Sumários
Estranhar a língua
15 Dezembro 2021, 15:30 • Marta Pacheco Pinto
Após se clarificarem algumas dúvidas ligadas à elaboração do ensaio final, a submeter até ao dia 20 de Dezembro através da plataforma e-learning, discutiu-se o ensaio "From mother tongue to linguistic mother", de Yoko Tawada. Concluiu-se o programa do seminário em torno do questionamento da língua e do encontro interlinguístico enquanto objectos de estranhamento e de matéria ficcional. Os últimos minutos da aula foram reservados ao preenchimento de um curto inquérito em linha sobre o modo de funcionamento do seminário.
Apresentação oral
24 Novembro 2021, 15:30 • Marta Pacheco Pinto
Os estudantes fizeram a apresentação oral (c. 15 min) dos seus trabalhos finais e receberam feedback sobre a questão orientadora/hipótese de trabalho colocada e sobre a estrutura do ensaio.
Estranhar o mundo
17 Novembro 2021, 15:30 • Marta Pacheco Pinto
A aula foi dedicada à discussão da novela A Noiva do Tradutor (2015), de João Reis. Privilegiaram-se os seguintes tópicos de análise: o tradutor como ser marginal; formas de alienação (estranhamento linguístico e estranhamento olfactivo); a relação tradutor-editor(es); a neutralidade (do tradutor); Helena, a noiva do tradutor.
Tradução como metáfora
10 Novembro 2021, 15:30 • Marta Pacheco Pinto
Concluiu-se a análise do romance Rakushisha à luz da metáfora da tradução, focando em particular as relações entre viagem, oriente e renovação espiritual, caligrafia, desenho e intimidade/corpo. A discussão do artigo "Trusting translation" esteve a cargo de uma das mestrandas e permitiu fechar o ciclo de leituras críticas sob o mote da "confiança" (na tradução, no tradutor e nas instituições sociais de apoio a ambos), o qual as ficções de tradução e de tradutores põem, muitas vezes (e como se viu através do corpus estudado), em causa. Na última parte da aula, procedeu-se a esclarecimentos vários a respeito do ensaio final e da respectiva apresentação oral.
Traduzir o passado
3 Novembro 2021, 15:30 • Marta Pacheco Pinto
Discutiram-se dois excertos de Cartas persas (1721), de Montesquieu (a introdução e a carta 129), que expõem respectivamente a ficção da tradução, através da paródia ao prefácio de tradutor, e uma visão disfórica da tradução como acto sem génio ou criatividade. Estes dois excertos do romance epistolar serviram de mote para introduzir Rakushisha (2007), de Adriana Lisboa. Entrecortando-se escrita diarística com uma narrativa na terceira pessoa e a leitura da tradução do diário de Bashô, neste romance a acção é desencadeada pelo projecto de ilustração da tradução de Bashô. Sendo a ilustração uma forma de leitura e de tradução (intersemiótica), trouxe-se à colação o excerto "Optic translator" (2020), de David Karashima. A leitura do romance de Adriana Lisboa foi articulada em torno do seguinte conjunto de tópicos: livro, leitura e escrita; ficção de tradução (diário de Bashô); tradução intersemiótica (texto e imagem); viagem (oriente) e tradução (autodescoberta e regeneração); incomunicabilidade, tradução e dor; tradução como espaço de afeição; tradução e memória (diário).