Sumários

Natureza do idealismo de Hegel

11 Outubro 2023, 15:30 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc


O pressuposto da Ideia e a redução do ser ao pensar: o Espírito aliena-se e objectiva-se para voltar a si e auto conhecer-se. 

Constituição material (2)

10 Outubro 2023, 11:00 Ricardo Santos


O paradoxo da constituição material (continuação). Terceira opção: niilismo. Não há estátuas nem pedaços de barro, mas somente partículas elementares sem partes menores. Se a Física actual estiver certa, só há electrões e quarks. Quando uma pluralidade de partículas compõem um todo, o todo não é uma entidade adicional, além das partículas. Existem apenas as partículas. Estátuas e outros objectos macroscópicos do mesmo género (mesas e cadeiras, paus e pedras) são causalmente redundantes, quer dizer, não têm poderes causais próprios, diferentes daqueles que lhes são conferidos pelas partículas subatómicas que os constituem. O ‘princípio eleático’: só devemos aceitar a existência de entidades que tenham poderes causais próprios. O niilismo não pode ser refutado por simples observação. Mas podemos lançar dúvidas sobre o niilismo se considerarmos que é possível que não haja partículas indivisíveis.

Cont. do anterior

9 Outubro 2023, 14:00 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc


A filosofia como conhecimento do desenvolvimento do concreto é sistema, regido pela Ideia omniabarcante do todo.

Constituição material (1)

9 Outubro 2023, 09:30 Ricardo Santos


O paradoxo da constituição material: duas premissas extremamente plausíveis (Criação: a escultora cria a estátua; Sobrevivência: a escultora não destrói o pedaço de barro) implicam uma conclusão chocante (Coabitação: há dois objectos no mesmo lugar). Porque é que o pedaço de barro e a estátua são dois objectos diferentes. Primeira opção: negar a Criação. A escultora não cria matéria nova, apenas dá nova forma a matéria pré-existente. Os únicos objectos existentes são pedaços (porções, quantidades) de matéria. Um objecto material é definido pela matéria de que é feito. Essencialismo mereológico: todas as partes de um objecto material lhe pertencem essencialmente (inspirado em Heraclito, é solução radical para o problema do barco de Teseu). Consequência indesejável: quando um carro é esmagado, desmontado e vendido para peças não deixa de existir; Sócrates ainda hoje existe; cada um de nós já existia no tempo de Sócrates. Segunda opção: negar a Sobrevivência. O pedaço de barro cessa de existir e dá lugar à estátua. Teoria da substituição. Um objecto é feito de certas partículas de matéria. Consoante o modo como um grupo de partículas está disposto, estas constituirão um objecto de determinada categoria. As partículas só podem constituir um objecto de cada vez. Vantagem: as estátuas deixam de existir quando são esmagadas, os cubos de gelo quando derretem, as pessoas quando morrem. Consequências indesejáveis: a resposta a “Que coisas existem?” carece de objectividade, dado que sujeitos com esquemas conceptuais diferentes classificam a realidade de maneiras diferentes. Terráqueos e marcianos; os conceitos de pedacex e pedacin. Que objecto tenho na mão: uma estátua ou um pedacin? As respostas não podem ser ambas correctas, pois só há um objecto em cada lugar. A escolha da categoria estátua é suspeita de antropocentrismo.

cont.

6 Outubro 2023, 14:00 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc


Recapitulação das lições anteriores sobre a noção de concreto e de desenvolvimento disso que é o objecto da filosofia, a saber, o saber do absoluto (o saber que ele tem de si mesmo através do saber da filosofia).