Sumários
A lógica da “feitiçaria” entre os Azande. Rituais de contra-feitiçaria na resolução dos seus problemas.
22 Março 2018, 16:00 • José Augusto Nunes da Silva Horta
Projecção
e comentário do filme de André Singer, "Os Rituais dos Azande".
A descodificação das categorias eurocêntricas do discurso fílmico. O papel da
"feitiçaria" e "contra-feitiçaria" na identificação e
resolução de problemas entre os Azande: a presença latente ou actuante de
"mangu". A tipologia dos rituais: dos "oráculos" sem
mediador e rituais de protecção no nascimento aos rituais com intervenção de
especialistas e/ou terapeutas; a presença e mediação do poder político e seu
significado histórico-sociológico. As relações inter-religiosas: a coexistência
e complementaridade entre as práticas ditas "tradicionais" e o
Cristianismo.
A dicotomia redutora: “deus superior”/”divindades secundárias”. Concepções da vida e da morte; o conceito e o culto de antepassados. A lógica da "feitiçaria".
20 Março 2018, 16:00 • José Augusto Nunes da Silva Horta
Conclusão
do comentário ao texto de Dominique Zahan: um alerta crítico para as
generalizações do autor e para a influência dos cânones das religiões
ocidentais no seu discurso sobre as religiões africanas (exs.: dicotomia
redutora Deus Superior/divindades “secundárias”; retrato estático (ahistórico)
do autor sobre aquelas religiões). Concepções da vida e da morte; o conceito e
o culto de antepassados. Locais e formas de culto. Tipos de rituais de
iniciação.
A
"feitiçaria" (no sentido de "witchtcraft" ou
"bruxaria") e as lógicas de pensamento ocidentais e africanas em
confronto — a síntese de Grinker e Steiner introduzindo, criticamente, a visão
de Evans-Pritchard e outros autores.
Ver antologia, 1º caderno.
Comentário à lista de fontes para os trabalhos finais. Há "uma" "espiritualidade" africana? Comentário a Dominique Zahan
15 Março 2018, 16:00 • José Augusto Nunes da Silva Horta
1. Comentário às fontes sugeridas para os trabalhos (individuais ou de grupo) dos alunos sobre Religiões de origem africana e Cristianismo.
2. Uma abordagem da "espiritualidade" e
de aspectos mais frequentes nas cosmologias africanas: Criação do mundo e Deus
Supremo; divindades ou espíritos intermediários. Análise de um texto de
Dominique Zahan.
Ver a lista de fontes previamente distribuída e acessível na plataforma de e-learning.
Ver antologia, 1º caderno.
A abordagem cognitiva da aprendizagem e da transmissão da religião. Descodificação das categorias das fontes europeias (conclusão).
13 Março 2018, 16:00 • José Augusto Nunes da Silva Horta
1. Conclusão do comentário a um texto de David Berliner e Ramon Sarró. A abordagem cognitiva da aprendizagem e da transmissão da religião; os modos doutrinário e "imagístico". O desfasamento entre a abordagem cognitiva e o contexto social da aprendizagem e transmissão.
2. Conclusão da análise de excertos da Descrição de Valentim Fernandes (1507). Quais as possibilidades da tradução inter-religiosa? O diálogo entre o informante de Fernandes, Álvaro Velho, e um ancião africano da Serra Leoa tal como reconstituído pelo primeiro. As dificuldades de tradução perante categorias ontológicas e modelos cognitivos diferentes; representações de "Deus" e diferentes dimensões cosmológicas ("Deus que criou o céu e a terra" e "o pau/árvore mandado de cima"); a árvore/madeira como operador simbólico, simultaneamente veículo do poder sagrado ou "espiritual" e identificada com o mesmo poder. A reconstituição possível da paisagem ritual da Serra Leoa no início do século XVI a partir da descodificação das categorias europeias do discurso (ídolo, feiticeiro, ermida, igreja, etc.).
Ver Berliner/Sarró e Valentim Fernandes: antologia, 1º caderno
Das representações eurocêntricas das religiões africanas à sua descodificação: método de análise das fontes escritas
8 Março 2018, 16:00 • José Augusto Nunes da Silva Horta
Simplificação e/ou deformação das religiões africanas nas representações europeias: "Animismo" (analisado na aula anterior), “feitiçaria”, “feitiço”, “ídolo-idolatria”, Muçulmano /”Maometano", "Judeus" e Judeus. Abordagem a partir de um exercício de descodificação de uma fonte europeia privilegiada para o estudo das religiões em África: abordagem prévia sobre a identidade do autor, o contexto da produção da sua descrição; início da análise de excertos da "Descrição" de Valentim Fernandes (1507) sobre as religiões do Jolof e espaços mandé (equivalentes, parcialmente, aos actuais Senegal e Gâmbia) — primeiros parágrafos seleccionados —, bem como da Serra Leoa.
Ver antologia, 1º caderno, Valentim Fernandes (2)