Sumários

Apresentação do Exercício 2

16 Novembro 2018, 10:00 Adriana Veríssimo Serrão

PRÉMIO PROF. DOUTOR JOAQUIM CERQUEIRA GONÇALVES

 

PARA ALUNOS DO 1.º CICLO/ CURSOS DE LICENCIATURA

 

 

 

 

Regulamento

 

Artigo 1 (Objecto)

O Prémio Prof. Doutor Joaquim Cerqueira Gonçalves é instituído anualmente pela Revista Philosophica e tem como objectivos a promoção e o reconhecimento do trabalho de estudantes do 1º ciclo que se debrucem sobre temáticas filosóficas ou que abordem filosoficamente temas de qualquer outra área disciplinar.

 

Artigo 2 (Condições de admissão)

Podem concorrer ao Prémio os alunos inscritos num dos cursos de licenciatura da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

 

Artigo 3 (Prémio)

O Prémio consiste na publicação do trabalho premiado no número de Novembro da Revista Philosophica. O autor do trabalho premiado terá ainda direito a uma colecção de livros do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa.

 

Artigo 4 (Características dos trabalhos)

Os trabalhos a concurso deverão ter sido aprovados numa qualquer disciplina dos cursos de 1º ciclo da FLUL e deverão obedecer às seguintes especificações:

a) versar sobre uma temática de cariz filosófico ou apresentar uma abordagem filosófica relativamente a um assunto de qualquer outra área disciplinar;

b) ter um máximo de 15 páginas A4, redigidas com fonte Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento 1,5 de entrelinha;

c) ser enviados em formato Word ou PDF, sem qualquer elemento de identificação do seu autor nas páginas do texto.

 

Artigo 5 (Prazo e modo de submissão dos trabalhos)

a) Os trabalhos deverão ser enviados até ao dia 15 de Julho de cada ano lectivo, para o seguinte endereço electrónico: philosophica@letras.ulisboa.pt

b) O nome do ficheiro deverá corresponder unicamente ao título do trabalho.

c) A identificação do autor deverá ser feita no corpo da mensagem electrónica à qual o trabalho é anexado e deverá conter o nome completo do autor; o curso que frequenta; a disciplina na qual o trabalho foi aprovado, o nome do Professor responsável pela disciplina e o título do trabalho enviado.

d) Os autores serão notificados via e‑mail da boa recepção da candidatura e dos textos relativos à mesma.

 

 

 

Artigo 6 (Júri)

O Júri será constituído pelos membros do Conselho De Redacção da Revista Philosophica, sendo presidido pelo seu Director.

 

Artigo 7 (Deliberações do Júri)

a) O Júri delibera com total independência e em plena liberdade de critério, por maioria dos votos dos seus membros, cabendo, em caso de empate, ao Presidente do Júri o voto de qualidade.

b) O Júri atribuirá o Prémio ao trabalho concorrente que considerar de maior mérito científico, devendo essa escolha ser devidamente fundamentada e ficar registada em acta.

c) A decisão do Júri é definitiva e não susceptível de apelo.

d) Os trabalhos que não cumpram os critérios especificados no artigo 3 do presente regulamento ou que sejam enviados fora do prazo não serão alvo de apreciação por parte do Júri.

e) Se as obras concorrentes não apresentarem a qualidade exigida, o Júri poderá deliberar não atribuir o Prémio.

 

Artigo 8 (Disposições finais)

a) A candidatura ao Prémio Prof. Doutor Joaquim Cerqueira Gonçalves implica a aceitação do presente Regulamento.

b) Os casos omissos serão deliberados pelo Conselho De Redacção da Revista Philosophica.

c) A aceitação do regulamento deste concurso implica a aceitação das normas de funcionamento da revista Philosophica, cujo regulamento geral e normas de publicação prevalecem sobre o presente documento, excepto nas situações especificadas neste último.

 

 

 


Adriana Veríssimo Serrão

Directora da revista Philosophica

 


A bibliografia

14 Novembro 2018, 17:00 Maria Leonor Lamas de Oliveira Xavier

Aula nº9 - 14/ 11/ 18 

A bibliografia: organização temática; referências bibliográficas. Exemplificação com a bibliografia do programa.

Exercícios de apresentação oral de temas filosóficos com base em textos de uso lectivo: Cristiana Miranda.

Próximos exercícios de apresentação oral: - aula nº10, 21/11, Clara Forte, Beatriz Freitas, Sofia Estudante; - aula nº11, 28/11, Margarida Nunes, Ana Lúcia Dionísio, Diogo Vítor, Francisca Matos. - aula nº12, 5/12, Manuel Moita, Rafael Rebelo, Bárbara Bernardino, João Rodrigues, Sofia Batista; - aula nº13, 12/12, Liliana Santos, Karina Silva, Laura Green.


Not Taught.

9 Novembro 2018, 10:00 Adriana Veríssimo Serrão

A Docente encontra-se em licença de mobilidade de curta duração.


A filosofia e as suas questões

7 Novembro 2018, 17:00 Maria Leonor Lamas de Oliveira Xavier

Aula nº8 - 7/ 11/ 18 

A filosofia e as suas questões. A questão do lugar das ideias (questão dos universais) e a questão da sua compreensão.

Exercícios de apresentação oral de temas filosóficos com base em textos de uso lectivo: Filipa Marques, Welder Cruz.

Próximos exercícios de apresentação oral: - aula nº9, 14/11, Isadora Pinheiro, Cristiana Miranda, Gonçalo Pinho; - aula nº10, 21/11, Clara Forte, Beatriz Freitas, Sofia Estudante; - aula nº11, 28/11, Margarida Nunes, Ana Lúcia Dionísio, Diogo Vítor, Francisca Matos. - aula nº12, 5/12, Manuel Moita, Rafael Rebelo, Bárbara Bernardino, João Rodrigues; - aula nº13, 12/12, Liliana Santos, Karina Silva, Laura Green.


NOÇÕES DE METODOLOGIA: AS CITAÇÕES E AS NOTAS DE RODAPÉ

2 Novembro 2018, 10:00 Adriana Veríssimo Serrão

 

 

Preparação Do Trabalho Final De TTF/EF

 

– Escolha dois autores/ dois textos, um dos quais trabalhado nas aulas TTF-EF.

O 2.º texto pode ser de escolha livre.

Aconselha-se textos curtos.

– Escolha um tema que permita estabelecer uma comparação entre ambos.

Este tema será desejavelmente um (ou mais) conceitos, ou um problema, filo­sofi­ca­mente relevantes e sugeridos pelos textos.

 

 

 

Preparação do Exercício 2:

O comentário de texto

Estudo de conceitos e pesquisa de Obras Ins­­tru­­men­tais

9 de NOVEMBRO

Seleccione o conceito que irá servir de base ao seu trabalho final.

Com o auxílio de duas obras instrumentais de Filosofia (vocabulários, dicionários ou en­ci­­clopédias) existentes na Biblioteca da Faculdade, pesquise alguns significados marcantes des­se conceito.

Elabore uma pequena síntese da pesquisa (até 3 pp.)

Indique a referência bibliográfica completa das obras consultadas.

ENTREGA E APRESENTAÇÃO NA AULA DE 16 de NOVEMBRO em Word.

 

 

Para aprofundar o tema e adquirir novos conhecimentos que o auxiliem na boa direcção da interpretação, dispõe de bibliografia especializada:

 OBRAS INSTRUMENTAIS:

- Vocabulários e Dicionários de conceitos filosóficos.

- Enciclopédias de Filosofia.

- Histórias da Filosofia.

 

Recomendados para um trabalho de 1.º ano (todos existentes na Biblioteca da FLUL)

Logos. Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia, Lisboa-São Paulo: Editorial Verbo.

José Ferrater Mora, Dicionário De Filosofia, trad. port. Lisboa: Dom Quixote, 1978.

Nicola Abbagnano, Dicionário De Filosofia, São Paulo: Martins Fontes, 1998.

 

 

 

 

NOÇÕES DE METODOLOGIA: AS CITAÇÕES E AS NOTAS DE RODAPÉ

 

É necessário distinguir entre a questão do método, ou dos métodos da filosofia, que cons­titui uma questão intrinsecamente filosófica, e a metodologia requerida para a ela­bo­ra­ção e apresentação de um trabalho científico, incluindo o trabalho filo­sófico. Neste caso, trata-se de um conjunto de regras, partilhadas pela comunidade científica, que dotam um texto (seja, um ar­tigo de revista, um capítulo de uma obra colectiva, uma publicação independente, ou, no caso do estudante universitário, os diversos trabalhos temáticos) de um certo número de ca­rac­terísticas formais. Embora não exista um modelo rígido, nem um modelo único, sendo mesmo pra­ticadas e ad­mi­tidas pequenas variantes – note-se que mui­tas revistas filo­sóficas apresentam as suas próprias normas e impõem aos seus co­la­­bo­radores a obediência estrita às mes­mas –, existem alguns critérios fundamentais que o estudante tem de conhecer e deve praticar nos seus trabalhos[1]. Entre estas regras contam-se a referência bibliográfica das obras (livros ou outro tipo de textos), bem como o uso ponderado das citações.

A citação é um procedimento quase indispensável, uma vez que trabalhamos com textos, a partir de textos e "sobre textos", num contínuo exercício de ex­pli­ca­ção-comentário--interpretação, que é, no fundo, uma forma de diálogo. Através da citação de fra­ses ou pequenos excertos dos filósofos, estamos a dar-lhes a palavra, salientando as passagens mais relevantes, ao mesmo tempo que vamos também confirmando que a nossa interpretação é fiel ao seu pensamento. O número de citações não tem regra fixa. Depende sobretudo do critério da per­tinência (não usar citações desajustadas), da necessidade (não usar citações repetidas e des­­­ne­ces­sárias) e do bom-senso.

As citações devem ser sempre identificadas como tal, isto é, separadas por aspas, para que não haja a menor confusão com o nosso texto.

 

 

Exemplo 1: As citações, como afirma Júlio Fragata, "são notas em que se apela para a au­toridade de outros autores ou das fontes para ilustrar e, sobretudo, para do­cu­mentar ou com­provar o texto"[2].

 

Exemplo 2: A definição da Estética como disciplina da filosofia tem variado muito ao longo das épocas históricas. Recentemente, o filósofo americano Allen Carlson oferece a seguinte de­fi­nição: "A Estética é a área da filosofia que diz respeito à nossa apreciação das coisas na medida em que elas afec­tam os nossos sentidos, e especialmente na medida em que os afectam de uma ma­neira agra­dá­vel."[3] O autor pretende mostrar como a Estética não se resume a uma filosofia da arte.

 

Exemplo 3: A importância das citações num trabalho científico é reconhecida por todos os au­tores de livros sobre metodologia. José Silveira de Brito, entre outros, refere a este pro­­pósito:

 

"Se é habitual apresentar em nota de rodapé as citações no original, as ci­ta­ções integradas no texto [...] devem ser escritas no idioma em que o trabalho es­tá redigido. [...] Além disso, o esforço de tra­du­ção feito pelo autor do trabalho re­ve­lará tam­bém o domínio da matéria [...] e, por outro lado, o leitor terá uma mais fácil com­preensão [sub­li­nhados nossos/ meus]."[4]

 

Exemplo 4: O grande número de teorias sobre o valor estético da natureza que se têm de­sen­volvido nos últimos anos testemunham uma verdadeira "revolução" na atitude filosó­fica[5]. A saber, a filosofia volta a preocupar-se com o valor estético dos seres naturais, seja in­di­vi­dualmente considerados, seja integrados em conjuntos naturais, designados de paisagens[6], demonstrando como a visão estética é indissociável da atitude ética.

 

Exemplo 5: Filosofia (gr. φιλοσοφια; lat. philosophia; ingl. philosophy; franc. philosophie; alem. Philosophie; ital. filosofia).

 

Exemplo 6: Na análise do texto em que Kant expõe a sua concepção do ensino da fi­lo­sofia, o termo que maior dificuldade levanta à interpretação é o de Einsicht. Os tra­dutores não concordam numa tradução única para este termo, que tanto pode sig­nificar uma "perspectiva orientadora", como uma "intuição" ou "visão de conjunto"[7].

 

 

Idem = o mesmo autor

Id.

 

Ibidem = o mesmo lugar

Ibid.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Filosofia e expressão mítica

 

Platão, O Mito de Prometeu no Diálogo Protágoras 320c-323c.

Albert Camus, O Mito de Sísifo em ……

 

 


[1] Existem, em língua portuguesa, os seguintes livros dedicados à metodologia do trabalho fi­lo­só­fico: Júlio Fragata, Noções de Metodologia para a Elaboração de um Trabalho Científico, Porto: Livraria Tavares Martins, 1973 [existe uma outra edição publicada pelas Edições Loyola de São Paulo, em 1981]; José H. Silveira de Brito, Introdução à Metodologia do Trabalho Cien­tí­fico, Braga: Uni­versidade Católica de Braga, 2001. Muito útil para este tema, e de fácil acesso, é o livro de Umberto Eco, Como se faz uma tese em Ciências Humanas, Lisboa: Editorial Presença, 1980.

[2] Júlio Fragata, op. cit., p. 94.

[3] "Aesthetics is the area of philosophy that concerns our appreciation of things as they affect our senses, and especially as they affect them in a pleasant way." Allen Carlson, Aesthetics and The Environment, London and New York: Routledge, 2000, p. xvii.

[4] José H. Silveira de Brito, Introdução à Metodologia do Trabalho Cien­tí­fico, p. 91.

[5] Refira-se, entre os mais importantes: Ar­nold Berleant, Living in the Landscape. Towards an Aesthetics of Environ­ment, Univ. Press of Kansas, 1997; L. Bonesio, Oltre il paesaggio. I luoghi tra este­tica e geofilosofia, Ca­sa­lec­chio: Arian­­na Editrice, 2002; Paolo D’Angelo, Estetica della na­tura. Bel­lezza naturale, paesaggio, arte am­bien­tale, Roma-Bari: GLF, Editori Laterza, 2000.

[6] Sobre o interesse actual da filosofia pelas qualidades da natureza, devem consultar-se: Alain Roger, Court Traité du Paysage. Paris, Gallimard, 2001; Augustin Berque, Cinc propositions pour une théorie du paysage, Seyssel: Champ Vallon, 1994; Martin Seel, Eine Ästhetik der Natur, Frank­furt am Main: Suhrkamp, 1996; Fer­nando Guerreiro, O caminho da Montanha, Braga: Angelus Novus, 2000; Fi­nisterra. Revista Portuguesa de Geografia, vol. XXXVI, n.º 72 (2001).

[7] Cf. sobre a dificuldade em verter para português o termo Einsicht, os comentários de L. Ri­bei­ro dos Santos, em A Razão Sensível. Estudos kantianos, Lisboa: Colibri, 1994, p.188 nota.