Sumários

As tradições orais para a História de África (conclusão). A história oral e as histórias de vida

14 Novembro 2019, 10:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

1. As tradições orais e a sua importância para a História de África (conclusão). Continuação do comentário ao texto de David Henige, "Oral Tradition as a Means of Reconstructing the `Past". Os problemas metodológicos da recolha e interpretação da tradição oral: o acesso às fontes recolhidas por outros; a mediação do intérprete; as formas de recompensar o informante; a opção pela entrevista individual ou colectiva; performance    e improvisação   versus rigor da transmissão; revisão crítica das fontes anteriormente recolhidas; o  feedback das fontes escritas; limites e possibilidades da cronologia; o uso das fontes orais para períodos recentes; as condições metodológicas para aceitar as tradições orais como fontes históricas.


2. A história oral e histórias de vida (Life History). Comentário a um texto de Mary Dillard.


As fontes escritas para a História de África (conclusão). As tradições orais como memória e como fontes para a História

12 Novembro 2019, 10:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

1. As fontes escritas para a História de África (conclusão) 
Conclusão do comentário ao capítulo de John Thornton, "European Documents and African History":  temas e interesses cobertos pelas fontes; fontes escritas por africanos em línguas europeias; dispersão dos documentos; domínios das línguas da documentação.


2.  As tradições orais e a sua importância para a História de África. Início do comentário ao texto de David Henige, "Oral Tradition as a Means of Reconstructing the `Past". 


Os tempos da História dos mundos africanos. As fontes escritas para a História de África

7 Novembro 2019, 10:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

1. Conclusão do comentário a "Legacies of the Past — Themes in African History" de John Akare Aden e John H. Hanson. Temas centrais na História de África (conclusão):  o poder colonial e o alcance da sua herança na África Pós-colonial.

2. Os tempos dos mundos africanos. "Pré-colonial" / "Colonial" / "Pós-colonial": períodos da História de África? Crítica a uma visão eurocêntrica e desequilibrada dos tempos históricos africanos.  A dificuldade de construir uma periodização válida à escala de todo o continente; a identificação de choques traumáticos ou viragens que ou não ocorrem em toda a África ou que ocorrem em diferentes espaços do continente em tempos muito diferentes (ponto de partida:  texto de Catherine Coquery-Vidrovitch).

3. As fontes escritas para a História de África. Ausência de escrita alfabética como registo de memória. As fontes disponíveis para a construção da História de África: a cobertura insuficiente da sub-região subsariana por fontes escritas. A importância das fontes árabes ou usando a escrita árabe como suporte fonético para os textos em língua africanas — — um primeiro exemplo de apropriação da escritas exógenas pelos Africanos — mas o seu alcance limitado sobretudo aos espaços de islamização do Sahel e costa oriental. As fontes escritas europeias, fundamentais para o estudo dos espaços africanos litorais ou conectados com a presença europeia, a partir do século XV. A perspectiva enviesada ("baised") das fontes face às sociedades observadas  em que se projectam as categorias e juízos de valor europeus; identificação dos informantes dos autores europeus, muitas vezes africanos; alcance geográfico limitado; 

Início do comentário ao capítulo de John Thornton, "European Documents and African History".



Os temas e problemas centrais ao longo da História de África

5 Novembro 2019, 10:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

Alguns temas centrais na História de África: migrações e trocas culturais; processos de centralização política; O tráfico transalântico de escravos e a integração da África nos sistemas comerciais internacionais. Comentário a "Legacies of the Past — Themes in African History" de John Akare Aden e John H. Hanson.

Consulta crítica de mapas históricos exemplificando a definição dos espaços políticos na África Ocidental desde o século XV ao século XVII e alguns exemplos históricos.


Confronto de dois discursos contrastantes sobre as mesmas sociedades

31 Outubro 2019, 10:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

1. Conclusão da análise do texto de Ruy Duarte de Carvalho  Aviso à Navegação, Olhar sucinto e preliminar sobre os pastores Kuvale. A singularidade geográfico-ecológica (resultante da adequação do seu saber aos condicionamentos naturais) e a, consequente, singularidade económica dos Kuvale. A singularidade histórica marcada por "guerras" em que os Kuvale estiveram envolvidos com destaque para os conflitos com outros povos pastores e para a dominação colonial que procurou desestruturar o seu modo de vida pastoril, depois recuperada, na própria era colonial com o recurso, provisório, à actividade agrícola e consolidada depois da independência usufruindo do fim dos impostos e das restrições ao território dos Kuvale. Singularidade como escolha, sujeita às circuntâncias históricas.


2. Um contraste: da singularidade de uma sociedade inserida no tempo histórico e com relações com outras sociedades (perpectiva de Ruy Duarte de Carvalho) à homogeneização das "tribos de Angola". Desconstrução do discurso de uma notícia e entrevista publicada no Jornal  Público de  08/09/ 2018 intitulada “Elas querem pôr as tribos de Angola na Moda". Uma operação de apropriação cultural: as "tribos de Angola" e a "moda tribal" constituem uma abstração fruto de um olhar distanciado, desprovido de relativismo. Ou seja, não vê para além de um referencial europeu de civilização (à luz do qual os Kuvale precisavam de ajuda, de "soluções" vindas do exterior), passando à margem das percepções locais, das lógicas internas próprias do contexto histórico-cultural em causa. Um olhar distanciado  bem distinto do olhar implicado de Ruy Duarte de Carvalho.