Sumários
Recapitulação total das aulas
7 Abril 2020, 10:00 • Adriana Veríssimo Serrão
7 de Abril (aula não presencial, sem contacto com os alunos)
Caros Alunos
I. Informações
Considerando o calendário definido pelo director (ver página da FLUL), teremos aulas até 8 de Maio. Assim sendo, não há razões para não cumprir a avaliação acordada na 1ª aula.
A. 1. Duas provas escritas presenciais: 24 de Março e 5 de Maio.
2. Uma entrevista final sobre as provas escritas e os tópicos do programa.
B. 1. Uma prova escrita presencial: 24 de Março.
2. Uma Ficha de Leitura comparativa de dois textos escolhidos de entre as leituras obrigatórias e versando uma das questões discriminadas no programa (7/8 pp).
Entrega na última aula. (aqui: será de reduzir para 5/6 pp.)
3. Uma entrevista final sobre 1. e 2. e os tópicos do programa. Persistem dúvidas sobre a viabilidade (e justiça) da entrevista final. Este ponto fica em aberto.
Graças aos bons ofícios da nossa colega Giulia dal Piaz, a quem agradeço em nome de todos, poderemos ter aulas por videoconferência.
16 Abril
21 e 23 Abril
28 e 30 Abril
5 e 7 Maio
Segue o convite para a reunião no zoom: Tópico: Antropologia e Cultura/ Antropologia Filosófica
Hora: Esta é uma reunião recorrente Qualquer hora
Entrar na reunião Zoom
https://zoom.us/j/8527264279?pwd=dlhTRlc1NzVXUFpwVnVhWTZ6dllDQT09
ID da reunião: 852 726 4279
Senha: 605136
II. Aulas
Para esta última aula antes das mini-férias, proponho que façam uma recapitulação total das aulas (incluindo os filmes). A recapitulação permitirá avançar na matéria a seguir às férias e também que possam ir escolhendo os dois textos (e filmes) que servirão de base à Ficha de Leitura comparativa.
O programa poderá ter alguns ajustamentos, tendo em conta a necessidade de escolher bibliografia acessível, mas manterá as grandes linhas:
- O conceito de Cultura: a diversidade das culturas.
- Para além da natureza e da cultura: unidade e diversidade humana.
- Identidade pessoal e alteridade: a relação inter‑humana na definição de sujeitos plurais.
- Nós e os outros: reconhecimento ou estranheza.
- Uma filosofia "do Homem e para o Homem" ou a antropologia como teoria e vivência da socialidade. Fundamentação antropológica do conviver ético. A comunidade concreta como potenciação da existência.
O conceito de Cultura: a diversidade das culturas (continuação)
2 Abril 2020, 10:00 • Adriana Veríssimo Serrão
2 de Abril (aula não presencial, sem contacto com os alunos)
Renovo os meus votos de que se encontrem todos bem.
Creio ter terminado a correcção dos vossos testes. Se houver algum lapso, por favor avisem-me.
Os alunos que tiveram negativa podem refazê-lo até ao fim das mini-férias. Os alunos que pretendam melhorar a nota podem certamente ir trabalhando nesse sentido, mas não irei vê-los imediatamente.
Na próxima semana já deveremos ter instruções sobre o calendário da FLUL. E combinaremos o plano de aulas, bem como o elemento que falta da avaliação (cf. sumário da 1.ª aula).
Sobre a possibilidade de aulas via Zoom a seguir às férias, peço o seguinte. Se algum de vós, mais ágil em informática, puder tomar a iniciativa de convocar uma reunião, agradeço que me avise para combinarmos. Entretanto, preparo uma lista com os vossos endereços.
As aulas anteriormente enviadas são, como é evidente, matéria de AF/AC.
A aula de hoje é a continuação da anterior.
O conceito de Cultura: a diversidade das culturas (continuação)
Comentário ao filme Baraka, de Ron Fricke (1992)
Podem seguir algumas linhas de interpretação propostas (ou outras).
Ligação ao meio natural
Vida comunitária
Religião e espiritualidade
Comportamentos e modos de vida
Técnicas e artefactos
Devastação da natureza
Destruição e guerra
Vida urbana (“civilização”) e vida “primitiva”
A ideia de Humanidade
O conceito de Cultura: a diversidade das culturas
31 Março 2020, 10:00 • Adriana Veríssimo Serrão
31 de Março (aula não presencial, sem contacto com os alunos)
Os meus votos de que se encontrem todos bem.
Felicito-me que um grande número de alunos tenha realizado o teste. Estou a corrigir todos (70!), mesmo os que chegaram com atraso. É um processo lento, mais moroso do que ler em papel. Será enviado a cada um respeitando a ordem de chegada.
Os alunos que tiveram negativa podem refazê-lo até ao fim das mini-férias.
Até às férias continuamos com este modo de contacto. Se alguns solicitaram aulas on line, outros, pelo contrário, informaram-me de que estão em regiões sem rede ou com muitas dificuldades em aceder. Qualquer das vias tem vantagens e desvantagens.
Estou confiante em que viremos ainda a ter aulas presenciais.
Mas aguardemos instruções da Faculdade.
Para já, continuamos serenamente com o tema:
O conceito de Cultura: a diversidade das culturas
Para o preparar, leiam o texto de Herder da última aula e, para hoje, a proposta de um filme.
É excelente para Antropologia.
Baraka, de Ron Fricke (1992)
Como no caso dos filmes anteriores, reservamos duas aulas, uma de visionamento, outra de comentário.
Mas é conveniente que tomem notas e elaborem algumas linhas de interpretação.
Proponho algumas:
Ligação ao meio natural
Vida comunitária
Religião e espiritualidade
Comportamentos e modos de vida
Técnicas e artefactos
Devastação da natureza
Destruição e guerra
Vida urbana (“civilização”) e vida “primitiva”
A ideia de Humanidade
Até quinta-feira.
O conceito de Cultura
26 Março 2020, 10:00 • Adriana Veríssimo Serrão
26 de Março 10h-12h (aula não presencial, sem contacto com os alunos)
O conceito de Cultura
Depois dos acesos debates sobre como seria o Homem em estado de pura natureza, já no final do século XVIII esta questão deixa de ter relevância. O interesse centra-se agora na compreensão da Cultura. Se a hipótese de um “estado natural” fora importante para justificar a igualdade entre os homens (e os direitos naturais), o conceito de Cultura vai poder justificar as diferenças entre modos de pensar e de viver que caracterizam a diversidade humana e a imensa variedade das suas manifestações: línguas, religiões, produções artísticas, técnicas, modos de alimentação, ….
O pensador de referência é Johann Gottfried Herder, um aluno de Kant, mas que critica o que seria em Kant uma ideia de razão demasiado universal, logo, demasiado uniforme e abstracta. Herder é justamente considerado o fundador da filosofia da cultura.
A diversidade das culturas é interpretada como uma extensão e adaptação ao mundo natural. Herder apresenta o homem como um ser disperso por solos e climas, em contacto com diferentes plantas e animais, ligado aos elementos naturais, alimentando‑se e vivificando‑se deles, seja em ambiente propício ou hostil. Mas nas suas considerações não são os traços meramente físicos, como a estatura ou a cor da pele, que lhe interessa sublinhar. São, sim, os povos, as comunidades enraizadas na sua terra natal, um enraizamento do qual provém uma espécie de seiva interior que define a característica própria de cada um e a respectiva diferença em relação aos restantes. É por isso o povo, e não a raça, a unidade originária, homogénea a todos os seus membros, irredutível à história natural e físico‑geográfica, emanando de uma força interior que dá origem a toda a esfera cultural, desde as mais visíveis manifestações, como os comportamentos, a alimentação, os hábitos sociais, até às mais profundas expressões como a língua, a religião, a poesia.
A atitude de Herder relativamente à multiplicidade das culturas – que acalenta o seu projecto de elaborar uma "doutrina da natureza e fisionomia da Humanidade" ou um "Atlas antropológico da Humanidade" – atinge nas Ideias para a filosofia da história da Humanidade a marca de uma profunda originalidade, inigualável entre os seus contemporâneos, ficando a teoria antropológica posterior a dever‑lhe a lição de uma especial sensibilidade, não apenas à pluralidade em geral, mas à singularidade de cada produção cultural como unidade orgânica. Uma sensibilidade bem patente no respeito e simpatia com que descreve os povos não‑europeus, mesmo os mais remotos, desde o gronelandês e o esquimó do pólo norte, ao chinês da Ásia, ao hindu de Caxemira, aos negros e americanos, todos eles equiparados como seres criadores de cultura própria, cada uma dotada de peculiar significação, beleza e valor.
Se o conhecimento, por via directa ou indirecta, da diversidade põe definitivamente em causa a unidade abstracta de uma essência humana, uma nova questão não deixa de se colocar: serão tais factores de diversidade suficientemente fortes para excluir um plano unitário?
Será a comprovada multiplicidade das raças, povos e culturas contraditória com uma qualquer unidade pensável do Homem? Fundamentar a unidade é em grande medida a tarefa da filosofia, mas, para a poder manter, a própria noção de unidade teria de sofrer uma inteira transformação. Não será já entendida como unidade do igual, do fixo e do imutável, uma identidade formal que despreza as diferenças como acidentais, mas como unidade diferenciada susceptível de conter a multiplicidade e a diferenciação, no fundo, uma unidade plástica capaz de assumir formas diversas.
Não obstante o elogio da singularidade dos povos e culturas, Herder defende firmemente a unidade natural do género – é uma só espécie natural à face da terra –, sendo os diversos grupos outros tantos ramos de um único tronco. Cada povo cultural, à semelhança de uma formação orgânica, é igualmente necessário ao todo e, embora diversos, todos existem em função desse todo; são "fisionomias" do género, matizes de uma coexistência no mesmo momento temporal e de uma continuidade que se processa historicamente.
Como apoio, peço que leiam a parte relativa a Herder no artigo meu já enviado:
– “O adeus à essência. Natureza, cultura e carácter na antropologia filosófica da época moderna", Philosophica, 15 (2000), 135‑149.
Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/11819
Teste
24 Março 2020, 10:00 • Adriana Veríssimo Serrão
24 Março 10h-12h (aula não presencial, sem contacto com os alunos)
Caros Alunos
Os meus votos de que se encontrem todos bem, protegidos e com ocupações, e com a prudência necessária para preparar o retomar da normalidade que se deseja regresse em breve, mas que depende em grande medida da nossa responsabilidade.
Na impossibilidade de responder a cada um, envio a seguinte sugestão, de que ninguém (nem eu nem nenhum de vós) se lembrou. Seria bom que organizassem entre vós grupos para partilha de materiais e de informações, mas uma ideia melhor seria criar um mail de turma (como muitas turmas fazem). Basta que alguém tome a iniciativa. Assim, já poderia anexar ficheiros, o que neste momento me é impossível por razões de isolamento e limitações tecnológicas.
Considerando que hoje é dia de teste, não envio matéria.
Irei vendo os vossos exercícios pela ordem de chegada. E reenvio com comentários.
Até quinta-feira.