Sumários

A tentiva de industrialização do Conde da Ericeira

9 Abril 2019, 16:00 João dos Santos Ramalho Cosme

Contexto anterior à execução do projecto: Dificuldades financeiras agravam-se a partir da década de 20 do séc. XVII; Ataques às zonas mais ricas por parte dos adversários de Espanha; Lutas da Restauração durante 28 anos. AS consequências do contexto: Finanças Públicas depauperadas; Novas Potências no Atlântico; Açúcar do Brasil com concorrência – Antilhas; Sal foi hipotecado por D. João IV para garantir os empréstimos; O açúcar e tabaco baixam o preço, pois os stocks aumentaram. Que fazer? O ouro da Mina já não vem. Para Colbert um País é rico quando tem ouro. E tem tem ouro quando: Balança comercial é excedentária. A situação é razoável quando o saldo é zero e está mal quando é deficitária.Comentário sobre as razões do insucesso: Indústria de luxo (compra aos estrangeiros); -Filigrana; -Áreas de Lisboa e Porto não aguentavam a concorrência estrangeira; -Afectou o desenvolvimento da indústria do interior, cortando-lhes o mercado da costa. Novo surto com D. João V: 1715: Papel na Lousã; -1736: Real Fábrica das Sedas em Lisboa; -Fábrica de vidros do Barreiro (tradição), com D. João V a fábrica de Coina, com D. José I passa para a Marinha Grande (madeira e areia); -1738: Couros (água) em Pernes, Serra dos Candeeiros e Torres Vedras.


Agricultura, crises de subsistência e revoltas

8 Abril 2019, 12:00 Maria Leonor Garcia da Cruz

Produções, técnicas, transportes, mercados. Fontes de crédito e crises. Tipos de investimento e expedientes financeiros. Pensamento e práticas económicas. Memoriais e alvitres.

Situação agrícola em diferentes regiões europeias, técnicas e relações sociais de produção, até à revolução tecnológica do século XVIII. As crises de subsistência, particularmente no século XVII: condicionantes económicas e sociopolíticas.

Tensões e revoltas. Diferentes perspectivas das frondas.

Bibliografia básica: De Vris; Mandrou


ACTIVIDADES ECONÓMICAS: O COMÉRCIO

5 Abril 2019, 16:00 João dos Santos Ramalho Cosme

O séc. XVI é conhecido por ser uma importante época mercantil a que está associada a revolução dos preços. A Europa experimentou no séc. XVI uma inflação sem precedentes. A alta dos preços estimulou a expansão dos negócios. Atribui-se a subida de preços à grande afluência de metais preciosos (prata) do Novo Mundo. Na 2ªmetade do séc. XVI, a economia internacional teve um aumento abrupto da quantidade de prata entrada na circulação monetária. Deve ainda ter-se em conta o crescimento da população, particularmente o desenvolvimento das cidades, com o consequente incremento das actividades económicas citadinas. As principais rotas comerciais apresentavam no princípio da Época Moderna uma actividade económica significativa e consolidada. No final do séc. XVI, a economia europeia estendia-se tanto da Europa Oriental e Rússia como ao outro lado do Atlântico. No princípio do séc. XVII, os Europeus já tinham estendido as suas rotas a quase todo o mundo. Durante o séc. XVI, o aprovisionamento do trigo deteriorou-se no espaço mais ocidental. A escassez e a fome agudizaram-se. Durante as guerras franco-espanholas (1494-1495) as cidades italianas foram bastante afectadas no seu abastecimento, a que anteriormente se verificara um crescimento populacional significativo nesta zona. Para suprir estas necessidades, desenvolveram-se de modo duradouro relações comerciais entre a Europa setentrional e a meridional. Os Fugger controlavam o trânsito comercial entre o Mediterrâneo e uma parte considerável da Europa. Graças à intervenção holandesa e inglesa o Mediterrâneo ficou “menos isolado”. A Europa central era outra zona comercial importante no séc. XVI. Aqui havia cidades e indústrias importantes, enquanto que na suas periferias próximas encontravam-se jazigos de minerais (sobretudo prata e cobre). Os metais e/ou artigos de metal tiveram uma importância relevante nas trocas comerciais. A da prata já vem do séc. XV, mas no séc. XVI o cobre foi o grande impulsionador cujo mercado se centrava essencialmente em Antuérpia. No séc. XVI, o Báltico era o grande “celeiro” da Europa do Norte a que se acrescentava o arenque em salga cujo comércio se fazia através dos portos do Norte da Alemanha e dos Países Baixos. Para o aumento deste comércio contribuiu muito crescimento da população da Europa Ocidental (particularmente dos Países Baixos). Existem fortes laços comerciais entre a zona mediterrânica e a setentrional – sal português.


Crédito e mecanismos financeiros

4 Abril 2019, 12:00 Maria Leonor Garcia da Cruz

Trends económicos e flutuações.

Mecanismos financeiros. O crédito. Das várias utilizações da letra de câmbio às feiras financeiras, aos contratos e taxas de juro. Moeda de conta versus moedas metálicas. Sociedades e bancos modernos. Intercâmbio de recursos financeiros e de privilégios no circuito de homens, mercadorias e dinheiro.

Bibliografia básica: Magalhães Godinho; Braudel e Spooner; F. Mauro


Actividades transformadora - "indústrias transformadoras

2 Abril 2019, 16:00 João dos Santos Ramalho Cosme

As actividades transformadoras - "indústria": Indústria ligada ao SOLO (continuação da aula anterior): Alimentares: farinhas, azeites. Normalmente estavam ligadas o mundo rural e integravam os privilégios de um Senhor. Couro e papel. Indústria ligada ao SUBSOLO: Minas: O sector mineiro afasta-se cada vez mais do metalúrgico. No fim do séc. XV/princípios do XVI deu-se uma reactivação da exploração mineira: metais preciosos, cobre, estanho. Carvão Mineral: Em meados do séc. XVI a sua produção alcançaria cerca de 50000 toneladas, duplicando em relação aos anos de 1512-13; aumentando até 1562-63; seguindo-se depois uma crise devido à situação política nos Países Baixos. Foi então que a Inglaterra começou a ocupar o 1º lugar na produção de hulha. Estimando-se nos anos de 1551-60, que a produção média anual,  nas Ilhas Britânicas, fosse de 210.000 toneladas. Desde o séc. XV que a forja catalã foi substituída pelos altos fornos. Em regra, estes situam-se junto às minas. No séc. XVI, esta indústria estava nas mãos dos mestres das pequenas forjas, fiéis à tradição e às regras corporativas. O capitalismo vai intervir de duas maneiras: a) O comerciante empresta dinheiro a curto prazo ao fundidor que precisava de comprar carvão mineral e de madeira. b) Como a modernização das empresas necessitava de capital para a compra de algumas máquinas, levou a que os mestres caíssem na dependência dos mercadores que se tornaram empresários e os técnicos (mestres, proletarizaram-se. Século XVI: Coloca-se a questão do progresso tecnológico: Quinhentos é rico em inventos mas que não tiveram consequências decisivas no desenvolvimento económico: por ex: separação da prata pelo mercúrio. A guerra com armas de fogo fez aumentar a necessidade de metais: bronze, cobre, latão e mais tarde ferro. Devem-se aos alemães e italianos as inovações mais importante ao nível da técnica mineira e metalurgia (extracção e tratamento de mineral). A imprensa favoreceu a difusão dos livros especializados. Indústria ligada ao MAR: Exploração do sal, pesca e caça da baleia. O peixe tinha uma importância na alimentação do séc. XVI. O sal para conservar a carne e também o peixe.