Sumários

Patrícios e Plebeus: do conflito ao compromisso social. A institucionalização do combate

5 Março 2018, 10:00 Rodrigo Furtado

I.                Uma família em Roma: os Cornélios Cipiões-Emílios Paulos.

 

II.      Para compreender a origem da aristocracia política romana.

  1. Quem são os patrícios e plebeus no século V a.C.?

 

II.      Uma primeira fase: institucionalizar a divisão.


1      Processo político: as duas secessões da plebe (494; 449 a.C.) – protestar, reivindicar?

2      Diz que é uma espécie de sindicato: tribunos e edis da plebe; os concilia plebis e os plebiscitos.

3      Lei das XII tábuas (450 a.C.) - lei que protege, lei que separa.

4      Local simbólico: o Aventino.

 

III.     Da divisão ao compromisso.

1      O compromisso Licínio/Sextio (367 a.C.): o consulado patrício-plebeu

2      A abertura das magistraturas: edis curuis (364), pretores (356), censores (351), pontifex maximus (300).

3      A constituição da nobilitas senatorial: a liderança da República.

 

IV.     Regulamentar a liderança: check and balance.

1.     Lei Genúcia (342 a.C.): objectivos; a obrigatoriedade do consulado plebeu.

dificuldades de implementação: entre 366-291, 14 homens ocupam 54 vezes o consulado; 8 deles foram cônsul 4 vezes; 2 deles foram cônsules nove vezes.

2      P  lebiscito Ovínio (ca. 339-330 a.C.) e a regulamentação do acesso ao senado: (in?)dependência de um órgão.

3      Lei Hortênsia (287 a.C.): a universalidade dos plebiscitos.

 

V.                  A família em Roma: o paterfamilias; o cliens.

1.     Quem pode ser paterfamilias? Poderes.

2. O sistema clientelar.


O commentariolum petitionis ou como ganhar eleições em Roma - uma aristocracia 'electiva'?

1 Março 2018, 10:00 Rodrigo Furtado

1.     A situação retórica.

                           Ano: 64 a.C.

                                    Eleição consular de M. Túlio Cícero; epistolografia de Q. Túlio Cícero.

        

2.     Os candidatos:

Marco Túlio Cícero: um homo nouus;

  L úcio Sérgio Catilina: um patrício, de uma família desprestigiada

Gaio António Híbrida: o filho de um brilhante orador e cônsul.

 

3.     As condições para se ser eleito: a lex Villia de 180 a.C. e as alterações de Sula (80 a.C.) – idade; cursus honorum; intervalos.

 

4.     Conquistar o populus romanus.

4.1   Os temas de campanha. Comentário a comm. 53.

                                       A ausência de temas políticos: uma campanha que não se centra nas alternativas ideológicas;

                                       O que se disputa: a dignitas. O significado ideológico da dignitas.

4.2   As técnicas:

Comm. 41, 52: Nomenclatio; blanditia; adsiduitas; benignitas; rumor; species in re publica;

Prensatio (o episódio de Cipião Nasica: Val. Max. 7.5.2);

Os apoiantes: deductores; salutatores; adsectatores.

4.3   Supplicare populo Romano: discussão do significado.

 

5.     Uma aristocracia electiva?

6.1 O senado como o conselho da aristocracia política em Roma;

6.2 A escolha dos senadores (lectio senatus): a eleição para questor e o papel dos censores.

6.3 Uma aristocracia que se deve legitimar através de eleições, geração após geração.

6.4 Res publica = res populi (Cic. rep. 1.25)


1º ensaio

a) 1500 palavras (Times New Roman, 12, single space).

b) Entregar em Word para o mail: rodrigo.furtado@campus.ul.pt.

c) Data de entrega: até 16 de Março de 2017 (até às 23h59)

 

1500 palavras, sem contar com notas, com bibliografia ou com anexos iconográficos.

 

a)    Ler Quinto Cícero, Breve manual de campanha eleitoral (trad. A. Silva) (na drive)

b)    Ler:

J. North (1990), ‘Politics and aristocracy in the Roman Republic’, Classical Philology 85, 277-287 (na drive).

W. J. Tatum (2009), ‘Roman democracy?’, A Companion to Greek and Roman Political thought, Malden, Oxford, Victoria, 214-227 (na drive).

 

c)    Integrando informação colhida em a) e b), comente:

 

‘Se alguém fixar os seus olhos no poder dos cônsules, a constituição parecerá completamente monárquica; se no senado, parecerá por sua vez ser aristocrática; e quando observamos o poder das massas, parecerá claramente ser democrática.

Políbio 6.11

 

                  Por isso, a coisa pública (= Res publica) é coisa dos cidadãos (= Res populi)

Cícero, rep. 39

 

Apesar da importância aparente do elemento popular na constituição, alguns investigadores recentes têm tendido a acreditar que as aparências podem ser muito ilusórias.

A. Lintott (1999), The constitution of the Roman Republic, Oxford, 202.


Da Urbe ao Orbe: uma revolução geopolítica

26 Fevereiro 2018, 10:00 Rodrigo Furtado

I.        A inserção de Roma na Liga latina.

1.     O significado da liga e o domínio do Lácio.

 

II.      O início de um processo expansionista.

1.     A dissolução da Liga Latina e a anexação da Campânia (338 a.C.);

2.     As três guerras samnitas (343-341; 327-304; 298-291 a.C.) e a expansão para sul de Itália;

3.     A conquista de Tarento (272 a.C.);

4.     A conquista da Etrúria (até 265 a.C.)

 

III.            A reorganização do espaço itálico: uma ‘revolução’ regional e os novos quadros politico-sociais.

1.     O ager romanus.


                                               i.     Roma e o território rural;

                                             ii.     Cidades de cidadãos romanos;

                                            iii.     Ciuitates sine suffragio

                                            iv.     municípios


2.     Os socii.


                                               i.     Latinos;

                                             ii.     Itálicos


3.     As obrigações dos aliados: a importância da manutenção da guerra

 

IV.             As guerras púnicas e o domínio do Mediterrâneo ocidental (breve síntese).

1.     A primeira guerra púnica e o domínio do Tirreno (264-241 a.C.);

2.     Aníbal vs. Cipião: a segunda guerra púnica (218-202 a.C.);

3.     Delenda est Carthago: a conquista da cidade (146 a.C.).

 

V.              As guerras da Macedónia e a expansão para o Adriático e para o Egeu (breve síntese).

1.     As três primeiras guerras da Macedónia (215-205; 200-196; 171-168 a.C.); a 4ª guerra (146 a.C.).

2. O testamento de Átalo III (133 a.C.)    


O povoamento de Roma entre 1000-500 a.C.: A fundação da Cidade, o mito e a arqueologia.

22 Fevereiro 2018, 10:00 Rodrigo Furtado

I.                   As fontes e as suas incompatibilidades.

1.       Tito Lívio : a incerteza acerca do passado.

2.       A arqueologia e os Estudos Clássicos. Quando as pedras não dizem o mesmo que os textos.


II.                 Uma geografia singular?

1.       No norte do Lácio, nas margens do Tibre; água doce; a via Salaria; a insula Tiberina; o mar. A comunicação entre a Etrúria e a Campânia.

2.       A ‘fundação’. A data:  Fábio Pictor (747 a.C.); Catão (751 a.C.); Varrão (753 a.C.).

3.       Entre o Palatino e o Quirinal: duas comunidades? O forum boarium; o primeiro pomerium (?).

4.       À conquista do vale: o forum romanum e a urbanização da cidade no século VI.


III.            Uma encruzilhada étnica: Latinos e Sabinos; Etruscos e Gregos.

1.     A reboque da Etrúria e da Campânia: os primeiros sinais de desenvolvimento no final do s. IX – o Palatino.

2.     A ‘monarquia latino-sabina’: Rómulo, Numa Pompílio, Tulo Hostílio, Anco Márcio. Paradigmas de representação.

3.     A monarquia etrusca: Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio-Mastarna, Tarquínio Soberbo.

4.     A tese tradicional: o domínio etrusco: significado político e civilizacional. A tese de T. J. Cornell: a koinê cultural do mar Tirreno.


IV.             Hollywood em Roma (Forsythe, 2005, 79).

1.       Rómulo e Remo. Eneias: o altar de Lavínio e a aliança com Pérgamo.

2.       A violação de Lucrécia.


Apresentação. Programa, bibliografia e avaliação. Orientações para os ensaios

19 Fevereiro 2018, 10:00 Rodrigo Furtado

PROGRAMA:

0.     Prólogo.

O povoamento de Roma entre 1000-500 a.C.: a fundação da Cidade, o mito e a arqueologia.

Da cidade ao orbe: das guerras púnicas à conquista de Alexandria – uma revolução geopolítica.

 

I.      A República média: quando Roma é a República – uma cidade governada por cidadãos.

O commentariolum petitionis ou como ganhar eleições em Roma – uma aristocracia ‘electiva’?

Patrícios e plebeus: do conflito ao compromisso: uma família da nobilitas.

The frozen waste theory e a reacção democrática: o (im)possível lugar ideológico do populus Romanus.

A estrutura política: tipologia e poderes das instituições da Respublica.

A República romana era democrática?

 

II.    A República tardia: ruptura e desmoronamento de um modelo.

A Primeira Catilinária: os actores em presença. A ruptura das elites e a desagregação institucional.

Governar o Mediterrâneo como uma cidade: a impossível quadratura do círculo.

Optimates vs. populares: os programas ideológicos ou ‘como salvar a República’?

À beira do colapso: a guerra social e as vésperas efesinas. A nova República de Sula.

Pompeio e César: os últimos dias da República?

 

III.  A República restaurada e  o princeps: a construção de uma ambiguidade.

As Res gestae: o testamento ideológico de Augusto entre a monarquia e a civilidade.

Dos Idos de Março à restauração da República: definir os poderes do princeps.

Uma época extraordinária: quando o tempo volta a (a)brandar – a Eneida e o fim da história.

Arte e poder em Roma: a Roma marmórea de Augusto.

A caminho de uma nova República: houve ruptura entre as elites? O problema sucessório

 

IV.            O triunfo da monarquia ciuilis: os retratos do príncipe.

A Vida de Vespasiano e a Vida de Calígula: o que é um imperador?

O Senado e o príncipe: domesticação e miscigenação – as elites imperiais e o domínio do Mediterrâneo.

Um regime em experimentação contínua: o problema sucessório na construção do Principado.

Antoninos e Severos: os imperadores provinciais e a construção da monarquia imperial.

 

V.     O mundo provincial romano

O Mediterrâneo do ano 200: estruturas políticas, dinâmicas económicas e construções sociais.

A administração imperial: uma máquina para a eternidade.

Romanização: um problema de conceito: aculturação das elites e fundações urbanas na Lusitânia.

«Tornar-se Romano, mas permanecer Grego» – a ‘Romanização’ do Mediterrâneo Oriental    

AVALIAÇÃO

1. Três curtos ensaios (temas a determinar ao longo do semestre):

a) Irão ser propostos cinco ensaios. Os alunos escolhem fazer três dos cinco primeiros ensaios propostos. Podem fazer os cinco e contam as três melhores notas.

b) 1500 palavras cada um (cerca de 4 páginas, escritas em Times New Roman, 12, single space).

c) Entregar em Word, para o mail: rodrigo.furtado@campus.ul.pt.

d) Datas de entrega: ver abaixo


2. Teste final

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Elementos de Avaliação

 

 

 

 

 

Ponderação

1º ensaio

 

até 18 Mar.

dom.

23h59m

por mail

fazer três à escolha ou até cinco e contam os três melhores

50% : 3

2º ensaio

 

até 15 Abr.

dom.

23h59m

por mail

3º ensaio

 

até 2 Maio

qua.

23h59m

por mail

4º ensaio

 

até 16 Maio

qua.

23h59m

por mail

5º ensaio

 

até 3 Jun.

dom.

23h59m

por mail

Teste final

 

20  Jun.

qua.

15h-18h

a determinar

obrigatório

50%