Sumários

Projecção do filme O Enigma de Kaspar Hauser, de Werner Herzog

18 Fevereiro 2020, 10:00 Adriana Veríssimo Serrão

18 de Fevereiro

Projecção do filme  O Enigma de Kaspar Hauser, de Werner Herzog


Análise e interpretação do filme L’Enfant Sauvage de François Truffaut (1970)

13 Fevereiro 2020, 10:00 Adriana Veríssimo Serrão

13 de Fevereiro

 

Análise e interpretação do filme L’Enfant Sauvage de François Truffaut (1970)

Esquema provisório feito em conjunto na aula.

 

.

 

 

 

1. Caracterização do “estado de natureza” de Victor

 

1.1. Características físicas

Isolamento dos seus semelhantes, proximidade com os animais …

Nudez

Nómada ?? sem habitação fixa

Sujeito às causas naturais…

Instinto de sobrevivência: defesa, medo/ força

Quadrúpede, não bípede….

Alimentação: vegetal ???

Anatomicamente é humano …

 

1.2. Caracterização da sensorialidade

Mais desenvolvidos: olfacto e visão

Linguagem de sons ….

Menos desenvolvidos: … ???

Audição selectiva: aguda a sons próximos /……

Quase sem expressão emocional: apatia / medo

 

 

 

2. O reconhecimento. Como é descrito?

 

2.1. Menino animalesco? perdido na floresta?

Caçada / Palheiro / Esquadra…

Violência no tratamento.

Não é reconhecido pelas outras crianças.

 

2.2. “O Selvagem”: curiosidade pelo diferente

Dark tourism: Coisificação/ exploração

 

 

2.3. Relatório médico: olhar do Dr. Pinel.

Criança “surdo-mudo” (Dr. Pinel) / idiota

 

2.4. Dr. Itard: recuperação pela educação.

Optimismo da época das Luzes quanto ao desenvolvimento de faculdades.

 

 

 

3. A transição: o processo educativo.

 

3.1. Processo civilizacional: Da instituição para casa (um mundo de objectos …

… responder a novas necessidades / imitação, erro, resolução

… contactos sociais, sociabilidade, comunicação não verbal.

- algum prazer ., passeios

… afectividade; Mme Guérin, outra família..

 

 

3.2. Princípios pedagógicos: Primado do intelecto

Associacionismo de sensações: coisa, imagem e som (palavra)..

(influência do empirismo, Condillac)

Excercitar da memória.

Aspectos morais: Castigo/recompensa; injustiça…/ justiça…

Desvalorização do fazer manual.

 

 

4. O “resultado”: o ponto de chegada …

 

“já não é um selvagem, mas ainda não é um homem!

 

Rudimentos de sociabilidade … (nós e o estranho)….

 

O que seria ”um homem”: dotado de linguagem articulada; de noções genéricas, pensamento conceptual.

 

Conseguiria sobreviver na Natureza?


 


Projecção do filme L’Enfant Sauvage de François Truffaut (1970)

11 Fevereiro 2020, 10:00 Adriana Veríssimo Serrão

Projecção do filme L’Enfant Sauvage de François Truffaut (1970)


O debate entre natureza e cultura na constituição da natureza humana.

6 Fevereiro 2020, 10:00 Adriana Veríssimo Serrão

6 de Fevereiro

 

Próximo tema:

 

O debate entre natureza e cultura na constituição da natureza humana.

 

Existirá um estado de natureza?

Existirá homem em estado natural?

É possível supor o Homem em “estado de natureza?”

 

 

Textos:

Thomas Hobbes, Leviatã (1651)

Jean‑Jacques Rousseau, Discours sur l'origine et les fondements de l'inégalité parmi les hommes, / Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (1755).

 

Lucien Malson, Les en­fants sauvages. Mythe et réalité, / As crianças selvagens. Mito e Realidade, Porto, Livraria Civilização, 1967.

 

Victor do Aveyron (1799)

Kaspar Hauser (1828)


É possível conhecer “o Homem”?

4 Fevereiro 2020, 10:00 Adriana Veríssimo Serrão

4 de Fevereiro

 

Análise do texto:

Kant, “Prefácio”, Antropologia numa abordagem pragmática, trad. port. em Ma­nue­la Ri­beiro Sanches e Adriana Veríssimo Serrão, A Invenção do “Homem”. Raça, Cultura e História na Alemanha do século XVIII, Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2002.

 

a. A distinção entre “Antropologia fisiológica” e “Antropologia pragmática”.

 

“Antropologia fisiológica”. A natureza do homem enquanto ser físico, anatómico…,  enquanto efeito de causas naturais. A perspectiva fisiológica (naturalista) implica um determinismo.

O homem é tomado como objecto dos estudos científicos (ciências naturais) e como um simples espectador do “jogo das causas” que actuam sobre ele. Ser condicionado por leis exteriores. “Aquilo que a natureza faz do homem.”

 

“Antropologia pragmática”. Estuda o Homem, isto é, o género humano, na sua generalidade, como ser que age livremente (capaz de liberdade, como ”agente livre”: “o que faz, pode fazer e o que deve fazer a partir de si mesmo.” O homem é tomado como participante do jogo, ao mesmo tempo sujeito e objecto. Como “cidadão do mundo”.

 

-- Diferença entre “conhecer o mundo” e “ter o mundo”: o Homem como fim de si mesmo.

 

 

b. Pode a Antropologia tornar-se uma ciência rigorosa?

 

Limites, dificuldades pertencentes à natureza humana.

-- limites à hetero-observação: o que significa “observar o Homem?

Ou fica incomodado (já não é tal qual é, não é genuíno) ou se dissimula, porque “não quer ser conhecido tal qual é.”

 

-- limites à auto-observação (ou examinação): não é possível estar em acção e simultaneamente analisar-se nessa mesma acção.

 

-- limites decorrentes da segunda natureza: o hábito. Circunstâncias espaciais e temporais que vão moldando.

 

 

c. É possível conhecer “o Homem”?

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