Sumários

Modalidade (1)

30 Outubro 2023, 09:30 Ricardo Santos


(1) Introdução às noções modais. Distinção intuitiva entre verdades necessárias e contingentes. Análise de alguns exemplos. A importância das noções modais no pensamento filosófico. Usar “necessário” como primitivo e definir “impossível”, “possível” e “contingente”. (2) Algumas noções básicas de lógica modal. Os operadores modais: a caixa e o diamante; sua semelhança com a negação. Interdefinibilidade da caixa e do diamante. Os operadores modais não são verofuncionais. Alguns princípios lógicos elementares. As modalidades iteradas. (3) A filosofia da modalidade como investigação multidisciplinar: lógica, epistemologia e metafísica. A questão central da metafísica da modalidade: qual é o fundamento objectivo das verdades necessárias? Há algo na realidade que corresponda à diferença entre verdades necessárias e contingentes? (5) O cepticismo modal dos antigos megáricos e a sua crítica por Aristóteles. A importância da distinção entre acto e potência para explicar a mudança. A tese megárica de que só o actual é possível, e as suas consequências fatalistas. A crítica aristotélica.

A questão central da metafísica da modalidade: Qual é o fundamento objectivo das verdades necessárias? Como explicar o carácter especial dessas verdades? A visão de Hume sobre as relações causais e, em geral, sobre as conexões necessárias. A distinção kantiana entre juízos analíticos e sintéticos. A caracterização kantiana das verdades analíticas é insatisfatória. Nova definição de analiticidade: verdades analíticas são verdades demonstráveis a partir das leis da lógica e de definições apropriadas dos termos que nelas ocorrem. A resposta convencionalista à questão central inicial: o que torna as verdades necessárias especiais é a sua analiticidade, ou seja, o serem verdadeiras somente em virtude do significado dos seus termos. A crítica de Quine à distinção entre o analítico e o sintético. O holismo epistemológico.

cont.

27 Outubro 2023, 14:00 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc


A falsa concepção do absoluto como fundamento e um ponto em repouso.

Ele é auto movimento, motor imóvel,começo que é já o seu fim e fim que é começo.

Tempo (3)

27 Outubro 2023, 11:00 Ricardo Santos


Presentismo, bloco crescente e eternismo: três perspectivas em disputa. As ideias centrais do eternismo: todos os tempos são igualmente reais; ‘presente’, ‘passado’ e ‘futuro’ são indexicais; uma linguagem cientificamente rigorosa deve eliminar os tempos verbais (deve ser tenseless, quer nas predicações quer na quantificação); a noção de existência é absoluta (nada começa a existir e nada deixa de existir); o espaço-tempo é um bloco tetradimensional; as coisas materiais são objectos tetradimensionais, que têm partes temporais; a passagem do tempo é uma ilusão. Dificuldades para o eternismo. (i) Se o futuro é exactamente como o passado, isso não implica o fatalismo? (ii) O eternismo implica que não há mudança genuína das coisas? (iii) Como explica o eternismo a aparente assimetria (ou direcção) do tempo e, em particular, da causalidade?

Avaliação do argumento que parte da simultaneidade relativa. Poderá o argumento relativista ser acusado de verificacionismo?

Arthur Prior contra o eternismo: análise do ‘argumento do alívio’. A tradução proposta de “X é passado” por “X é anterior a esta elocução”. A contraproposta de traduzir “X é anterior a Y” por “Houve um tempo em que X era passado e Y era presente”.

cont.

25 Outubro 2023, 15:30 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc


Mediação, negatividade, desenvolvimento e resultado.

Tempo (2)

24 Outubro 2023, 11:00 Ricardo Santos


Um problema epistémico para a teoria do bloco crescente: como podemos saber que agora é o presente objectivo (i.e., a última fatia do bloco temporal)? Aparentemente, o mais provável é que estejamos algures no passado. A réplica do ‘passado morto’: o facto de estarmos conscientes prova que estamos no presente; se estivéssemos no passado, não teríamos estados mentais conscientes, seríamos zombies. Discussão desta réplica.

A relatividade da simultaneidade pode ser usada como prova de que existem tempos e acontecimentos futuros. A perspectiva eternista: todos os tempos são igualmente reais; “passado”, “presente” e “futuro” são indexicais; o tempo é como o espaço. Será possível viajar no tempo? Podem ser descritas formas paradoxais de viagens para o passado, em que o viajante faz algo de onde resulta necessariamente a sua inexistência no momento da partida; por exemplo, o viajante comete auto-infanticídio.