Sumários

O tópico da América festiva e o Carnaval

19 Outubro 2021, 15:30 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

O fenómeno da contaminatio na cultura popular: a ‘transferência’ dos valores da exuberância e da Beleza presentes na idealização edénica da natureza brasileira para os seus moradores: Carmen Miranda, símbolo de um Brasil de 'exportação', de prazer e extravagância. O tópico da América festiva.

Análise de um excerto da obra Rio de Janeiro – Carnaval no fogo, de Ruy Castro, sobre o Carnaval: o significado real e simbólico do Carnaval. O olhar ‘de fora’ e ‘de dentro’ a respeito desse fenómeno cultural.

Bibliografia:

CABRAL, Sérgio (1993): No tempo de Ary Barroso (Rio de Janeiro: Editora Lumiar).

DAMATTA, Roberto (1997): Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro (Rio de Janeiro: Rocco [6ª ed.]).

VIANNA, Hermano (1995): O mistério do samba (Rio de Janeiro: Jorge Zahar).




A nova geração do samba: o samba-canção e a utopia musical de um Brasil edénico

13 Outubro 2021, 15:30 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

A importância da cultura de massas como instrumento de propaganda durante o Getulismo. O poder da censura. A divulgação do samba e de uma certa imagem nacional através da rádio.

A utopia musical de um 'país tropical': Ary Barroso e a criação do samba-exaltação. Ufanismo, nacionalismo e música popular nas décadas de 1930 e 1940 no Brasil. Análise dos mitos culturais nacionais e identitários presentes em “Aquarela do Brasil”. A paisagem do Brasil retratada como locus amoenus.

Bibliografia:

CABRAL, Sérgio (1993): No tempo de Ary Barroso (Rio de Janeiro: Editora Lumiar).

VIANNA, Hermano (1995): O mistério do samba (Rio de Janeiro: Jorge Zahar).



Dois géneros (e matrizes) fundamentais e diversos da música popular brasileira: o choro e o samba.

12 Outubro 2021, 15:30 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

O choro: um género eminentemente instrumental, caraterizado e apreciado por causa do virtusismo e a capacidade de improvisação. O teor melancólico do choro.

O avesso do choro: o Brasil festivo do samba.

Origens e evolução do samba: um género embelecido e transformado a partir das influências musicais afro-brasileiras. O nascimento do samba carioca na Praça Onze, a ‘pequena África’ dos imigrantes que se deslocaram para a capital por causa do declínio das plantações de cacau e café da Bahia e da abolição da escravatura.

Os compositores da cidade e os compositores do morro: o samba comercial e o samba festivo e efémero.

A nova geração do samba da década de 1930: a 'mudança de endereço' do samba e a popularização  do género entre a classe média: a mudança dos bairros degradados do centro da cidade para o mais respeitável Bairro de Vila Isabel. 

Bibliografia:

CABRAL, Sérgio (1997): Pixinguinha, vida e obra (Rio de Janeiro: Editora Lumiar).

RANGEL, Lúcio (1962): Sambistas e chorões (Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves).

Bibliografia: CALDAS, Waldenyr (1985): Iniciação à música popular brasileira (São Paulo: Ática).

MACGOWAN, Chris (1999): Le son du Brésil: samba, bossa nova et musique populaire brésilienne (Paris: Lusophone).

TRAVASSOS, Elizabeth (2000): Modernismo e música brasileira (Rio de Janeiro: Jorge Zahar).




Primitivismo e vanguarda no Modernismo brasileiro: o “Manifesto Antropófago” e a pintura de Tarsila do Amaral

6 Outubro 2021, 15:30 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

A evolução do diálogo entre o primitivismo e a arte moderna: o "Manifesto Antropófago".

Análise de alguns excertos do manifesto de Oswald de Andrade e, complementarmente, da pintura “O Abaporu” de Tarsila do Amaral.

A pintura antropofágica de Tarsila do Amaral. Análise inicial da pintura "O Abaporu": a emancipação através da nomeação (a escolha no título de uma palavra de origem tupi), a evocação da especificidade nacional (através do oswaldiano “azul cabralino”, do sol, da vegetação e do indígena), a representação distorcida do antropófago e o simbolismo dos pés imensos (a representar a posse da terra), a representação das formas distorcidas e geometrizadas e a influência do cubismo e o uso subjetivo das cores e a influência do fauvismo de Matisse.

Análise de alguns excertos do manifesto oswaldiano a partir do estudo de “O Abaporu”: a Antropofagia e a metáfora do processo de formação crítica da cultura brasileira, a recusa da imposição de modelos culturais europeus, a saudade e o exotismo na visão do Brasil.


Visualização e análise de um breve fragmento do documentário "Brasileirinho": um género eminentemente instrumental, caraterizado e apreciado por causa do virtusismo e a capacidade de improvisação. O teor melancólico do choro. O hibridismo musical do choro e a integração das diferentes matrizes culturais brasileiras.

 

Bibliografia:

AA.VV. (2005): Seria uma rima, não seria uma solução: a poesia modernista. Antologia organizada e apresentada por Abel Barros Baptista e Osvaldo M. Silvestre (Lisboa: Cotovia).

HELENA, Lucia (1986): Modernismo brasileiro e vanguarda (São Paulo: Editora Ática).

ODILON, Marcus (2001): Antropofagia, existiu ou não? (João Pessoa: Sal da Terra [2ª ed]).



A poesia e a pintura "Pau-Brasil"

29 Setembro 2021, 15:30 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

A reorientação do Modernismo: uma cultura e uma vanguarda especificamente brasileira. A mediação entre o primitivismo e a arte moderna: o "Manifesto Pau-Brasil".

Análise de alguns excertos do manifesto de Oswald de Andrade e, complementarmente, das pinturas "A negra", "São Paulo" e “O mamoeiro” de Tarsila do Amaral.

 

Bibliografia:

AA.VV. (1972): Semana de 22 – Antecedentes e consequências (São Paulo: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand).

BOAVENTURA, Maria Eugênia (2000): 22 por 22: a Semana de Arte Moderna vista pelos seus contemporâneos (São Paulo: Edusp).

FABRIS, Annateresa (1994): O futurismo paulista (São Paulo: Perspectiva).

HELENA, Lucia (1986): Modernismo brasileiro e vanguarda (São Paulo: Editora Ática).