Sumários

Relações Eurasiáticas e Estudos Asiáticos

3 Outubro 2017, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 5


 

O Tempo/Espaço comuns das categorias analíticas das Ciências Sociais no s. XXI não anula a existência de Tempos/Espaços próprios (locais / culturais) e de Tempos/Espaços de Herança-Tradição: a propósito da introdução em 1872-1873 do calendário solar Europeu no Japão Meiji e o passar de 3 de Dezembro para 1 de Janeiro introduzindo-se ao mesmo tempo a semana de sete dias, a hora, minuto, segundo e de elementos sobre espaço e lugar na Tradição Chinesas a partir do centro amarelo/Sul vermelho. As cores e Sul-Norte; Oriente-Ocidente – Centro amarelo imperial.

O Renascimento Asiático Global e as projeções económicas para 2025/2050 (FMI, OCDE, Golden Sachs, etc.). A ascensão da China, Índia, Indonésia, Coreia, etc. Os termos de classificação da Ásia e o século XIX-XX criando classificações em alemão, francês, etc. que se propagam: os casos de Ásia do Sul, Ásia Oriental, Eurásia, Rotas da Seda, etc. Os princípios analíticos de: imanência, autonomia, interdependência, conjunto-totalidade como formas de diferenciar e de relacionar. Exemplos sobre a sua utilidade prática para transformar dados e informação em conhecimento.

 

Bibliografia Complementar:

 

 

Chun – Chieh Huang e E. Zurcher – Time and Space in Chinese Culture, Leiden, Brill, 1995

 

Shûichi, Katô – Nihon Bunka Ni Oxeru Jikan to Kûkan, Tóquio, Shoten, 2007 (trad.franc., Paris, CNRS, 2009)

 

Yi-Fu Tuan – Space and Place. The Perspective of Experience, Minneapolis, Minnesota U. Press, 1977


Fundamentos das Ciências Sociais: alguns tópicos chave

28 Setembro 2017, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 4


Os Estudos Asiáticos como investigação múltipla e integrada articulando diferentes ciências sociais. As ciências sociais como problematização fundamentada dos fenómenos humanos com perguntas/respostas acerca de: o Quê? Quem? Onde? Quando? Como? Porquê?. Para obter respostas nestes questionários operar/implicar com quarto dimensões: (1) Temporizar; (2) Espacializar; (3) Diferenciar; (4) Relacionar. Exemplos práticos de investigação de temas e problemas asiáticos do calçado/vestuário usado em 2017 ao património de arte e cultura asiática nos museus. Uma pirâmide dos saberes desde os “dados”/sinais, informações, conhecimentos, especializações, até às ciências disciplinares. Realidade e conhecimento a propósito da classificação Ásia e de como foi passando de palavra e ideia a realidade global. Transformar informação em conhecimento. O tempo como ordem da sucessão/duração e o espaço como ordem de posição. Ordenamentos em hierarquia, relação, transformação. A utilidade prática destes tópicos mais teóricos e o ver para além da superfície: Alguns casos concretos do passado, do presente e dos múltiplos tempos do presente/simultâneo.

 

Bibliografia Complementar:

 

Joas, Hans e W. Knobl Social Theory: twenty introductory lectures, Cambridge, C. U. Press, 2009

 

Lemert, Charles – Social Things: An introduction to the sociological life, N. Iorque, Rowman, 2005

 

Searle, John R. – Making the Social World: The structure of Human Civilization, Oxford, Oxford U. Press, 2010

 

Turner, Bryan (ed.) – The Blackwell Companion to Social Theory, Oxford, Blackwell, 1996 (trad. Port., Lisboa, Difel, 2002)


Fundamentos de Ciências Sociais

26 Setembro 2017, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 3


 

A propósito das quatro dimensões fundamentais das Ciências Sociais com implicação aos Estudos Asiáticos. Antes de acompanhar essas dimensões ver a lógica de constituição e o processo de formação da denominação e classificação “Ásia”.

A emergência em Jónico de “Ásia”: da mitologia à geografia/geopolítica. Herôdoto de Halicarnasso, s. V a.C. e a História/Inquirições empíricas. “Ásia/Europa”, sol nascente-oriente e sol poente-ocidente. A lógica de identidade/oposição Gregos/Europeus e Persas/Asiáticos. A dualidade/oposição nos planos do cosmopolitismo, religiosidade e civilidade. A Europa ao espelho de uma (imaginária) Ásia e as funções da identidade e diferença frente ao próximo em conexão e concorrência.

O termo Ásia (e também Europa) começa a ter uso frequente nas línguas europeias a partir da primeira globalização/modernidade com o capitalismo mercantil e as conexões marítimas (s. XVI e XVII). A Ásia nos vocabulários das línguas chinesa, japonesa, etc. em uso frequente a partir do século XIX no quadro da segunda globalização/modernidade da civilização industrial. Hoje, na globalização de capitalismo financeiro e das tecnologias de informação vivemos a reflexão critica sobre o estatuto/emprego da classificação Ásia (uno Plural ou espelho imaginário?)

 

Bibliografia Complementar:

 

Blaut, J. M. - The Colonizer's Model of the World: Geographical Diffusionism and Eurocentric History, N. Iorque, Guilford, 1993

 

Bowman, J. S. (ed.) - Columbia Chronologies of Asian History and Culture, N. Iorque, Columbia U. Press, 2000

 

Lewis Martin W. e Kären Wigen - The Myth of Continents. A Critique of Metageography, Berkley, U. of California Press, 1997

 

Tirtha, Ranjit – Geography of Asia, N. Delhi, Rawat, 2005


Apresentação da Bibliografia do Programa

21 Setembro 2017, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 2

 

A bibliografia essencial de Introdução aos Estudos Asiáticos. Comentários breves a cada uma das obras. Características chave da bibliografia (válidas para as bibliografias académicas em geral): (1) Pluralidade, de disciplinas, temas, e problemas, teorias e métodos, programas e resultados de investigação. Em Ciências Sociais e Humanidades a pluralidade de perspetivas e de modelos é o seguro de vida da racionalidade. A pluralidade funda e fundamenta o diálogo, concorrência, consensos e controvérsias; (2) Atualidade, dos 21 estudos citados como essenciais apenas 3 não são edições do século XXI (c. 86% para cerca de 14% sendo que, do século XX predominam obras de 1999 e 1996). Em Ciências Sociais e Humanidades o recente não é (automaticamente) o relevante mas é necessário conhecer e partir do estado atual dos temas e dos problemas para aprofundar perspetivas; (3) Diversidade de formações, nacionalidades, universidades, centros editoriais, englobando académicos europeus, americanos, chineses, indianos, japoneses, etc. Os termos universidade/universais e uns poucos exemplos de comuns, partilhados, globais na comida, bebida, calendário, vida quotidiana. São universais?

 

 

 


Estudos Asiáticos – porquê? e para quê? Notas de apresentação.

19 Setembro 2017, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 1

19-9-2017

 

Acerca da licenciatura em Estudos Asiáticos: cerca de 60% a 65% de Ciências Sociais e cerca de 40% a 35% de Línguas/Humanidades. Os tipos possíveis de escolhas e a utilidade da formação em matérias asiáticas.

Apresentação do programa da cadeira de Introdução aos Estudos Asiáticos. As três grandes unidades: (1) Estudos Asiáticos no século XXI; (2) Lógicas e Processos no Conhecimento de Matérias Asiáticas; (3) Ásias da Ásia Plural: passado e presente. Os quatro temas chave em cada uma das unidades (uma apresentação sumária).

As leituras obrigatórias/trabalhos:

Goody, Jack – The East in the West, Cambridge, Cambridge University Press, 1996 (trad. Port, Lisboa, Difel, 2000)

 Nisbet, Richard – The Geography of Thought: How Asians and Westerns think differently and why, N. Iorque, S. and Schuster, 2004