose of Augustus’ «Res gestae», Stuttgart.

Ridley, R.T. (2003), The emperor's retrospect: Augustus' Res gestae in epigraphy, historiography and commentary, Leuven.

Roldán, J. M. et alii (1989), El imperio romano, Madrid.

Scheid, J. (2007), Res gestae diui Augusti. Les haut-faits du divin Auguste, Paris.

Sherk, R. K. (1988), The Roman Empire: Augustus to Hadrian, Cambridge.

Syme, R. (1939), The Roman Revolution, Oxford.

Talbert, R. J. A. (1984), The Senate of Imperial Rome, Princeton.

Wallace-Hadrill, A. (1982), ‘Civilis Princeps: Between citizen and king’, JRS 72, 32–48.

Wells, C. (19922), The Roman Empire, London.

Wiseman, T. P., ed. (1985), Roman Political Life, 90 BC–AD 69, Exeter.

Yavetz, Z. (1983). 'The Res Gestae and Augustus' Public Image', Caesar Augustus: Seven Aspects, London, 1-36.

Yavetz, Z. (19882), Plebs and Princeps, Oxford.

 

 


Da República ao Império

14 Maio 2025, 14:00 Martim Nunes França Aires Horta

O Primeiro Triunvirato e a ascensão de César. A campanha na Gália e a liderança de Clódio.

A consolidação do poder de Pompeio e o problema do imperium de César.
A II Guerra Civil. As relações do Egipto e Roma.
A ditadura de César.


Romanização, Local Romanness and Central Romanness – processos de negociação de identidade

13 Maio 2025, 11:00 Rodrigo Furtado


1.     O processo administrativo..

1.1   O sistema de cooperação entre micro-estados; um processo efectivo, mesmo se lento, de inclusão/participação/absorção. Concluído: 212: edicto de Caracala.

 

2.     O Centro: a Urbe e a Itália.

2.1   A morte dos comícios: um fim sem notícia. Os magistrados da República antiga.

2.2   Os funcionários da Cidade: Prefeitos (Cidade, Anona, Vigílias). A multiplicação de cargos menores.

2.3   A reorganização da Itália em onze circunscrições com Augusto. A administração senatorial.

2.4   A autonomia local.

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3.     As ‘províncias públicas’.

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3.1  Procônsul ou propretor: o topo de uma carreira senatorial. Sorteio e anualidade.

3.2  As províncias:

a. Ásia: procônsul; Pérgamo; Éfeso; poleis; centro cultural; a economia;

b. África: procônsul; Cartago; a vida urbano e o eixo ítalo-africano;

c. Bética: propretor; Córdova; Itálica; o Guadalquivir e o Guadiana; minas e azeite;

d. Acaia: propretor; Corinto; as poleis gregas.

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4.     As ‘províncias imperiais’

4.1   Administração; legiões; senado. Legados, prefeitos, procuradores. Nomeação e ausência de prazo.

4.2   As províncias:

                                                          a.         Tarraconense: normalmente ex-cônsul; Tárraco; diversidade e minas. A região de Legio;

                                                          b.         Lusitânia: ex-pretor; a fundação de Emerita Augusta: situação geográfica;

                                                           c.         Síria: ex-cônsul; Antioquia; situação estratégica.

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Rodrigo Furtado

5.     Romanização: um conceito problemático.

5.1  O que é a Romanização? A falta de homogeneidade; processos top-bottom e bottom-top.

5.2  Os agentes da Romanização: soldados; comerciantes; colonos; migrantes; pessoal administrativo; libertos

5.3  Cidades; equipamentos culturais; gosto e moda; uillae; religião e sincretismos; língua.

5.4  A integração das elites: a cultura como elemento de distinção social e política.

5.5  A administração: o procônsul/propretor/legado e as cortes regionais.

5.6  As cidades: cólonias de cidadãos romanos: Santarém e Beja; munícipio de cidadãos romanos: Lisboa; cidades de direito latino: Alcácer do Sal, Mértola, Évora.

5.7  A Romanização do mundo rural – as uillae.

5.8  A integração económica: o comércio atlântico; a especialização produtiva – o ouro; o mármore; os derivados de peixe.

 

6.     Um império sem fim.

6.1  O mundo de Septímio Severo da Escócia ao Eufrates: um mundo próspero e globalmente estável.

6.2  Central Romaness: centralidade, identidade e governo provincial.

a.     um processo efectivo, mesmo se lento, de inclusão/participação/absorção. Concluído: 212: edicto de Caracala.

b.     Administração central muito leve.

6.3  Local Romaness: um mundo de regiões e de cidades. o divórcio entre cidadania/voto/etnicidade/cidade/combater; uma ‘nova cidadania’?

 

 

 

Bibliografia Sumária:

Goodman, M. (1997), The Roman World. 44 BC-AD 180, London, New York, 100-112.

Pohl, W. (2018), ‘Introduction: Early medieval Romanness – a multiple identity’, Transformations of Romanness. Early Medieval Regions and Identities, Berlin/Boston, 3-39.

______

Blázquez, J. M., Alvar, J., eds. (1996),  La Romanización en Occidente, Madrid.

Carvalho, A.-Álvarez Martínez, J. M.-Fabião, C. (2016), Lusitânia Romana. Origem de dois povos, Lisboa.

Dench, E. (2010), ‘Roman identity’, The Oxford handbook of Roman studies.

Hingley, R. (2005), Globalizing the Roman Culture, Londres.

Keay, S., Terrenato, N., eds, (2001), Italy and the West : comparative issues in Romanization, Oxford.

Le Roux, P. (1995), Romains d'Espagne. Cités et politique dans les provinces Ier siècle av. J.-C. - III siècle ap. J.-C., Paris.

Merryweather, A. D., Prag, J. R.W., 'Romanization'? or, Why Flog a Dead Horse?’, Digressus.

Woolf, G. (1998), Becoming Roman. The Origins of provincial civilization in Gaul, Cambridge.

                                                                                                                                                 

 


Da República ao Império

12 Maio 2025, 14:00 Martim Nunes França Aires Horta

A cultura política dos últimos anos da República.

Pompeio e o Oriente. O Processo de Catilina. O Primeiro Triunvirato e a ascensão de César.


O Imperador no seu mundo: a máquina administrativa romana do Principado – vantagens e fragilidades.

8 Maio 2025, 11:00 Rodrigo Furtado


 

  1. As alterações à composição do exército romano:

1.1   Até 107 a.C.: um exército de cidadãos e de aliados.

1.2   Os quatro choques:

1.2.1       A reforma de 107 e a abertura ao voluntariado para complementar o “serviço militar”.

1.2.2       A guerra social e a incorporação dos aliados.

1.2.3       O imperium proconsulare de Pompeio para combater os piratas.

1.2.4       Os poderes extraordinários de Octaviano e a vitória na guerra: 60 legiões sob controlo de uma só pessoa + recrutamento de aliados (de fora de Itália) e mercenários.

1.3   A profissionalização:

1.3.1       Na guerra entre Octaviano e Marco António/Cleópatra: mobilização de 600 mil soldados.

1.3.2       A desmobilização de cerca de metade do exército: 300 mil soldados. Com Augusto mantêm-se 28 legiões (c. 5500 homens; c. 150 mil soldados) e número semelhante de tropas auxiliares.

1.3.3       A profissionalização do exército imperial: com Augusto, 1/7 dos cidadãos estão nas legiões.

1.3.4       O voluntariado como sistema.

1.3.5       Serviço militar profissionalizado de 16 anos+4 de reserva aumentado ainda na época de Augusto para 20+5. Estabiliza em 25 anos de mobilização.

1.3.6       Salário anual: 900 sestércios (1 sestércio = dois pães/1 sestércio ~2 euros).

1.3.7       Fixação de recompensas para os veteranos: terras (ca. 50 iugera – 14 ha); ainda na época de Augusto: em dinheiro – 12 mil sestércios.

1.3.8       O Aerarium militare (6 d.C.): o tesouro para financiar as recompensas para os veteranos; alimentado com impostos (1% sobre vendas em leilão + 5% heranças).

1.3.9       A proibição de casar;

1.3.10     Estabilizam ao longo do Alto Império nos 300 mil efectivos de cidadãos em tempos de paz.

 

  1. A última revolução: a desmilitarização do Mediterrâneo e a militarização das fronteiras.

2.1   A provincialização do exército: recrutamento e presença militar.

2.1.1       Augusto: 68% dos legionários eram itálicos

2.1.2       ca. 50 d.C.: 48% dos legionários eram itálicos

2.1.3       ca. 100 d.C.: 22% dos legionários eram itálicos;

2.1.4       ca. 200 d.C.: 2% dos legionários eram itálicos;

2.2   A desmilitarização de Itália e das províncias mediterrâneas: o afastamento das legiões.

2.3   A militarização das elites e das populações de cidadãos de fronteira.

 


 

 

3.     Demografia:

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W. Scheidel, ‘Population’, The Cambridge Economic History of the Greco-Roman World, Cambridge, 48.

 

Número de cidadãos:

28 a.C.: em Itália: ca. 4.063.000 (Res gestae 2.2) - 3 milhões + 1 milhão fora de Itália.

14 d.C.: em Itália: ca. 4.937.000 (Res gestae 2.8) - ca. 3-3,5 milhões + 1.5-2 milhões fora de Itália.

212 C.: em Itália: ca. 4 milhões + 15-33% dos homens fora da Itália (ca. 4-9 milhões).

 

Rodrigo Furtado

Bibliografia Sumária:

Scheidel, W. (2019), Escape from Rome: The Failure of Empire and the Road to Prosperity, Princeton, 51-123.

Hopkins, K. (2009), ‘The political economy of the Roman Empire’, The dynamics of ancient empires. State power from Assyria to Byzantium, Oxford, 178-204.

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Afzelius, A. (1942), Die römische Eroberung Italiens (340–264 v. Chr.), Copenhagen.

Bang, P. F.-Scheidel, W., eds. (2013), The Oxford handbook of the state in the ancient Near East and Mediterranean, New York.

Brunt, P. A. (1987), Italian manpower 225 B.C.–A.D. 14, Oxford.

Cagniart, P. (2007), ‘The late Republican army (146-30 BC)’, A companion to the Roman army, Malden, MA, Oxford, Victoria, 80-95.

Cornell, T. J. (2000), ‘The city-states in Latium’, A comparative study of thirty city-state cultures: An investigation conducted by the Copenhagen Polis Centre, Copenhagen, 209–228.

Eckstein, A. M. (2006), Mediterranean anarchy, interstate war, and the rise of Rome, Berkeley.

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Gabba, E. (1976), Republican Rome. The army and allies, Oxford.

Gilliver, C. M. (1999), The Roman Art of War, Stroud.

Gilliver, K. (2007), ‘The Augustan reform and the structure of the Imperial army’, A companion to the Roman army, Malden, MA, Oxford, Victoria, 183-200.

Goldsworthy, A. (1996), The Roman Army at War, Oxford.

Goldsworthy, A. (2003), The complete Roman Army, London.

Harmand, J. (1967), L’armée et le soldat à Rome de 107 à 50 avant notre ère, Paris.

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Hin, S. (2013), The demography of Roman Italy: Population dynamics in an ancient conquest society 201 BCE–14 CE, Cambridge.

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Ritterling, E. (1924/5), ‘Legio’, RE 12.1–12.2, 1186–1829.

Rosenstein, N. 2004. Rome at war. Farms, families, and death in the Middle Republic, Chapel Hill.

Saddington, D. B. (1982), The development of auxiliary forces from Caesar to Vespasian, Harare.

Scheidel, W. (1996), Measuring sex, age and death in the Roman empire: Explorations in ancient demography, Ann Arbor, MI.

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