Sumários

O cinema "noir" de Hong Kong

9 Outubro 2019, 14:00 Fernando Guerreiro

1.do "Kung-fu" ao "noir": o papel de Chang Cheh ("Vingança!", 1970)
2. do "Crime film" ao "police film": ambivalência e complexidade dos personagens, esbatimento da fronteira entre Lei e crime, "glamourização" do ganster (as "tríades" como como contra-sociedades que preservam valores tradicionais), divisão dos personagens entre diferentes fidelidades, carácter urbano dos filmes (realismo) e "ghetto identity" (Troost);
3. centralidade do cinema na construção daimagem (crítica) da cidade (Hong Kong); no "noir" dos anos 70/80, menos a cidade "virtual" (hiper-visível) (Abbas) do que a "invisível" (soterrada, escondida) ("Kowloon Walled City"" como santuário da marginalidade e do crime no "noir").
* projecção do final de "City on Fire" (1987) de Ringo Lam
Bibliografia: texto de Kristoff van den Troost sobre o "noir" de Hong Kong (pasta da cadeira)


o "Wuxia" crepuscular

7 Outubro 2019, 14:00 Fernando Guerreiro

1. dimensão estetica do Kung-FU como prática (disciplina) do corpo: Maya Deran, Meditation on violence (1948): cinema=dança=kung-fu;
2. cruzamento de géneros/culturas: miscigenação do kung-fu com o noir: citação do fina (galeria de espelhos) de TheLady from Shangai de Orson Welles (1948) em Enter the Dragon (1973) de Robert Clouse/ Bruce Lee;
3. influência do cinema de Hong Kong no cinema de acão nrte-americano (internaconal): wuxia + noir em Matrix do(a)s Wachowski: passagem do 3D ao 4D, o Tempo como suporte (maleável, fluxional) das imagens;
4.o nuxia: ambivalência da indentidade (determinação sexual) e centralidade dos personagens femininos: o caso de Àsia o(a) Invencível em Swordsman 2 v(de Ching Siu Tung, 1991);
5. o Wuxia crepuscular de Wong Kar Wai: Ashes of Time (1994): um cinema mental  da memória, , mais da "espera" (=Tempo) do qued a acçã (=movimento); desrealização e espectralização, uma "fantasmagoria" (jogo de luzes e sombras); onde falha a "acção"= masculino (heróis problemáticos)= wuxia vem a "paixão"=feminino= melodrama (o personagm da mulher "sem nome"=Maggie Cheung);
6. o kung-fu=cinema como dança das formas em The Grandmaster de Wong Kar Wai (2013): agonia da paixão/ agonia do cinema (kung-fu)?; os dois fins do filme: passagem de testemunho de Ip Man para o jovem Bruce Lee.
* projecçao de sequ~encias dos filmes
Bibliografia: texto de Stephen Teo sobre Ashes of Time na pasta da cadeira (verde, nº1)


Tsui Hark: "Zu - os Guerreroros da Montanha" (1983)

2 Outubro 2019, 14:00 Fernando Guerreiro

1. planos da Representação: representação do espaço segundo o modelo da Pintura tradicional chinesa; plano da Enunciação/ narração: a "voice- over"; o "vazio" como factor estruturante;

2. plano simbólico da acção (diegese): plano da arqui-História= Mito; narrativa de "iniciação"; a figura do Duplo: dos personagens, objectos, géneros;  do  2 ao 3: do material (figurado) ao imaterial (espiritual: invisível);
3. plano temático: filme como alegoria= utopia; a" nova geração" e o "novo cinema".
* projecção(comentada) de um dvd do filme
Bibliografia: texto de Andrew Schroeder sobre o filme (pasta da cadeira)


O "Wuxia": cinema de artes marciais

30 Setembro 2019, 14:00 Fernando Guerreiro

1. o  wuxia shenguai:  cruzamento do filme de acção (aventuras: dos xia) com o maravilhososo/sobrenatural; pico de 1928-1932; a censura do géero pela cultura (de esquerda) e o governo (nacionalista) do Kuomintang; 1.1. um cinema de "atracções" (de "efeitos") e 1.2. do "corpo" ("bodies in the air": o motivo/tropo do "voo"; relação com a pintura de paisagem tradicional chinesa); 1.3. identificação cinética, com o movimento;
2. depois da IIª Guerra mundial, deslocação do wuxia para Hong Kong: o ciclo de Wong Fei-hung (1949-1970); os anos de 1970/1: insucesso público de A Touch of Zen de King Hu (1970) e início da vaga do Kung Fu com Bruce Lee (1971-1973): cinema de acção (combate com os punhos, escola do Sul) mais "realista"; redefinição (viril, masculina) do personagem e "optimismo" do boom económico dos anos 70;
3. o wuxia da "nova vaga" dos anos 8o: Tsui Hark, Patrick Tam, Ann Hui, John Woo.
* projecção de sequências do documentário Cinema of Vengeance, e dos filmes O Trio Magnífico (Chenh Chehe, 1966), A 36ª Câmera do Shaolin (Lau Kar-leung, 1977), O Tigre e o Dragão (Ang Lee, 200), e A Touch of Zen (King Hu, 1970)
Bibliografia: texto de Zhang Zhe ("Bodies in the air") na pasta da cadeira (verde, nº1)


"Running on karma" de Johnie To (2003): um cinema de géneros e de atracções (efeitos)

25 Setembro 2019, 14:00 Fernando Guerreiro

  Running on Karma:um cinema de grau 2, auto e meta-reflexivo
1. o corpo de Big (Andy Lau) como figura do cinema: um corpo-prótese ("phantasmatic body"= "histerical image" da crise de representações do corpo masculino) e proteiforme (metamórfico) (figura da miscigenação de géneros do cinema de Hong Kong);um corpo duplo (gigantismo material/ redução espiritual), como alegoria (do Sujeito, da História e do Cinema);
2.  um filme budista: a noção de Karma :
2.1. sobreposição de planos, tempos, narrativas: Imagem palimpsesto-hieróglifo;
2.2. Big e Sun Ko como "duplos" (um do outro); Sun Ko como versão primitiva (passional: cólera) de Big ;
2.3. sacrifício expiatório de Lee (a agente da polícia): o filme dentro do filme;
2.4. carácter iniciático da 2ª parte do filme: "a journey of self-redemption" (Teo).
* projecção de um dvd do filme
Bibliografia: texto de Stephen Teo sobre o filme na pasta da cadeira na fotocopiadora verde, nº1)