Sumários

Apresentação do programa e métodos de avaliação

19 Setembro 2016, 10:00 Pedro Lapa

ARTE CONTEMPORÂNEA (GERAL)

 

 1º semestre, 2016-2017

 

Introdução

 

A modernidade, o moderno e o modernismo.

 

Uma revisão sintética do final de século XIX:

— Manet, o primeiro modernista. A consciência da superfície e a destituição da representação mimética naturalista. A suspensão narrativa.

— O Impressionismo. A reconfiguração da pintura de ar livre. A luz e a cor.

Monet e a dissociação cromática da luz. A percepção e a diluição do desenho. O informal e a cor na série Nympheas.

— O pós-impressionismo. Cézanne e a reconstrução do espaço. A pincelada como sensação e a sua relação com o plano pictórico.

 


I

Picasso e o “primitivismo”. As demoiselles d’Avignon, uma pintura manifesto do modernismo emergente. A radicalização do primado construtivo sobre a conceção mimética.

 

1911 a emergência do Cubismo Analítico na obra de Picasso e Braque. O primado bidimensional do plano pictórico. A tese de Metzinger e Gleizes sobre a síntese dos dados perceptivos e a tese de Kanweiller sobre a dicotomia entre percepção e plano bidimensional.

 

1912-13 o Cubismo sintético. Picasso e a colagem. A revolução semiótica da linguagem do Cubismo Sintético e a destituição do valor icónico.

 

 

 

 

II

O Futurismo. Relação entre vanguarda e cultura popular. Sinestesia e cinestesia. Analogia entre a significação pictórica e as novas tecnologias da visão como a cronofotografia e o cinema. A condenação do passado e o desejo de rotura. Os limites do Futurismo.

 

 

 

III

As características da Abstração no quadro das primeiras vanguardas modernistas.

Os vários contextos de emergência da abstração na Europa. A dialética entre as posições materialistas e idealistas.

 

O Orfismo de Robert e Sonia Delaunay e a simultaneidade entre pintura e perceção.

Kandinsky e a herança simbolista e o gesto expressivo.

Mondrian: a grelha como ícone do modernismo.

Malevich e o Suprematismo: a pintura como marca denotativa.

 

 

 

IV

Marcel Duchamp e o Dadaísmo. Da pintura cubista para uma pintura diagramática. O readymade e as questões ontológicas, epistemológicas e institucionais. O primado nominativo da obra de arte. O acaso e o índice. A destituição dos limites autorais e a revolução indiciária da discursividade artística em Duchamp.

 

 

 

V

O Surrealismo. Os Manifestos do Surrealismo e a Révolution surréaliste de André Breton.

O primado do inconsciente e a relação com a psicanálise. O automatismo e o “estranho inquietante”. A pintura de Giorgio Chirico, Max Ernst, Salvador Dalí, Joan Miro e René Magritte.

A fotografia de Man Ray. 

 

 

 

 

 

VI

A situação do modernismo no pós-guerra.

 

Os novos desenvolvimentos da espacialidade pós-cubista: 

a) Do automático ao autográfico, a emergência do expressionismo abstrato norte-americano (Hans Hofmann, Jackson Pollock, Willem de Kooning, Robert Motherwell, Clyfford Still, Mark Rothko, Barnett Newman);

 

b) A arte informal define uma nova tendência escatológica na arte francesa: Jean Dubuffet, Wols e Fautrier

 

 

 

VII

A generalização da modernidade.

 

a) A revolução cinética: o olho-motor da Op Art e o movimento aleatório (Vasarely, Soto, Agam, Buri, Tinguely).

 

b) Pintura e vanguarda: depois do expressionismo abstracto (Mark Rothko, Barnett Newman). A grelha e o monocromático (Ad Reinhardt, Robert Ryman e Agnes Martin).

 

 

 

VIII

A modernidade crítica.

 

a) O Neo-dadaísmo: o acaso, o índice e os signos quotidianos contra a expressão autográfica. A fusão objecto-pintura (Robert Rauschenberg, Jasper Johns).

 

b) O materialismo básico de Lucio Fontana e Piero Manzoni.

 

 

 

 

 

 

IX

O objecto artístico na era da sua fusão com a cultura de massas.

 

a) O Nouveau Réalisme: redefinição dos paradigmas da colagem, do ready-made e do monocromático (Arman, Klein e Spoerri);

 

b) As relações entre arte, ciência, tecnologia, design e cultura popular. O Independent Group e a exposição This is Tomorrow. (Eduardo Paolozzi e Richard Hamilton);

 

c) A Pop Art: uma arte unidimensional (Andy Warhol) e a imagem publicitária como pintura (Roy Lichtenstein,  Tom Wesselman, Ed Ruscha, James Rosenquist).

 

 

 

 

 

 

 

BIBLIOGRAFIA GERAL:

 

 

Hal Foster, Rosalind Krauss, Yve-Alain Bois, Benjamin Buchloh, David Joselit — Art Since 1900. London: Thames & Hudson, 2012.

 

Charles Harrison and Paul Wood (ed.).— Art in Theory 1900-2000 .Oxford & Cambridge: Blackwell, 2003.

 

Nikos Stangos (ed.) — Conceitos da arte moderna. Rio de Janeiro: Zahar Ed. , 2006.

 

Stephen S. Eisenman et al.  — Nineteenth Century Art: A Critical History. London: Thames & Hudson, 2011

 

BIBLIOGRAFIA ESPECÍFICA:

 

I

 

Charles Harrison, Francis Frascina, Gill Perry, Primitivism, Cubism, Abstraction, The Early Twentieth Century. New Haven, London: Yale University Press, 1993.

 

Leo Steinberg, “The Philosophical Brothel”(1972) in October nº 44, Spring, 1988

 

Rosalind Krauss, The Picasso Papers. London: Thames & Hudson, 1998.

 

Yve-Alain Bois, “Kahnweiler’s Lesson” in Painting as Model. Cambridge, Mass., London: MIT Press,1990.

 

William Rubin, ‘Primitivism’ in 20th Century Art. New York : The Museum of Modern Art, 1984.

 

 

II

 

Pontus Hulten (ed.), Futurism and Futurisms. New York: Abbeville Press, London: Thames & Hudson, 1986.

 

 

III

 

Briony Fer, David Batchelor, Paul Wood, Realismo, Racionalismo, Surrealismo, A arte no entre-guerras (Trad. Port). São Paulo: Cosac & Naify Edições, 1998.

 

Charles Harrison, Francis Frascina, Gill Perry, Primitivism, Cubism, Abstraction, The Early Twentieth Century. New Haven, London: Yale University Press, 1993.

 

Roman Jakobson, My Futurist Years. New York: Marsilio Publishers, 1997.

 

Rosalind Krauss, “Grids”, The Originality of the Avant-garde and other Modernist Myths. Cambridge, Mass., London: MIT Press, 1985.

 

—    “One” in The Optical Unconscious. Cambridge, Mass., London: MIT Press, 1993.

 

Wassily Kandinsky, Do espiritual na arte. (Trad. Port.) Lisboa: Dom Quixote, 1987.

 

Yve-Alain Bois, “The Stijl Idea”, “Piet Mondrian, New York City” in Painting as Model. Cambridge, Mass., London: MIT Press,1990.

 

 

IV

 

Marcel Duchamp, Engenheiro do tempo perdido. Lisboa: Assírio e Alvim, 1990.

 

Thierry de Duve, Nominalisme Pictural. Paris: Les Éditions de Minuit, 1984.

—    Resonances du Readymade. Nîmes: Éditions Jacqueline Chambon, 1989.

—    Kant after Duchamp. Cambridge, Mass., London: MIT Press, 1996.

 

AAVV. Thierry de Duve (ed.) The Definitively Unfinished Marcel Duchamp. Cambridge, Mass., London: MIT Press, 1991.

 

 

V

 

André Breton, Manifestos do Surrealismo. Lisboa: Edições Salamandra, 1993.

 

Hal Foster, Compulsive Beauty. Cambridge, Mass., London: MIT Press, 1993.

 

Michel Foucault,  Ceci n’est pás une pipe. Paris: Fata Morgana, 1973.

 

Rosalind Krauss, « Two», « Four » in The Optical Unconscious. Cambridge, Mass., London: MIT Press, 1993.

 

—    , “The Photographic Conditions of Surrealism” in The Originality of the Avant-garde and other Modernist Myths. Cambridge, Mass., London: MIT Press, 1985.

 

Yves-Alain Bois, Rosalind Krauss, ‘Non à l’informel’ in l’informe, mode d’emploi. Paris: Centre Georges Pompidou, 1996.

 

 

VI

 

a)

Clement Greenberg, ‘Towards a Newer Laocoon’ (1940); ‘American-Type Painting’ (1955) in The Collected Essays and Criticism, vol.1 e 3. Chicago and London: University of Chicago Press, 1993.

 

Harold Rosenberg, ‘The fall of Paris’ (1940) in Art in Theory 1900 – 2000 (Ed. Charles Harrison and Paul Wood). Oxford & Cambridge: Blackwell, 2003.

 

Kirk Varnedoe, Jackson Pollock. New York: Museum of Modern Art, 1998.

 

Rosalind Krauss, ‘six’ in The Optical Unconscious. Cambridge, Mass., London: MIT Press, 1993.

 

T. J. Clark, ‘In Defense of Abstract Expressionism’, October, nº69, Summer 1994.

 

b)

Francis Ponge, L’Atelier contemporain. Paris: Gallimard, 1977.

 

Hubert Damisch, ‘The Real Robinson’, October, nº85, Summer 1998.

 

Jean Dubuffet, Prospectus et tous écrits suivants. Paris: Gallimard, 1967-91.

 

Jean Fautrier (ed. Curtius L. Carter e Karen L. Butler). New Haven and London: Yale University Press, 2002.

 

Yves-Alain Bois, Rosalind Krauss, ‘Non à l’informel’ in l’informe, mode d’emploi. Paris: Centre Georges Pompidou, 1996.

 

 

VII

 

a)

Emmanuel Guigon, Pedro Lapa, Arnauld Pierre, Revolução Cinética. Lisboa: Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, 2008.

 

Guy Brett, Force Fields: Phases of the Kinetic. Barcelona: Museu d’Art Contemporani; London: Hayward Gallery, 2000.

 

Jean-Paul Ameline, Denise René, l’intrépide. Paris: Centre Georges Pompidou, 2001.

 

b)

Ad Reinhardt, ‘Art as art’ (1962) in Art in Theory 1900-2000 (ed. Charles Harrison and Paul Wood). Oxford & Cambridge: Blackwell, 2003.

 

Clement Greenberg, ‘After Abstract Expressionism’(1962), ‘Modernist Painting’ (1960-5) in The Collected Essays and Criticism, vol. 4. Chicago and London: University of Chicago Press, 1993.

 

Jean-François Lyotard, ‘L’instant, Newman’ in L’inhumain. Paris: Galilée, 1988.

 

Robert Storr, Robert Ryman. New York: Harry n. Abrams, 1993.

 

Rosalind Krauss, ‘Grids’ in The Originality of the Avant-garde and Other Modernist Myths. Cambridge, Mass., London: MIT Press, 1985.

 

Yves-Alain Bois, ‘Ryman’s Tact’, ’Perceiving Newman’ in Painting as model. Cambridge, Mass., London: MIT Press, 1990.

 

 

VIII

 

a)

Walter Hopps, Susan Davidson et al., Robert Rauschenberg: A Retrospective. New York: Guggenheim Museum, 1997.

 

Branden Joseph (ed.) Random Order. Cambridge, Mass.: MIT Press, 2003.

 

Leo Steinberg, Other Criteria. Oxford: Oxford University Press, 1972.

 

Kirk Varnedoe, Jasper Johns: A Retrospective. New York: Museum f Modern Art, 1996.

 

b)

AAVV, Piero Manzoni. Paris: Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, 1992.

 

Yves-Alain Bois, Rosalind Krauss, ‘Bas matérialisme’ in l’informe, mode d’emploi. Paris: Centre Georges Pompidou, 1996.

 

 

IX

 

a)

Benjamin Buchloh, “Hantaï/ Villeglé and the Dialectics of Painting’s Dispersal”, “Plenty or Nothing: from Yves Klein’s Le vide to Arman’s Le Plein” in The Neo-Avangarde and Culture Industry. Cambridge, Mass., London: MIT Press, 2000.

 

Catherine Francblin, Les Nouveaux Réalistes. Paris: Éditions du Regard, 1997.

 

Sidra Stich, Yves Klein. Ostfildern: Cantz, 1995.

 

b)

“This is Tomorrow” Today (Ed. Brian Wallis). New York: Institute for Art and Urban Resources, 1987.

 

The Independent Group (ed. David Robbins). Cambridge, Mass.: MIT Press, 1990.

 

c)

Andy Warhol, The Philosophy of Andy Warhol. New York: Harcourt Brace Jovanovich, 1975.

 

Benjamin Buchloh, “Andy Warhol’s One-Dimensional Art” in The Neo-Avangarde and Culture Industry. Cambridge, Mass.: MIT Press, 2000.

 

Ed Ruscha, Leave Any Information at the Signal. Cambridge, Mass., London: MIT Press, 2002.

 

Hal Foster, “The Return of the Real” in The Return of the Real. Cambridge, Mass., London: MIT Press, 1996.

 

Kinaston Mcshine (ed.), Andy Warhol: A Retrospective. New York: Museum of Modern Art, 1989.

 

Roland Barthes, ‘Cette vieille chose, l’art...’ in L’obvie et l’obtuse. Essais Critiques III. Paris: Éditions du Seuil, 1982.

 

Russell Ferguson (ed.), Hand-Painted Pop: American Art in Transition, 1955-92. Los Angeles: Museum of Contemporary Art, 1992.

 

Steven Henry Madoff (ed.), Pop Art: A Critical History. Berkeley, Los Angeles: University of California Press, 2002.

 

Thomas Crow, Reconstructing Modernism. Cambridge, Mass.: MIT Press, 1990.