Sumários

Apresentações orais (1)

4 Abril 2016, 18:00 Ricardo Santos

Primeira parte. Apresentação oral de Amin Suleman sobre o problema do livre arbítrio.

Segunda parte. Reavaliação do argumento ontológico modal de Hartshorne. A possibilidade de Deus existir e a possibilidade de Deus não existir são igualmente justificadas?


Deus (2)

31 Março 2016, 18:00 Ricardo Santos

Revisão do argumento ontológico de Anselmo e de Descartes, e das três objecções formuladas na aula anterior. Razões a favor da existência como predicado de primeira ordem: as disputas metafísicas a respeito de haver objectos não-existentes, a respeito de existirem indivíduos no passado, e a respeito de existirem indivíduos meramente possíveis. Última objecção: de “Todos os seres perfeitos são seres existentes” não se segue (na lógica de predicados clássica) que “Algum ser existente é perfeito”. O Argumento Ontológico Modal de Charles Hartshorne. Justificação das suas duas premissas: (1) necessariamente, se Deus existe, então Deus existe necessariamente; e (2) possivelmente Deus existe. Explicação da validade do argumento. Discussão do argumento: (i) É circular? A conclusão está contida nas premissas? (ii) É verdade que se algo é concebível então não é impossível? A crítica de William Rowe, com o exemplo dos mágicos e dos magiadores.


Deus (1)

28 Março 2016, 18:00 Ricardo Santos

Argumentos tradicionais em defesa da existência de Deus: argumento ontológico, argumento cosmológico e argumento teleológico. O argumento ontológico de Anselmo de Cantuária (Proslogion, II) e de Descartes (Meditações Metafísicas, 5ª Meditação). Três objecções ao argumento: (i) a objecção de Gaunilo, segundo a qual o mesmo género de argumento poderia provar a existência de muitas outras coisas, como por exemplo de “uma ilha maior do que a qual nenhuma pode ser pensada”; (ii) a objecção de que a existência não é um predicado (de primeira ordem) (Kant, Frege, Russell), mas sim um quantificador ou um predicado de ordem superior; (iii) a objecção de que a conclusão (“Um ser sumamente perfeito existe”) é ambígua, e na leitura desejada (como proposição particular afirmativa) não se segue das premissas.


Fatalismo (3)

17 Março 2016, 18:00 Ricardo Santos

Problemas para a resposta de Ockham: 1) distinção entre factos duros e moles pouco clara (caso do saber). 2) a inferência-da-verdade-para-a-necessidade pode-se derivar dos princípios de que o presente e o passado são necessários e de que factos implicados por factos necessários são também necessários. O Argumento de Taylor (princípio (T): um sujeito não pode fazer A se uma condição necessária para fazer A não está satisfeita). Problema com o argumento de Taylor: equivocação na noção de condição necessária. Conclusão: um argumento fatalista mais extremo, que pressupõe omnipotência, omnisciência e benevolência de Deus (Leibniz).


Fatalismo (2)

14 Março 2016, 18:00 Ricardo Santos

Respostas ao argumento da Batalha Naval. (i) rejeição da lei do terceiro excluído (Lukasiewicz); distinção entre “não é certo que haverá batalha” e “é certo que não haverá batalha” (Peirce). Problemas para este tipo de resposta: 1) parece pressupor que já hoje há só duas possibilidades abertas: ou haverá batalha ou haverá paz; 2) não explica o facto de que hoje podemos já crer com boas razões e até saber que, e.g., haverá batalha. (ii) rejeição da lei da verdade de “A” para “A frase “A” é verdadeira” (Aristóteles). Problemas para este tipo de resposta: 1) se amanhã haverá batalha, então parece que já hoje “Haverá batalha” é verdadeira. 2) Variação do argumento com saber em lugar de verdade, com a consequência de que tem de negar que alguém possa ter conhecimento do futuro aberto. (iii) rejeição da inferência-da-verdade-para-a-necessidade (Ockham).