Sumários

De Montaigne a Montesquieu

17 Março 2016, 12:00 Ângela Fernandes

Entrega, pelos alunos, do trabalhos escritos voluntários (relatório de uma aula assistida).

Ainda o ensaio de Montaigne e a oposição entre natureza e cultura; a evocação do olhar dos “selvagens” sobre a vida em França e a sugestão das potencialidades críticas de tal procedimento retórico.

O romance Cartas Persas, de Montesquieu, e a exploração do gosto europeu pelo exotismo no início do século XVIII. Leitura e comentário das primeiras cartas do romance: a descrição do viajante persa, do seu mundo de origem, e dos motivos da sua viagem; a importância do cruzamento de fronteiras e da busca de conhecimento. A encenação do olhar alheio como estratégia de crítica social, política e cultural.


Montaigne, “Dos Canibais”

14 Março 2016, 12:00 Ângela Fernandes

Breve conversa sobre as questões expostas na conferência da aula anterior: as diversas noções de espaço e de território que se surpeendem no estudo das expressões culturais do Caribe e do Amazonas.

Leitura e comentário do ensaio “Dos canibais”, de Michel de Montaigne: o método e a perspectiva do ensaísta; a articulação entre a citação dos autores da Antiguidade e a preferência pelos testemunhos contemporâneos; a defesa de uma visão positiva dos “canibais”, associando a existência de povos “selvagens” a uma condição de maior pureza, autenticidade e verdade devido a uma aproximação à “natureza” considerada como afastamento da “cultura”.

Esclarecimento de dúvidas a propósito do trabalho escrito voluntário (17 de Março) e do trabalho individual (entrega de proposta de tema no dia 28 de Março).

 


Conferência de Juan Duchesne-Winter

10 Março 2016, 12:00 Ângela Fernandes

"Del Caribe al Amazonas: escrituras y cosmografías" – conferência apresentada por Juan Duchesne-Winter, Professor de Literatura Latino-Americana na Universidade de Pittsburgh (actividade promovida no âmbito do Projecto DIIA - Diálogos Ibéricos e Ibero-Americanos, do Centro de Estudos Comparatistas da FLUL).


De Ésquilo a Montaigne

7 Março 2016, 12:00 Ângela Fernandes

Leitura e análise de Persas, de Ésquilo: identificação das oposições que estruturam a sequência dramática, em articulação com a distinção entre humanos e deuses. A presença cénica da Sombra de Dario e de Xerxes como elementos de reforço da significação trágica – a explicação da derrota persa, a apologia da prudência e da equidade, o poder catártico do lamento superlativo do rei vencido.

Breve referência à dimensão cénica do texto de teatro e à questão da encenação contemporânea de textos antigos; visionamento de imagens do espectáculo Persians, apresentado em 2014 pela SITI Company no anfiteatro Getty Villa, em Los Angeles.

Michel de Montaigne e o ensaio como renovado modelo de discurso e de pensamento no Renascimento tardio. O ensaio “Dos canibais” (c. 1579) e a evocação dos contactos com populações do “novo mundo” na segunda metade do século XVI; a estipulação de um método de conhecimento que visa “evitar as opiniões comuns” e guiar-se “pela via da razão”.


Persas, de Ésquilo

3 Março 2016, 12:00 Ângela Fernandes

Início do estudo de Persas, de Ésquilo: a estrutura do drama no âmbito das convenções da tragédia grega; o tema histórico e a evocação da vitória dos Gregos sobre os Persas na batalha de Salamina; as fronteiras geo-políticas nos séculos VI e V a.C. (visionamento e comentário de mapas relevantes).

Consideração da visão dicotómica do mundo apresentada na obra: os elementos constitutivos do binómio político-cultural que opõe a Grécia à “terra bárbara” dos Persas; a encenação da perspectiva alheia através da representação dos acontecimentos a partir do olhar dos persas vencidos. A explicação progressiva das causas da derrota dos persas: a imprudência de Xerxes, o castigo dos deuses à soberba (hybris) dos persas, o valor do mundo grego. Leitura e comentário de passos relevantes da tragédia.

Breve referência ao ensaio “Ésquilo, Persas: Guerra, a Tragédia”, de Frederico Lourenço.