Sumários

O significado real e da Semana de Arte Moderna na cultura brasileira contemporânea

28 Setembro 2021, 15:30 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

As repercussões da Semana de Arte Moderna: análise de notícias, críticas e opiniões de leitores publicadas nos jornais de São Paulo e Porto Alegre.

Leitura de um breve excerto do ensaio 22 por 22 de Maria Eugênia Boaventura: o valor simbólico e real da Semana.

Reflexão a respeito da verdadeira renovação das artes plásticas na Semana de Arte Moderna.

O lúcido esforço de adaptação de um grupo recém-imaginado sob o signo do maquinismo: a Semana de Arte Moderna entendida como ensaio da vanguarda brasileira

A mediação entre o primitivismo e a arte moderna: o "Manifesto Pau-Brasil".


Bibliografia:

AA.VV. (1972): Semana de 22 – Antecedentes e consequências (São Paulo: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand).

BOAVENTURA, Maria Eugênia (2000): 22 por 22: a Semana de Arte Moderna vista pelos seus contemporâneos (São Paulo: Edusp).



A renovação modernista da cultura brasileira

22 Setembro 2021, 15:30 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

As migrações no Brasil do século XIX e do início do século XX. O questionamento do modelo identitário oitocentista.

A modernidade e a modernização na cidade e no estado de São Paulo na década de 1920: urbanização, industrialização e atraso cultural.

Análise do poema «Agente», de Oswald de Andrade: as mudanças sociais e urbanas na cidade de São Paulo e a necessidade de um novo olhar artístico.


Bibliografia:

AA.VV. (2005): Seria uma rima, não seria uma solução: a poesia modernista. Antologia organizada e apresentada por Abel Barros Baptista e Osvaldo M. Silvestre (Lisboa: Cotovia).

HELENA, Lucia (1986): Modernismo brasileiro e vanguarda (São Paulo: Editora Ática).





O primeiro antecedente das vanguardas no Brasil: a pintura de Anita Malfatti

21 Setembro 2021, 15:30 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Análise dos poemas «Guararapes» e «Erro de português», de Oswald de Andrade: o retrato vanguardista do relativismo cultural e da alteridade.

Os antecedentes do Modernismo brasileiro: a pintura de Anita Malfatti e a escultura de Vítor Brecheret. Breve análise de «O homem amarelo» de Anita Malfatti.

O descompasso entre a mutação da arte e a precariedade da mutação percetiva na Semana: a admiração de Oswald de Andrade dos elementos de transição – daquilo que ele denomina a ‘poética do não-acabado de Rodin – da escultura «Eva» de Brecheret.

Reflexão a respeito do valor simbólico da Semana de Arte Moderna. A estratégia futurista e a atitude iconoclasta dos participantes: a procura do escândalo e da divulgação das novas propostas artísticas.


Bibliografia:

AA.VV. (1972): Semana de 22 – Antecedentes e consequências (São Paulo: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand).

BATISTA, Marta Rossetti (1985): Anita Malfatti no tempo e no espaço (São Paulo: IBM).

FABRIS, Annateresa (1994): O futurismo paulista (São Paulo: Perspectiva).


Breve panorâmica da evolução cultural no Brasil

15 Setembro 2021, 15:30 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Cultura do período colonial e cultura brasileira no Romantismo.

Quadro geral da situação cultural no Brasil colonial. A génese de certos tópicos culturais do Brasil colonial: o ‘bom selvagem’ e o 'continente-natureza'. O conhecimento exógeno do indígena. A transfusão cultural no Brasil colonial. Miscigenação, hibridismo e sincretismo cultural.

Caraterísticas gerais do Romantismo brasileiro. O indianismo, a paisagem e a identidade nacional.

 

Bibliografia:

BENASSAR, Bartolomé e MARIN, Richard (2000): História do Brasil (Lisboa: Teorema).

DONATO, Hernani (2000): Brasil 5 séculos (São Paulo: Academia Lusíada de Ciências, Letras e Artes).



Apresentação do programa e dos objetivos da unidade curricular

14 Setembro 2021, 15:30 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Apresentação do programa

 

Apresentação do programa e objetivos da unidade curricular. Caraterização e fundamentação do programa. Metodologia de trabalho a seguir ao longo do semestre. Comentário crítico da bibliografia. Critérios de avaliação.

 

Objetivos de aprendizagem

Esta unidade curricular visa familiarizar os estudantes com os instrumentos conceituais, metodológicos e analíticos adequados ao estudo da cultura.

Igualmente, pretende-se a aquisição de uma visão de conjunto da formação da cultura brasileira contemporânea. Parte-se, principalmente, da reflexão e problematização dos debates e conflitos gerados pelo cruzamento entre diferentes tradições culturais e novos movimentos artísticos na história do Brasil dos séculos XX e XXI. Nesta ordem de ideias, a partir das novas perspetivas para o estudo da questão cultural, procura-se repensar criticamente o exame e a compreensão da Cultura Brasileira, nomeadamente das artes musicais e visuais, e o aperfeiçoamento das capacidades de interpretação, de análise e de síntese.

 

Conteúdos programáticos

O estudo da formação cultural brasileira parte de uma perspetiva interdisciplinar, incluindo uma ampla variedade de abordagens, da história cultural à sociologia, da antropologia à análise literária ou artística.

Os principais eixos do programa são: o multiculturalismo, a diversidade, a globalização e o relativismo cultural; o dinamismo e a cultura; as relações entre a cultura erudita, a cultura popular e a cultura de massas.

Deste modo, para obter uma visão panorâmica destas questões e, ao mesmo tempo, indagar as particularidades, continuidades e ruturas, analisaremos e relacionaremos diversos momentos e movimentos musicais (do samba à Bossa e ao Tropicalismo) e artísticos (do Modernismo e do Concretismo à Pós-Modernidade).

 

 

Metodologias de ensino e critérios de avaliação

Esta unidade curricular parte de uma perspetiva interdisciplinar e utiliza uma metodologia eclética. Segue-se um modelo mais dialógico que expositivo, privilegiando-se, por isso, a participação oral informada. Os estudantes são estimulados a fazerem a sua própria pesquisa a propósito dos diferentes tópicos estudados, colocando em aula os seus resultados.

Segundo os critérios indicados no Regulamento Geral de Avaliação, aplica-se o regime de avaliação contínua. Dentro destas coordenadas, a organização das aulas é teórico-prática. A avaliação será realizada a partir de quatro elementos obrigatórios: assiduidade e participação (10%), um breve trabalho individual e escrito (20%), uma primeira prova escrita e presencial (30%) e uma prova final, escrita e presencial (40%).

 

O trabalho é um trabalho de análise e interpretação crítica de uma obra artística, literária ou ensaística brasileira do século XX ou XXI ou de análise crítica de um fenómeno cultural do Brasil dos séculos XX ou XXI.

O tema do trabalho individual e escrito (5 páginas, Times New Roman, espaçamento 1,5) deve ser acordado entre o aluno e a professora. Data de entrega do trabalho: 7 de dezembro.

O trabalho deverá incluir uma seção final designada “Bibliografia” que incluirá, por sua vez, quatro referências, de obras – monografias científicas, artigos académicos ou histórias da arte ou da cultura brasileira, entre outros – que devem ser selecionadas ad hoc, consultadas e citadas ao longo do trabalho.

 

A primeira prova escrita e presencial foi marcada para o dia 2 de novembro de 2021 e a prova final, escrita e presencial para o dia 15 de dezembro de 2021.


 

Bibliografia

AA.VV. (2012): This is Brazil!! (A Coruña: Concello de A Coruña).

AA. VV. (2000): Século 20: Arte do Brasil (Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian).

ANTUNES, Arnaldo (2006): Antologia (Vilanova de Famalicão: Edições Quasi).

CALINESCU, Matei (1987): Five Faces of Modernity (Durham: Duke University Press).

CASTRO, Ruy (2008): Chega de saudade – A história e as histórias da Bossa Nova (São Paulo: Companhia das Letras).

CHALLIER, Marion [Org.] (2005): MPB – Musique populaire brésilienne (Paris: Cité de la musique).

COMPAGNON, Antoine (1990): Les cinq paradoxes de la modernité (Paris: Seuil).

GULLAR, Ferreira (2003): Relâmpagos – Dizer o ver (São Paulo: Cosac & Naify).

MAMMÌ, Lorenzo (2012): O que resta. Arte e crítica de arte (São Paulo: Companhia das Letras).

VELOSO, Caetano (1997): Verdade tropical (São Paulo: Companhia das Letras).

ZAPPA, Regina (2004): Chico Buarque para todos (Rio de Janeiro: Relume Dumará).

 

Será fornecida (na Plataforma Moodle) aos alunos uma pequena antologia de textos críticos e literários destinada a ilustrar e problematizar as questões teóricas e as obras e textos estudados.


Acompanhamento e atendimento dos alunos: Acompanhamento por e-mail. 

Sessões de atendimento/acompanhamento: às quintas-feiras das 16.30h às 18.00h. (sujeita a marcação prévia por email) ou marcadas individualmente com os alunos.

 

Observações:

Os estudantes-trabalhadores e quaisquer outros que, por uma razão justificada e debidamente documentada, não possam assistir regularmente às aulas deverão contactar o professor durante a primeira ou segunda semana de aulas para planificação conjunta das actividades a desenvolver e do acompanhamento necessário.

O número de alunos inscritos pode levar a pequenas modificações do programa.