Sumários

A figura da "star": Greta Garbo

10 Outubro 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

1. o "sistema narrativo" como base do "star system": 1.1. da "picture personality" (1910) à "star" (1912-1914); 1.2. a construção da figura do "espectador-tipo"; 2. a "star": uma figura híbrida; 2.1. entre o plano do Mito (E. Morin): como deusa/ícone e o plano do profano: familiarização, intersecção entre cinema e vida; 2.2. a "star" como lugar de crise diegética e do espectador (o regresso do cinema de atracções); 3. o caso do Garbo: 3.1. as "visões" de R. Barthes (como deusa, ideia, máscara), B. Balàzs (a "tristeza" como luto do real, beleza de protesto, contra progresso=modernidade); .2. ambivalência do personagem e da actriz em "Rainha Cristina" de Rouben Mamoulian (1934).
* projeccção da sequência da hospedagem e do final de "Rainha Cristina".
Bibliografia: texto de Alexander Walker sobre Garbo na pasta da cadeira 


O momento da Fotogenia: Jean Epstein

3 Outubro 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

1. a concepção cineplástica do cinema da 1ª Vanguarda francesa ("escola impressionista"): Canudo, Delluc, Dulac, Epstein, Faure;
2. a noção de Fotogenia: 2.1. como qualidade das coisas/ pessoas (Delluc); 2.2. como produto da câmera (Epstein); 2.3. características: instantaneidade, intensidade, fragmentação, presença local, tangibilidade, irradiação;
3. Epstein, "Coeur Fidèle" (1923): Grande-plano (rosto) e sobreposição; 3.1.carácter folhado, por camadas, da imagem (mais símbolo do que signo); 3.2. duração e bidimensionalidade: carácter imaginário e abertura ao real; 3.3. o cinema como escrita directa do real ( os "graffittis").
* projecção dos primeiros 20 minutos do filme
Bibliografia artigo "Da cineplástica" de Élie Faure na pasta da cadeira


Griffith: o rosto "aura" de Lilian Gish

28 Setembro 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

1. Griffith: o Grande-Plano e a Montagem Paralela como formas de  motivação da acção, de construção do "personagem" e da individuação do "actor"; o "sistema narrativo" viabilizador do "star sysyem" (Tom Gunning); 2. o novo tipo de actor: 2.1.  diferença entre pantomina (teatral) (um código limitado, fechado , de figuras codificadas e fixas, descontínuas) e trabalho do actor de cinema (registo do contínuo, fluido) (Adolphe  Brisson); 2.2. dois modelos de representação: o "físico" (histrónico)= europeu e o "natural" (verosímil)=americano (Roberta Pearson); o actor segundo Griffith ("O que eu exijo das estrelas de cinema", 1917); Lilian Gish: a modulação (inventiva) de um contínuo (Merritt).
* projecção de dois segmentos de "Way Down East" de Griffith  (1921)
Bibliografia: pasta da cadeira, texto de James Naremore sobre Gish; Antologia: textos de Griffith e K. Thompson 


O rosto no cinema: a "diva"

26 Setembro 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

1. o cinema como "síntese" das artes (Canudo): a "obra de arte total" (Wagner): 1.1. a crítica de Pirandello ("Si Gira!", 1913(6)): a contaminação letal pelo mecânico e o duplo efeito de divisão e estranhamento na imagem; duplo exílio, de si e da situação (ao vivo) de representação; a produção de duplos,  espectros (sombras), simulacros;

2. a "diva" como figura de síntese: 2.1. António Ferro ("As Grandes Trágicas do Silêncio", 1917): a "diva" como criação (ser) do cinema; 2.2. a figura do "actor": da imagem-movimento (cinema histórico) à imagem-tempo (contemplativa, es/xtática); o trabalho da "diva" entre a *Pose"("Atitude", Ferro) ("pathos" do melodrama, pantomina e escultura) e a figura dinêmica da linha arabesca (curva), serpentina (pintura, dança. música).

* projecção de "Danse Serpentine" (dos Lumière) e de um segmento do filme "Diva Dolorosa" de Peter Delpeut

Bibliografia: texto de A. Ferro na pasta da cadeira e texto de Angela Dalla Vacche na Antologia 


O Rosto como figura/ tropo do cinema

21 Setembro 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

1. Bela Balàzs ("O Homem Visível", 1924): o cinema visibiliza o rosto do homem e das coisas; 

2. Do Plano ao Grande-Plano no cinema: 2.1. o GP do rosto - duas concepções: i) Bela Balàzs: do movimento à expressão; a microfisiognomia; visibilização do invisível; ii) Gilles Deleuze: o "rosto-tempo" e a "imagem-afecto"; 2.3. o GP como momento lírico/ afectivo (emocional) do filme (Balàzs, Epstein); lugar de interiorização/ subjectivação do real na imagem (Munsterberg); contemplação (stase), suspensão da acção e pleno do imaginário;

2.4. diversos casos de GP: sua função escópica e  articulação narrativa ( exemplos). 

Bibliografia: textos de B. Balàzs, J. Aumont e J. Epstein na Antologia