Sumários

Não houve seminário

25 Novembro 2015, 16:00 Ângela Fernandes

Não houve sessão devido à participação da docente no congresso da AISPI – Associação de Hispanistas Italianos, na Universidade de Milão.

 


Don Quijote de la Mancha: leitura, intervenção e validação da história

18 Novembro 2015, 16:00 Ângela Fernandes

Conversas individuais (prévias ao seminário) sobre as propostas de trabalho apresentadas pelos estudantes.

Continuação da leitura e comentário de Don Quijote: a importância do conhecimento da primeira parte da obra pelas personagens da Segunda Parte; os casos de Sansón Carrasco (II, 3) e dos Duques (II,30), leitores do primeiro volume das aventuras de D. Quixote e, por isso, participantes privilegiados no jogo de “invenção” de novas aventuras ao longo da Segunda parte. As burlas insistentes dos Duques e o juízo de Cide Hamete sobre a sua “loucura” (II, 70). A notícia da circulação de uma Segunda Parte das aventuras de D. Quixote e Sancho, e a denúncia da sua “falsidade” a partir de II, 59.

Escolha, pelos alunos, de um episódio do romance de Cervantes para apresentação oral nas sessões dos dias 2 e 16 de Dezembro.

Apresentação de uma palestra sobre os livros de cavalarias no contexto peninsular e italiano nos séculos XVI e XVII pela Professora Isabel Almeida, do Departamento de Literaturas Românicas da FLUL.


Don Quijote de la Mancha: questões de representação e interpretação

11 Novembro 2015, 16:00 Ângela Fernandes

Entrega, pelos alunos, do primeiro trabalho escrito (recensão de artigo) e da proposta de tema para o ensaio final.

Continuação do estudo do romance de Cervantes: a Segunda Parte e a terceira saída de D. Quixote, após notícia da publicação do volume com as suas aventuras anteriores. O aparecimento de Sansão Carrasco, a informação sobre a história da autoria de Cide Hamete, e os comentários de D. Quixote sobre a composição dessa narrativa (II, 3): evocação de conceitos de póetica e retórica, e explicitação de princípios de leitura e de crítica literária.

A astúcia de Sancho e o encantamento de Dulcineia (II, 10): a inversão de papéis no par protagonista e a capacidade inventiva de Sancho no quadro da lógica cavaleiresca de D. Quixote.

A reiteração da dificuldade de manter nítidas as fronteiras entre arte e vida: as atitudes de D. Quixote perante a representação dos fantoches de Maese Pedro (II, 26), da distanciada consciência crítica até à intervenção emotiva; a questão da leitura “al pie de la letra”.


Don Quijote de la Mancha : autores e leitores

4 Novembro 2015, 16:00 Ângela Fernandes

O problema das instâncias narrativas e o jogo com a questão autoral em Don Quijote de la Mancha : a interrupção da sequência narrativa, a explícita figuração do narrador/ leitor/ investigador, e o aparecimento do “autor” Cide Hamete Benengeli, entre manuscritos e traduções (I, 9); as reflexões sobre verdade, verosimilhança e adequação; a desconstrução da autoridade dos enunciadores e o apelo à responsabilidade do leitor.

O prosseguimento das aventuras de D. Quixote com base num sistema de valores contrário às regras sociais dominantes: o roubo da bacia-elmo de Mambrino (I, 21) e a libertação dos galeotes (I, 22); o caso de Ginés de Pasamonte (I, 22) e os ecos da heroicidade picaresca.

 O questionamento radical das fronteiras entre realidade e ficção, e a ambiguidade sobre o triunfo de algum destes domínios: a aprendizagem de Sancho sobre a lógica de pensamento de D. Quixote e a aceitação do “baciyelmo” (I, 44);  o regresso de D. Quixote à sua aldeia, acreditando-se encantado, no quadro de uma encenação concertada pelas demais personagens  (I, 46ss).

O final da primeira parte do romance de Cervantes, a reiteração das diligências do “autor” da história, e o anúncio da “terceira saída” de D. Quixote.

 


Don Quijote de la Mancha: personagens e aventuras

28 Outubro 2015, 16:00 Ângela Fernandes

Conferência “El Quijote en la literatura vasca” proferida pelo Professor Jon Kortazar, da Universidade do País Basco, em mobilidade Erasmus na FLUL: breve panorama histórico da língua e da literatura bascas e identificação do campo cultural basco na actualidade; a presença e a ausência de Don Quijote neste campo cultural entre 1905 e 2005, e os ecos do romance de Cervantes na prática criativa de escritores bascos contemporâneos.

Continuação da leitura e análise do romance Don Quijote de la Mancha, de Miguel de Cervantes: a destruição da biblioteca e as considerações sobre os efeitos desencadeados pela leitura poética (I, 6); o aparecimento de Sancho (I, 7) e a identificação de oposições e complementaridades na definição da heroicidade dos protagonistas; a luta com moinhos de vento (I, 8) e o modelo sequencial das aventuras inventadas por D. Quixote, da alucinação inicial à explicação do seu insucesso por referência ao encantamento por génios malignos.