Sumários
Consensos e Controvérsias nos Estudos Asiáticos
24 Outubro 2017, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 10
O mútuo fazer de consensos/concordâncias e de controvérsias/discordâncias no processo de conhecimento dos Estudos Asiáticos. Os cinco consensos maioritários ( das Ásias como sujeito chave à implicação social do conhecimento) e os quatro domínios de controvérsia. As cinco teses fundamentais do Orientalismo/1978 de Edward Said (1935-2003): do “Oriente” como invenção Europeia à oposição nós/outros a partir de uma “superioridade posicional”.
Bibliografia mencionada:
Fontes:
Ctésias – On India, ed. A. Nichols, Londres, Bloomsbury, 2011
Shima Qian – The Grand Scribe´s Records, ed. W. H. Nienhauser, Bloomingdale, Indiana U. Press; 1994, 2 vols.
Estudos:
Chan, Adrian – Orientalism in Sinology, Bethesda, Academic Press, 2009
Hamashita, Takeshi – China, East Asia and the Global Economy: Regional and Historical Perspectives, N. Iorque, Routledge, 2008
Nakamura, Hajime – A Comparative History of Ideas, N. Iorque, Kegan & Paul, 1986 (1. ed, Tóquio, 1975)
Said, E. W. – Orientalism: Western Conceptions of the Orient, Londres, Penguin, 1991 (1. Ed., 1978) (trad. Port., Lisboa, Cotovia, 2003)
Schulz – Forberg, H. (ed.) – A Global Conceptual History of Asia, 1860 – 1940, Londres, Routledge, 2014
Wang Hui – The Politics of Imagining Asia, Cambridge, Mass., Harvard U. Press, 2011
Em torno do processo das categorias de Estudos Asiáticos
19 Outubro 2017, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 9
Lógicas de formação das categorias de denominação, descrição, classificação: de “Ásia” (s. VIII – V a.c.) a “Ásia Oriental” / Ásia do Sueste” (1882, s. XX). As diferentes áreas das Ásias da Ásia e categorias como Continente, Civilização, cultura, sociedade Pacífico, América (surgimento nos séculos XVI-XVII-XVIII).
A universalização de categorias chave nas línguas Europeias/Asiáticas s. XVI-XXI e constantes como: Ocidente /Oriente, Centro, Civilizado/Bárbaro nos mundos greco-romano, persa, islâmico, sânscrito/indiano, chinês, japonês.
As perspetivas complementares/oscilantes de Endotópica (ver, descrever, explicar a partir da sua nativa língua, cultura, sociedade – um autorreconhecimento) e Exotópica (ver, descrever, explicar a partir do exterior dessa língua, cultura, sociedade – uma reflexão e conhecimento sobre um outro e de outro). Todos somos outros e as línguas, culturas, sociedades são conectivas/transformativas em Heteroglassia e Polifonia. Todo o conhecimento é posicional e daí, a necessidade de Ciências Sociais e Humanidades em equipe, grupos, multidisciplinares e multilinguísticos. A área de Estudos Asiáticos como processual reportório de temas e problemas, dados, métodos, teorias e os desafios Área-Global e consensos-controvérsias (a desenvolver nas próximas aulas).
Bibliografia (alguns instrumentos básicos de Estudos e Fontes)
Bowman, J. S, (ed.) – Columbia Chronologies of Asian History and Culture, N. Iorque, Columbia U. Press, 2000
Embree, Ainslie T. (ed.) – Encyclopedia of Asian History, N. Iorque, Scribner´s, 1988, 4 vols
Hodgson, Marshall – The Venture of Islam, Chicago, Chicago U. Press, 1977, 3 vols.
Yule, Henry e A. C. Burnell – Hobson - Jobson (1 ed. 1903), N. Delhi, Munshiram, 1994
As Antologias de Fontes de Theodor de Bary (ed.) – Introduction to Oriental Civilizations (Indian, Chinese, Japanese Traditions), N. Iorque, Columbia U. Press, 1958
Alguns Fundamentos de Estudos Asiáticos
17 Outubro 2017, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 8
Categorias analíticas formuladas a partir de M. Bachtin (1895-1975) válidas para análise antropológica, sociológica, histórica: Endotópico, Exotópico, Polifonia, Heteroglassia. O exemplo de Nipologias e Japonologias como diferença entre (re)conhecimentos e conhecimentos comparativos/externos. A necessidade de conhecer as perspetivas dos próprios, o que dizem e fazem acerca de si mesmos e o contributo de “Outros”. A pluralidade/multiplicidade da realidade geradora de perspetivas e enunciados diversos e as conexões (exemplos em torno de Irão-China, s. III a.C., “Anxi” e a “Pipa” na Ásia Oriental).
Lógicas do Espaço e a constante do núcleo central: Zhonghuo, Madhyadesha, Mediterraneus, Al-Bahar e o “Farangestão” do Irão. As conexões local-global e a emergência da primeira globalização moderna: séculos XVI e XVII. Hoje, em 2017 Estudos Asiáticos e Estudos Globais conectivos. O Estatuto Interdisciplinar, Multidisciplinar, Transdisciplinar dos Estudos Asiáticos
Bibliografia (a propósito de algumas diferentes perspetivas sobre História da China)
Helvin, Mark – The Pattern of the Chinese Past, Stanford, Stanford U. Press, 1973
Huang, Ray – China: A Macro History, N. Iorque, Oxford U. Press, 1990
Mote, F. W. – Imperial China, 900-1800, Cambridge, Massa., Harvard U. Press, 1999
R. Bin Wong – China Transformed: Historical Change and the limits of European Experience, Ithaca, Cornell U. Press, 1997
Síntese: “A Europa/Ocidente como modelo de desenvolvimento para a Coreia e Japão (sécs. XVI-XXI)”
12 Outubro 2017, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 7
Japão
1. Entre a “Europa ameaçadora” e a “Europa necessária” (sécs. XVI-XIX)
2. A ‘Restauração Meiji’ (1868): o Ocidente como paradigma civilizacional
3. O pós-guerra e a integração na esfera de influência norte americana: impacto no sistema político e reconversão económica
Coreia
1. O movimento ‘Sirhak’ (sécs. XVII-XVIII): A ‘Aprendizagem prática’ e o Ocidente
2. O ‘Japão Meiji’ como matriz de ocidentalização asiática
3. A presidência de Park Chung Hee (1963-1979): a aliança norte-americana e a modernização económica da Coreia Sul
4. Kim Dae Jung: a ‘Hallyu’ e a redefinição de uma economia sul-coreana global
Colóquio Internacional
10 Outubro 2017, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 6
Aula a decorrer no CCCM com a presença do docente e alunos de Introdução aos Estudos Asiáticos (e alunos doutras cadeiras e seminários de licenciatura e mestrado em Estudos Asiáticos) no Colóquio Internacional China/Macau: Rotas, Estreitos Marítimos e Oceanos Globais.