Sumários

O Fantástico e o Terror no Cinema de Hong Kong

28 Outubro 2019, 14:00 Fernando Guerreiro

1. Na Literatura e cultura chinesa: um Fantástico entre o mito e o maravilhoso: 1.1 tradição literária:  Liaozhai Zhiyi, de Pu Songling (1ª metade do século XVIII); a ficção Jiangshi (ou Goeng si) da dinastia Qing (s. XIX): histórias de "cadáveres rígidos" (figuração do "vampiro" entre a "múmia" e o "zombie"); 1.2. do Wuxia shenguai  dos anos 20/30 a Song of Midnight  de Ma Xo Weibang (1937);

2. O cinema de Terror em Hong Kong: 2.1 dos anos 3o aos anos 60 (Li Han-hsiang, The enchanting Shadow, 1960): 2.2 o Wuxia  dos anos 60 e 70 (Tsui Hark, Ching Siu Tung); 2.3. o novo Fantástico dos anos 70/80: influência das séries-B do Sudeste asiático, do novo horror europeu (da Hammer) e americano (W. Friedkin, The Exorcist, 1973); 2.4 duas vias: i) o fantástico espectral ("Ghost Stories": de Chinese Ghost Stories a Rouge  de Stanley Kwan, 1989); ii) o fantástico material(ista) dos filmes de "vampiros": jangshi /goeng si/ dyianing; o "Kung Fu horror comedy" (de Sammo Hung e Ricky Lau, Mr Vampire,1985); características do "vampiro" chinês: fixismo do corpo (vs transformismo do vampiro ocidental), sugadores do "fôlego vital" ( chi ) (plano do espiritual) e não de "sangue" (plano material); 2.3. duas novas modalidades de fantástico: i) o de "super-heróis"/"heroínas" (Johnnie To, Heroic Trio, 1993); ii) o gore  do "exploitation cinema" da categoria III (C).
* projecção de sequências de  Song of Midnight (Ma Xo Weibang., 1937), Mr Vampire (Ricky Lau, 1985) e Heroic Trio (Johnnie To, 1993)
Bibliografia: texto de Felicia Chang na pasta da cadeira (verde, 1)


John Woo, "The Killer" (1989)

23 Outubro 2019, 14:00 Fernando Guerreiro

Projecção (comentada) de um dvd de "The Killer" (1989) de John Woo


Os heróis cansados de John Woo (1)

21 Outubro 2019, 14:00 Fernando Guerreiro

1. John Woo no quadro do cinema de Hong Kong dos anos 70/90: ecletismo de influências ("I'm not very chinese"), passando ao lado da 1ª "Nova Vaga";
2. Entre o "cinema de acção" e o "melodrama masculino" :2.1. heroicização (romantização) de heróis contudo  quebrados, divididos e nostálgicos; 2.2. crise de valores e da narrativa: deslocação do plano do simbólico - relações de hierarquia=verticais - para o plano do imaginário -relações horizontais, de irmandade (entre iguais) ("romance of brotherhood"); 2.3 a exclusão (não-articulação) do pólo feminino; 2.4. função da "forma" : transcender/sublimar "falhas" dos personagens;
3. um Cinema do excesso (atracções) caracterizado por um "hiper-formalismo: estilo "florido"( barroco) e elegíaco; 3.1. tensão entre linearidade narrativa e materialidade das imagens; 3.2. cinema da continuidade: fluidez da forma(vd. uso do "slow motion" e do grande-plano) e carácter performativo da percepção;
4. "The Killer" (1989)
4.1. "heroicização" do personagem (Ah Jong) e primado da forma:  heroísmo (masculino) e sacrifício (masoquismo homo-erótico, feminização);um "noir (kitsche) róseo-pop" (presença do modelo do "melodrama musical" dos anos 50/60);
4.2. personagens divididos e figura(s) do "Duplo" nu universo fechado (de especularidade letal e imaginária) masculino; a "cegueira" de Jenny (a cantora) como sintoma (somatização) da crise de valores e de identidade(s) do filme; figuas do "vazio";
4.3.  será eficaz a redenção pelo sacrifício? Qualquer "aura" só póstuma. como "fantasma" (Ah Jong).
* projecção dos 15mn iniciais de "Le Samourai" de Jean-Pierre Melville (1967)


Johnnie To, "Exiled" (2006)

16 Outubro 2019, 14:00 Fernando Guerreiro

Projecção (comentada) de um dvd de "Exiled" de Johnnie To (2006)


O "noir" de Hong Kong: o cinema de Jonnhie To (1)

14 Outubro 2019, 14:00 Fernando Guerreiro

1. um cinema do 2º grau e da crise: 1.1. crise do sujeito=masculino (do herói e do grupo); afirmação dos personagens femininos: 1.2. no plano dos valores entre a noção de "fatalidade" ("seres para a morte") e a de "acaso" (relatividade: ironia); 1.3. um cinema meditativo; 

2. um cinema da continuidade (plano-sequência) e da forma- fluxo (uso do "slow motion"); uma concepção ornamental de forma: estetização (Sam Peckinpah)e  coreografização  da violência (a influência de Akira Kurosawa e do "chambara" japonês, assim como de Sergio Leone e o western-spaghetti).
* projecção de sequências de filmes de Johnnie To: o plano-sequência inicial de  Breaking News, o duelo estático ("displaying") de The Mission, o ballet (coreografia) das carteiras em Sparrow e o estilhaçamento dos espelhos (e do sujeito: figuras do duplo) em The Longest Nite (assinado por Patrick Yau) (o modelo da galeria de espelhos em The Lady from Shangai de Orson Welles)
Bibliografia : texto sobre Exiled na pasta da cadeira