Sumários

J. Demy, "Les Demoiselles de Rochefort" (2)

26 Outubro 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

(cont.)
5. a fórmula do filme: Jazz + Cinmascope + Technicolor: o "musical". como forma ideal (optimizada) da vida e do cinema - "o belo é o esplendor da verdade" (Platão/ Plotino)
* projeccção do resto do filme de J. Demy
Bibliografia: IIª antologia da cadeira já  disponível da fotocopiadora azul


O Plano-sequência no musical: J. Demy, "Les Demoiselles de Rochefort" (1967)

24 Outubro 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

1. o Cinema e a dança: 1) não só imagens em movimento mas imagens que dançam; ii) a dança como problematização e exponenciação do movimento; iii) o corpo flutuante do espectador; iv) funções: explicar/ resolver impasses do real; incorporação/ modalização do tempo nos corpos e nas imagens;
2. o "universo"( "em-cantar") de J. Demy: i) fechado (perfeito) e aberto (ao real, imaginário); continuidade língua/ poesia, fala/ canto, gesto/ dança; iii) um cinema do (des/re-)encontro: acaso e destino; iv) um cinema total (órfico) de um real acrescentado ("nomear musicalmente as coisas"; 3) o plano-sequência como corporização da "forme ballade" da Nouvelle Vague francesa (Deleuze): 3.1. a continuidade permite o "acabamento" da acção como canto/dança;  3.2. o trabalho sobre o Tempo como extensão ou duração: precipitação no "aqui"=presente (dança) ou projecção no "tempo longo" do passado ou futuro (canto); 4) plano do género: um cinema do "entre" - dos géneros (masculino / feminino: gemelidade/ androgenia) e dos registos (musical/ melodrama); vi) uma dupla influência.  o musical americano (clássico:MGM, e moderno: "West Side Story") e a tradição francesa (do "realismo poético" ao cinema de "variedades"); estética (jazz) de fusão: uma "ópera  popular cantada" (Deleuze) .
* projecção da abertura do filme e de clipss musicais: de  Les Parisiennes, "Il fait trop beau pour aller travailler" (1962) e Spike Jonze.
Bibliografia: textos de JoséMmanue Costa/ António Rodrigues e Jonathan Rosenbaum na pasta da cadeira


W. Wyler, "The Best Years of Our Lives" (2)t

19 Outubro 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

3.4. a centralidade do personagem de Homer: o uso de um não-actor, Harold Russell; uma crise de representação: o problema da castração (figurações); o "fazer" como estética (ética) do filme; 3.5 a sequência do "casamento" ("home movie"): a solução da  crise?
* projecção de um dvd do filme


O Plano-sequencia: Wylliam Wyler

17 Outubro 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

1. o Plano-sequência segundo André Bazin: um cinema da continuidade e da "escrita directa do real": características (W. Wyler, "No Magic Wand");
2. o paradoxo de W. Wyler: um "autor" não-autor, com um estilo por defeito, neutro (transparente), negativo (Bazin, Lenhardt);
3. "The Best Years of Our Lives" (1946): 3.1. como filme de guerra, "escrito pelos acontecimentos" (Wyler); o contributo de Gregg Toland como operador de câmera  ("correcção" de "Citizen Kane, de Orson Welles)r; 3.2. "padrões geométricos"/ o filme como "equação formal" (Bazin): efeitos de reenquadramento no plano (S. Kozloff); o "espelho" como índice de reflexividade tanto psicológica/ moral como formal; ; 3.3.  a "profundidade de campo" ("staging in depth"): a chamada telefónica de Fred para Peggy no bar de Butch.
* projecção de 20mn do filme (1ª sequencia no bar de Butch, o despertar de Fred)
Bibliografia: A. Bazin, "A Evolução da Linguagem Cinematográfica" + "W. Wyler,ou le janséniste de la mise en scène" (pasta da cadeira, fotocopiadora verde)


"Shirin" de Abbas Kiarostami: a epifania do rosto

12 Outubro 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

1. uma prática das imagens no quadro de uma cultura iconófoba: uma concepção não mimética ou figurativa mas ornamental/ decorativa das imagens;
2. um cinema do real: 2.1. uma ética do olhar e do respeito pelas coisas; 2.2. aberura ao acaso do real e ao imprevisto da forma; 2.3. crítica do ilusionismo mimético; 2.4. dissociação do signo cinematográfico; 2.5.  mais presentificação do que representação;
3. "Shirin" (2009): um dispositivo (teoria) da literatura, 3.1. a sala de cinema como camêra escura com ecrã como interface com o imaginário do espectador; 3.2. inversão da experiência de Koulechov; 3.3. o som como 3D da imagem; 3.4. construção (escultura) do rosto do espectador.
* projecção dos 20mns finais do filme e da sequência do "ícone" de "Mata.Hari" (Georges Fitzmaurice) com Greta Garbo