Sumários

Horizontes dos Estudos Asiáticos (séculos XX-XXI)

28 Novembro 2017, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 20


 

Os Estudos “Orientais” e a Universidade no século XIX. A Universidade alemã e a aceleração da especialização disciplinar (indologia, islamologia, sinologia, etc.). Universidades de Gotinga, Berlim, Leipzig, Dresden mas, também, Leida e Viena. Das Histórias de Otomanos e Persas (1827 e 1818) de J. H. Purgstall à Filologia e métodos comparados de Frederic Von Sclegel, 1808 e Franz Bopp (1791-1867) com a “Gramática Comparativa das Línguas Indo-Europeias”, 1826-1833. Sânscrito, chinês, árabe, persa, os caminhos da erudição, Filologia, História de Arte. Os Estudos Orientais como Humanidades.

O contributo alemão para o desenvolvimento das Ciências Sociais e Humanidades nos Estados Unidos, para a vanguarda dos Estudos Asiáticos a partir dos anos de 1940 -1950. Exemplos de Franz Rosenthal (1914-2003), Otto Franke (1863-1945), W. Eberhard (1908-1989), Herbert Franke (1914-2011) e muitos outros.

A importância da sinologia francesa e da E. F. E. O. de H. Cordier e P. Pelliot a Jacques Gernet. O que mudou: das “Coisas da China” de Évora, 1569-1570 aos manuais de China: o Handbuch, Dusseldorf, 1974 dir. por W. Franke o manual of China History, Harvard de L. Wilkinson (1998, 2013, nova edição para 2018). A importância dos estudos de académicos chineses editados em Shanghai, Pequim, Harvard para o conhecimento da China. Exemplos de Historiadores como Bai Shouyi (1909-2000), Fu Wei, Yu Weichao, etc. e as contemporâneas reflexões de Huang Hui, Cho-Yun Hsu ou Zhang Weiwei.


Em torno da Formação dos Estudos Asiáticos (s. XIX-XX)

23 Novembro 2017, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 19


Breves elementos sobre pólos universitários de “Estudos Orientais”/Estudos Asiáticos. A emergência de especializadas sociedades de mais e melhor informação e conhecimento (1784, Asiatic Society of Bengal e W. Jones; Societé Asiatique, Paris, 1822 e A. S. de Sacy, American Oriental Society, 1842, etc.).

A Universidade de Berlim e a primeira cadeira universitária de Sânscrito, 1812 na Europa. Revistas especializadas, avanços na sinologia, indologia, islamologia e o peso académico da Alemanha. A Geografia do conhecimento (congressos internacionais de Orientalistas, Paris, 1873 até final do século XIX) disseminando-se e especializando-se. Avanços nos Estudos Asiáticos (a diferença frente aos Estudos Orientais) fora da Europa (os casos de Berkeley e Harvard). Hoje, no século XXI múltiplos polos e a conjugação do ver de dentro asiático com o ver de fora europeu-americano (pólos universitários no Japão, China e avanços na islamologia e indologia). Elementos de informação sobre o Museu do CCCM a visitar por alguns alunos.


Em torno dos trabalhos

21 Novembro 2017, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 18


 

Aula prática e dialogada sobre a análise da obra de Richard Nisbett – “The Geography of Thought”, 2003. O problema dos “Universais” e os pressupostos naturais da psicologia etnocentrada. A descoberta pelo autor de que “ a cognição humana não é a mesma por todo o lado”. Variáveis e diferenciações culturais na constituição de tipos de raciocínio e de perceção. Afinidades de temas e de problemas nas obras de J. Goody e de R. Nisbett para trabalho de grupo.

 


O Nascimento de uma Revolução Informativa sobre a Ásia entre os Europeus

16 Novembro 2017, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 17



De 1499 a 1550 surge uma nova idade na informação e conhecimento acerca de Ásias da Ásia entre os Europeus e na Europa. Portugueses e Italianos na recolha, tratamento e difusão de dados sobre a China: das cartas de 1499 de Girolamo Sernigi de Lisboa para Florença à edição do Delle Navigatione et Viaggi, Veneza, 1550 por Giovanni B. Ramusio. As línguas portuguesa (manuscrito) e toscana (impresso) como divulgadoras da China na Europa. Alguns casos relevantes na “Europa Chinesa” da época: o Planisfério Anónimo de 1502 adquirido por Alberto Cantino, o Livro de Francisco Rodrigues (c. 1512) e a Suma Oriental (c. 1515) de Tomé Pires, as cartas dos cativos de Cantão (Cristóvão Vieira e Vasco Calvo) de 1534 e 1536, o De Gloria, Coimbra, 1549 de Jerónimo Osório. Reis e Papa, mercadores, funcionários e militares nos caminhos informativos da Ásia para a Europa. O peso das informações, língua, produtos, centros de comércio do Indico/Ásia na informação da Europa. O consumo europeu de produtos chineses e indianos e a necessidade de saber mais e melhor: comércio, finanças, informação e conhecimento. O jogo dos espelhos de valoração e desvalorização.

 

Bibliografia mencionada:

 

Barreto, Luis Filip e-  “ Da China Ming na Cultura Europeia: os Polos Português e Italiano (1499-1550)” sep. Da Revista Anais de Além – Mar, vol. III, 2002, p. 409-446 Universidade Nova de Lisboa

 

Loureiro, Rui – Nas Partes da China, Lisboa, CCCM, 2009


Ásias na Europa do Século XVI

14 Novembro 2017, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 16


 A ascensão da Europa, s. XVI a XVIII, na geostratégia Global/Mundial e os circuitos de informação e de conhecimento acerca das Ásias da Ásia. Centros universitários europeus e Islão: Paris, Leiden, Oxford, etc. A transferência da “Herança Grega” do Islão para a Europa. Nova imagem da Europa nos próprios Europeus e Ásia: a leitura e impressão de Políbio (c. 208 a.C. – c. 125 a. C.) e a “História”, escrita c. 150 a 130 a. C. A teoria do Império Global de longa duração como exclusivo de Roma/Ocidente e uma primeira formulação das “Regiões da Ásia” (I.1). A cadeira de Introdução aos Estudos Asiáticos e outras cadeiras da licenciatura. O conhecimento da matéria exposta nas aulas ao longo do semestre.