Sumários

Primeiro exercício escrito

30 Abril 2018, 16:00 José Bértolo

Realização do primeiro exercício escrito presencial.

Datas importantes:

  • Prazo para comunicar o tópico do trabalho final: 6 de Maio
  • 2.º exercício escrito presencial: 4 de Junho (à hora da aula, 16h, em sala a definir)
  • Entrega do trabalho final: 15 de Junho


Vertigo (1958), Alfred Hitchcock

23 Abril 2018, 16:00 José Bértolo

Conclusão do visionamento de Vertigo: a divisão do filme em duas partes (antes e depois da morte de Madeleine); estruturas de repetição com variação; comentário da sequência em que Scottie vê Madeleine pela primeira vez (quadros dentro do quadro; o espaço como labirinto; a importância simbólica das cores; planos subjectivos; limiares da representação); a importância dos espelhos em geral, e do espelho no quarto de Judy em particular; a sequência da carta (carta escrita e rasgada, cujo propósito é fornecer um acréscimo de informação ao espectador). 


O "melodrama da mulher desconhecida" de Judy: a vontade de afirmação enquanto "ela mesma" e a simultânea incapacidade de se desvincular de Madeleine; a "falsa Madeleine" enquanto igura fantasmática do filme, que assombra Scottie e Judy; complexo de Pigmalião (cf. fotocópias de Ovídio e V. Stoichita); Judy enquanto simultaneamente "ela mesma" e "a outra": uma personagem inevitamente cindida; Judy enquanto sombra (figura sem densidade, ontologicamente instável) e enquanto corpo contaminado pela "ficção" de Madeleine (a projecção da luz verde sobre o rosto de Judy). A sequência do "retorno de Madeleine": entre fantasma e corpo. Necrofilia e homens apaixonados por mulheres mortas. O momento do reconhecimento de Scottie: o colar no espelho. A alternância, na sequência final, na atribuição de um nome à personagem interpretada por Kim Novak: Judy e Madeleine. As implicações simbólicas, ao nível da caracterização da personagem, que se prendem com esta indecisão na atribuição de um nome.

Breves considerações sobre o teste de dia 30, que vai ter lugar na sala e à hora habituais.

Os alunos poderão ler as fotocópias, que estarão disponíveis a partir de amanhã (terça-feira, 24), na reprografia vermelha, de Vocabulário de Cinema, de Marie-Thérèse Journot.


Vertigo (1958), Alfred Hitchcock

18 Abril 2018, 16:00 José Bértolo

Continuação do visionamento comentado de Vertigo: planos subjectivos e afinidades de percepção entre personagens e o espectador; enquadramentos de segundo grau (quadros dentro do quadro da imagem); picados e contrapicados como forma de acentuar uma ideia de verticalidade; Carlotta Valdes como figura ausente do filme (afinidade com Rebecca, no filme homónimo de A. Hitchcock [1940]); o anel no cabelo de Carlotta/Madeleine como figura simbólica do filme; Midge como mulher preterida (desconhecida); a sobreimpressão dos rostos de Carlotta Valdes e Madeleine Elster; cenas de perseguição: voyeurismo, vigilância, aproximação, gaze; a sequência da carta como emblemática do filme: perversão das dinâmicas usuais de (co-)presença e ausência e perturbação das temporalidades; deambular VS dirigir-se a um lugar conhecido (teleologia); o dolly shot (ou Vertigo effect); a morte de Madeleine como repetição da morte do polícia na sequência inicial; figuras da loucura: Madeleine na primeira parte do filme e Scottie depois da sequência de tribunal; identificação de diversas estruturas de repetição (de figuras, de lugares, de planos, de situações); a sequência do sonho.


Vertigo (1958), Alfred Hitchcock

16 Abril 2018, 16:00 José Bértolo

Discussão dos tópicos escolhidos pelos alunos para os trabalhos finais.


Início do visionamento de Vertigo (1958), de Alfred Hitchcock: análise da sequência dos créditos: apresentação parcelar do corpo e o conhecimento falho da identidade; visão, mente e cinema; realismo e sonho; a personagem de Midge como a primeira mulher desconhecida do filme; apresentação da personagem de Madeleine como imagem em movimento.


Interlude (1957), Douglas Sirk

11 Abril 2018, 16:00 José Bértolo

Conclusão do visionamento de Interlude: a subversão da comédia romântica que havia sido anunciada no início do filme; a afirmação do melodrama; a estrutura de duplos: Helen Banning como protagonista da sua narrativa, mas como personagem secundária (a outra mulher) na narrativa de Reni Fischer (e Interlude como um filme que se constrói sobre a confluência destas duas narrativas); o exemplo modelar de Jane Eyre, de Charlotte Bronte: visionamento de uma sequência da adaptação homónima de Robert Stevenson, de 1943; mulheres desconhecidas: uma questão de perspectiva; análise pormenorizada da sequência de Interlude no pavilhão anexo à mansão dos Fischer: o retrato enquanto figura visual a partir da qual o filme revela a estrutura de duplos; tensões entre sonho e pesadelo, realidade e ilusão; discussão de algumas questões relacionadas com a especificidade da linguagem cinematográfica (o uso dramático da luz, o uso do ecrã largo [aqui, o cinemascope], o uso simbólico da cor, das flores e dos espelhos, etc.); análise do happy ending forçado ao cineasta pelos estúdios; o regresso de Helen aos Estados Unidos, no final, enquanto forma de consubstanciar o título do filme, que, começando e terminando com a deslocação da protagonista, adquire assim uma macroestrutura que responde directamente ao título (o filme documenta um interlúdio na vida desta mulher).


Recapitulação de datas importantes:
  • 1.º exercício escrito presencial: 30 de Abril
  • Prazo para comunicar o tópico do trabalho final: 6 de Maio
  • 2.º exercício escrito presencial: 4 de Junho (à hora da aula, 16h, em sala a definir)
  • Entrega do trabalho final: 15 de Junho