Sumários

H. James, "The Jolly Corner"

12 Novembro 2015, 12:00 Amândio Reis

1. A divisão em três partes e o investimento na simbologia dos números na abertura de "The Jolly Corner".
1.1. A dificuldade da expressão do pensamento e a falta de sentido (nonsense) como motivos inaugurais do texto.
2. O regresso de Spencer Brydon a Nova Iorque: uma história de nostos problematizada pelo confronto do protagonista com um espaço nativo causador de estranheza; a "inquietante familiaridade" e o conceito freudiano de Unheimliche.
2.1. O retrato do casal central (Spencer Brydon e Alice Staverton) e a retórica da duplicidade que marca o primeiro capítulo; a importância da sugestão e do prenúncio na economia narrativa.


Kavafis, "À espera dos bárbaros"

10 Novembro 2015, 12:00 Amândio Reis

1. O diálogo platónico como modelo literário subjacente à estrutura dialéctica de "À espera dos bárbaros".
1.1. Passagem do discurso poético, metafórico, à especulação político-filosófica por via da interpretação.
2. Apresentações orais de Daniela Pinto e Rogério Cruz.
2.1. A dinâmica entre as duas vozes do poema (pergunta/resposta) e a procura de um conhecimento último sobre o estado de coisas no "império" decadente; dos subentendidos à denúncia da corrupção política e social.
2.2. O cosmopolitismo de Kavafis pensado em articulação com a proposta, no poema, de uma invasão bárbara (do "outro") como oportunidade de revolução, acção e intervenção política; a desilusão destas expectativas e a responsabilização do "eu".


Soares de Passos, "O Firmamento"; Antero de Quental

5 Novembro 2015, 12:00 Amândio Reis

1. Apresentação oral de Luís Campos, sobre "O Firmamento", de Soares de Passos.
1.1. O misticismo vago e indeterminado e o princípio de "religação" (religião) subjacentes à contemplação de uma paisagem cósmica no poema.
1.2. A gradação estruturadora entre o Universo, a Terra e o Homem, e as relações de (des)proporção entre estes mesmos elementos.
2. Apresentação oral de Mauro Diogo sobre os três sonetos coligidos de Antero de Quental.
3. Conjunturas históricas, sociais e literárias fundamentais para a compreensão da figura de Antero e da sua poesia: a Geração de 70, a Questão Coimbrã e as Conferências do Casino.
3.1. O investimento retórico e conceptual dos sonetos em apreço, denotando uma auto-consciência e um distanciamento "modernos", assim como uma propensão filosófica da poesia.
3.2. A postura interrogativa do sujeito poético de Antero face ao mundo dito "real" como possível ponto de articulação com a figura do historiador (pesquisador e exegeta) formulada por Siegfried Kracauer em "The Historical Approach".


Garrett, "Estes Sítios"; Soares de Passos, "O Firmamento"

3 Novembro 2015, 12:00 Amândio Reis

1. Apresentação oral de Vera Simões sobre "Cascais" e "Estes Sítios", de Almeida Garrett.
2. "Estes Sítios": a particular noção de "vida" proposta pelo "eu" lírico, amante desiludido, e a organização em quiasmo das relações entre o "inferno da escrava cidade", hipócrita e regulada por convenções, e a "pureza da rosa selvagem" do caso amoroso, "inocente" e no entanto ilícito e condenado.
3. As várias implicações da metáfora da leitura e do "livro imenso" na apresentação de uma visão/apreensão do universo em "O Firmamento", de Soares de Passos.
3.1. Os ecos intertextuais do livro do Génesis e o desenvolvimento do tema da decomposição e da putrefacção que decorre do imaginário fúnebre associável à poesia de Passos.


Herculano, "Arrábida"; Garrett, "Cascais"

29 Outubro 2015, 12:00 Amândio Reis

1. O lugar de Alexandre Herculano no Romantismo e no romantismo português: algumas coordenadas histórico-literárias.
1.1. As relações entre a (auto-)representação do poeta/ermita, o conceito de "fuga mundi" e o ideal ascético patentes no poema "Arrábida".
1.2. A natureza (numa visão panteísta) como manancial conceptual e imagético, com especial enfoque na articulação entre o eu lírico, poeta cativo, e as "livres aves" que cantam hinos naturais.
1.2.1. Recuperação dos tópicos da vida humana enquanto exílio temporário e da morte como "pátria do desterrado" (anteriormente debatidos em "Sôbolos rios que vão", de Luís de Camões).
2. Apresentação oral de Beatriz Silva sobre os poemas "Cascais" e "Estes Sítios", de Almeida Garrett.
2.1. Uma leitura comparada de "Arrábida" e "Cascais", tendo em conta os pontos de contacto e as distinções entre a isolação e a problematização do espaço propostas nos dois poemas; o amor transitório, e, por implicação, a actividade poética, considerados na sua capacidade de perspectivar e re-interpretar uma paisagem imutável (idílio amoroso/terra desolada).