Sumários

A Antiguidade tardia: o Império Cristão. Uma máquina para a eternidade

26 Fevereiro 2021, 15:30 Rodrigo Furtado

1.     Constantino: um imperador cristão?

1.1. O edicto conjunto “de Milão” e a tolerância do Cristianismo (313).

1.2  O favorecimento do Cristianismo: a devolução da propriedade; a isenção de impostos; a isenção do serviço decurial; a construção de basílicas: São Pedro; São Paulo; Santo Sepulcro; os primeiros apelos ao imperador como árbitro (317); a intervenção nas discussões doutrinais: o concílio de Niceia (325).

1.3  O Cristianismo como padrão social e cultural. Uma conversão ‘de cima para baixo’.

1.4  O Deus das batalhas e vitórias; as moedas de Constantino e a associação do Deus cristão ao Sol inuictus.

1.5  A tolerância para com os cultos pagãos. As maiores resistências: o mundo rural; as legiões; os filósofos.

 

2.     A fundação de Constantinopla (330)

2.1  A localização estratégica de Bizâncio: defesa, economia e estratégia.

2.2  Qual o problema de Roma? O deslocamento do eixo do império para fora de Itália.

2.3  A ‘nova Roma’: uma cidade planeada para ter tudo o que Roma deveria ter.

 

II.      Máquina para a eternidade: Notitia omnium dignitatum et administrationum tam ciuilium quam militarium.

1.   A hierarquia da administração civil do império:

1.1   Os prefeitos do pretório: um poder civil quase absoluto. O número: entre 2 e 5.

1.2   Os vigários (uicarius agens praefectorum praetorio): a geometria das doze dioceses.

1.3   Os praesides, correctores e consulares. Os três proconsules.

 

2    A hierarquia da administração militar.

2.1   Magister peditum e magister equitum/magister militum: o comando militar do império.

2.2   Os comites rei militaris e os duces;

 

3    A corte imperial e o consistorium (conselho de ministros).

3.1   O magister officiorum: o ‘primeiro ministro’.

3.1.1        Scrinium memoriae: anotações imperiais; resposta às petições;

3.1.2        Scrinium epistolarum: apelos de tribunais menores;

3.1.3        Scrinium libellorum: “negócios estrangeiros”; relação com dioceses/províncias/cidades.

3.1.4        Os agentes in rebus e o controlo da administração.

3.2   O quaestor sacri palatii: ministro para os assuntos legais; respostas às petições.

3.3   O comes sacrarum largitionum e o comes rei priuatae: os ministros das finanças.

3.4   O praepositus sacri cubiculi e os castrenses/cubicularii.

 

III.             Uma sociedade de estatutos e títulos.

1.     Os Senados

1.1   A exclusão dos cargos civis e militares ca. 260. A recuperação com Constantino.

1.2   Roma: características. Relevância e irrelevância. O cursus honorum: a morte dos edis e dos tribunos.

1.3   Constantinopla: o segundo senado. As diferenças iniciais de estatuto.

1.4   Senador e estatuto senatorial: hereditariedade; cerca três mil cargos que passam a ter estatuto senatorial.

1.5   Uma nova hierarquia: uir illustris; uir spectabilis; uir clarissimus.


Destruir, transformar e reconstruir para manter: um século alucinante (235-337).

25 Fevereiro 2021, 17:00 Rodrigo Furtado

I.                O que marca a ‘crise do século III’?

1.     As ameaças externas:

1.1   Os Abássidas: Ardashir I (224-242) – o ataque à Mesopotâmia, à Arménia e os raides pela Síria. A incapacidade de resposta romana: Severo Alexandre. A humilhante derrota de Valeriano na batalha de Edessa (260).

1.2   A pressão germânica no Reno-Danúbio: Francos, Alamanos, Hérulos, Godos. A incapacidade da resposta romana: Severo Alexandre. A derrota de Décio em Abrito (Mésia Inferior).

 

2.     O problema sucessório.

2.1   Como? Quem sanciona? Quem pode ser escolhido? Onde?

2.2   26 imperadores entre 235 e 285. Apenas um não foi assassinado; 16 nomeados pelos soldados; 5 pelo senado; 5 co-imperadores.

 

II.              Diocleciano (244-311)

1.     A preeminência ideológica do imperador: a vitória da ideologia monárquica de raiz oriental.

1.1    A sacralização da figura imperial em vida: Iouius; Herculius;

1.2    A criação de uma etiqueta de distanciamento de matriz oriental. A influência persa.

- a púrpura e o diadema;  a distância protocolar (e.g. entradas nas cidades); o cerimonial de corte.

1.3    O afastamento de Roma;

 

2.     O sistema da tetrarquia.

2.1   Dois Augustos e dois Césares: Diocleciano e Maximiano; Galério e Constâncio.

2.2   Os novos centros: Nicomédia-Antioquia-Tessalónica; Milão-Trier.

2.3   A primeira vista de Diocleciano a Roma: os uicennalia de 303. Significado ideológico: o que é o império?

 

3.     A protecção das fronteiras

3.1   A duplicação dos efectivos militares (de 200 para 400 mil efectivos);

3.2   A necessidade de pagar ao exército: o novo sistema fiscal:

- o novo recenseamento: uma espécie de ‘inquirições’ avant-la-letttrecapita e iuga;

- o papel dos decuriões na recolha dos impostos;

- a inclusão da Itália (mas exclusão de Roma);         

- os pagamentos em géneros e o abastecimento das legiões.

 

III.             Constantino (272-337)

1.     A abdicação de Diocleciano e Maximiano (305): quando tudo parecia ainda correr bem.

1.1  Novos Augustos: Constâncio I (Ocidente) e Galério (Oriente); novos Césares: Severo e Maximino Daia.

1.2  A rápida morte de Constâncio (306): espoleta-se a crise – as revoltas de Constantino e de Maxêncio.

1.3  Os confusos anos 306-312: o colapso da tetrarquia.

1.4  Em 312: Licínio é Augusto no Oriente; a aliança com Constantino e a eliminação de Maxêncio na batalha da ponte Mílvia (312) e de Maximino Daia na batalha de Tziralo (313).

 

2.     O problema da conversão de Constantino.

2.1  O sonho da véspera da ponte Mílvia: o . A visão: Ἐν τούτῳ νίκα/in hoc signo uinces.


Destruir, transformar e reconstruir para manter: um século alucinante (235-337).

25 Fevereiro 2021, 15:30 Rodrigo Furtado

I.                O que marca a ‘crise do século III’?

1.     As ameaças externas:

1.1   Os Abássidas: Ardashir I (224-242) – o ataque à Mesopotâmia, à Arménia e os raides pela Síria. A incapacidade de resposta romana: Severo Alexandre. A humilhante derrota de Valeriano na batalha de Edessa (260).

1.2   A pressão germânica no Reno-Danúbio: Francos, Alamanos, Hérulos, Godos. A incapacidade da resposta romana: Severo Alexandre. A derrota de Décio em Abrito (Mésia Inferior).

 

2.     O problema sucessório.

2.1   Como? Quem sanciona? Quem pode ser escolhido? Onde?

2.2   26 imperadores entre 235 e 285. Apenas um não foi assassinado; 16 nomeados pelos soldados; 5 pelo senado; 5 co-imperadores.

 

II.              Diocleciano (244-311)

1.     A preeminência ideológica do imperador: a vitória da ideologia monárquica de raiz oriental.

1.1    A sacralização da figura imperial em vida: Iouius; Herculius;

1.2    A criação de uma etiqueta de distanciamento de matriz oriental. A influência persa.

- a púrpura e o diadema;  a distância protocolar (e.g. entradas nas cidades); o cerimonial de corte.

1.3    O afastamento de Roma;

 

2.     O sistema da tetrarquia.

2.1   Dois Augustos e dois Césares: Diocleciano e Maximiano; Galério e Constâncio.

2.2   Os novos centros: Nicomédia-Antioquia-Tessalónica; Milão-Trier.

2.3   A primeira vista de Diocleciano a Roma: os uicennalia de 303. Significado ideológico: o que é o império?

 

3.     A protecção das fronteiras

3.1   A duplicação dos efectivos militares (de 200 para 400 mil efectivos);

3.2   A necessidade de pagar ao exército: o novo sistema fiscal:

- o novo recenseamento: uma espécie de ‘inquirições’ avant-la-letttrecapita e iuga;

- o papel dos decuriões na recolha dos impostos;

- a inclusão da Itália (mas exclusão de Roma);         

- os pagamentos em géneros e o abastecimento das legiões.

 

III.             Constantino (272-337)

1.     A abdicação de Diocleciano e Maximiano (305): quando tudo parecia ainda correr bem.

1.1  Novos Augustos: Constâncio I (Ocidente) e Galério (Oriente); novos Césares: Severo e Maximino Daia.

1.2  A rápida morte de Constâncio (306): espoleta-se a crise – as revoltas de Constantino e de Maxêncio.

1.3  Os confusos anos 306-312: o colapso da tetrarquia.

1.4  Em 312: Licínio é Augusto no Oriente; a aliança com Constantino e a eliminação de Maxêncio na batalha da ponte Mílvia (312) e de Maximino Daia na batalha de Tziralo (313).

 

2.     O problema da conversão de Constantino.

2.1  O sonho da véspera da ponte Mílvia: o . A visão: Ἐν τούτῳ νίκα/in hoc signo uinces.


Economia política e império: descentralização, crescimento, fiscalidade e poder militar

19 Fevereiro 2021, 15:30 Rodrigo Furtado

1.              O sistema de governo republicano:

1.1       O sistema de cooperação entre micro-estados; um processo efectivo, mesmo se lento, de inclusão/participação/absorção. Concluído: 212: edicto de Caracala.

1.2       as províncias e os poderes dos “procônsules” ou “propretores”;

1.3       o divórcio entre cidadania/voto/etnicidade/cidade/combater; uma ‘nova cidadania’?

1.4       Uma administração de topo sem salários.

1.5       Administração central muito leve:

1.5.1       funções do estado – militar; fiscal; justiça; comunicações;

1.5.2       em média: havia 1 “administrador romano” não militar por cada 400 mil habitantes; total de 150 administradores romanos civis (fiscalidade; justiça) em todo o império.

 

2.     A extrema militarização da sociedade:

2.1       A guerra contínua.

2.2       Serviço militar entre 6-10 anos (a partir de 200 a.C.);

2.3       Elevadíssima taxa de mobilização: entre 44-32 a.C. estavam mobilizados ca. 400 mil homens, num total de 1 milhão de cidadãos e 4-5 milhões de habitantes em Itália (apenas ultrapassada com Luís XIV em números absolutos- MAS França com 20 milhões de habitantes).

3.     O serviço militar durante o Principado.

3.1       A profissionalização do exército imperial: mas não desmilitariza a sociedade – com Augusto, 1/7 dos cidadãos estão nas legiões. Serviço militar profissionalizado de 10-16 anos. Estabilizam nos 300 mil efectivos de cidadãos em tempos de paz.

3.2       A provincialização do exército: recrutamento e presença militar.

3.2.1       Augusto: 68% dos legionários eram itálicos

3.2.2       ca. 50 d.C.: 48% dos legionários eram itálicos

3.2.3       ca. 100 d.C.: 22% dos legionários eram itálicos;

3.2.4       ca. 200 d.C.: 2% dos legionários eram itálicos;

3.3       A desmilitarização de Itália e das províncias mediterrâneas: o afastamento das legiões.

3.4       A militarização das elites e das populações de cidadãos de fronteira.

 

4.     “Romanização”, multilinguismo, multiculturalismo.

4.1       O papel dos exércitos comuns de Romanos e aliados;

4.2       Colónias e a fundação de comunidades mistas;

4.3       A colonização em massa para fora de Itália (59-13 a.C.): uma tentativa de resolução da pobreza – a Romanização. Tlvz ca. 1 milhão de cidadãos romanos de origem itálica.

4.4       Entre o multilinguismo e o triunfo do Latim;

4.5       Romanização: o significado.

4.6       A Romanização das elites provinciais e a competição por Roma: metade do Senado provincializado no fim do século II.

 

5.     A fiscalidade:

5.1.1.      um sistema fiscal muito leve na República: ca. 0,1% sobre o rendimento da terra; nenhum tributo sobre aliados itálicos; voltado para a guerra. O autofinanciamento da guerra através do saque.

5.1       Os tributos

ca. s. III a.C.: 4-8 milhões de sestércios/ano;

ca. 150 a.C. (não-Itália): 50-60 milhões de sestércios/ano;

ca. 50 a.C.: 340 milhões de sestércios/ano;

ca. 50 d.C.: 800 milhões de sestércios/ano.

5.2       Principado: ca. 11% em média do rendimento de subsistência anual de um cidadão fora de Itália ia para impostos; talvez 5% da média de rendimento de um cidadão “médio”.

5.3       O orçamento: ca. 50% era gasto em despesas militares (incluindo abastecimento)

Uma imagem com mesa

Descrição gerada automaticamente

6.     Ricos e pobres.

6.1       Uma cultura de elite: política+militar+religiosa+económica. 2% da população: incluem senadores+cavaleiros+decuriões (elites municipais);

6.2       A pobreza extrema e o limiar da pobreza; o pão gratuito. “Pão e circo”.

6.3       Os escravos: cerca de 1 milhão (20% da pop. na Itália) no final da República


O principado romano: quatro dinastias; o senado; a guarda pretoriana; as legiões.

18 Fevereiro 2021, 17:00 Rodrigo Furtado

1.     Entre o regresso à República e a existência do imperador:

 

1.1  O esvaziamento das instituições republicanas: um novo funcionalismo.

                                              i.     Prefeitura da Cidade (27 a.C.);

                                             ii.     Prefeitura do Pretório (2 a.C.);

                                           iii.     Prefeitura das Vigílias (6 d. C.);

                                            iv.     Prefeitura da Anona (8 d.C.);

1.2  A construção de uma administração paralela: os libertos de Cláudio.

1.3  Os magistrados da República antiga: ordinários e sufectos; magistraturas de honra.

1.4  A morte dos comícios: um fim sem notícia.

1.5  Família Imperial: determina novo elemento na pirâmide social – proximidade a esta determina a posição relativa social.

 

2.     O controlo das legiões.

2.1  Augusto como senhor único das legiões – uma das prerrogativas imperiais.

2.2  As longínquas legiões e o seu papel em 68-69; a adopção de 96; a guerra civil de 193.

2.3  A guarda do pretório às portas de Roma: a importância de controlar militarmente a cidade.

 

3.     O controlo do senado; ser controlado pelo senado.

3.1  O reforço do poder do senado na época de Augusto e de Tibério: os senatusconsulta com força de lei; as ‘novas eleições’;

3.2  A lex de imperio Vespasiani;

3.3  Senado, aristocracia, competição, prestígio, administração: o regresso ao passado?

3.4  A admissão de senadores provinciais;

3.5  Senado como representante último da República

 

4.     Um império ecuménico: línguas, povos, cidades e administração.

4.1  A variedade étnico-linguística. Roma como elemento aglutinador;

4.2  As cidades;

4.3  A administração.

4.3.1       As ‘províncias públicas’; as ‘províncias imperiais’.