Sumários

O Cinema em França nos anos 20; a 1ª Vanguarda francesa

16 Maio 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

A 1ª Vanguarda francesa: "impressionista" (Langlois) ou "narrativa" (R. Abel). Características e exemplos com visionamento de extractos de vários filmes.
(A aula foi dada pelo investigador do CEC, José Luis Bértolo).


Artes de viver: o cinema (breve panorama)

11 Maio 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

Artes de Viver
1. o cinema: breve panorama dos primeiros 20/25 anos
1.1. o cinema "arte" jovem, sem tradições, moderna: da Idade da Máquina (Léger); do movimento=velocidade; popular: colectiva (Apollinaire, Delluc);
1.2 a dupla via do cinema (francês):i)  os Lumière: cinema  directo,função  de registo, sem intervenção do operador; ii)  Méliès. cinema da fábula e do artifício (de efeitos, truques);
1.3.  1908: o "Film d'Art": ) adopção do modelo do teatro; legitimação do cinema enquanto "arte"; encadeamento narrativo e dramático da acção por quadors;
1.4 o Estilo francês" (de 1913): cinema da duracção do plano e da profundidade de campo (diferenças do cinema americano: da Montagem e da divisão em planos, mais breves);
1.5 a redescoberta do cinema pela geração de 1914/ 1915: o "folhetim cinematográfico" da Gaumont: "Fantômas" e "Les Vampires" de Louis Feuillade (elogio de Musidora por Aragon);
1.6. no pós-guerra: i) o uso aleatório e anti-artístico que os surrealistas fazem do cinema (Breton); ii) a escola "impressionista" das anos 20 : a concepção cineplástica do cinema: a 1ª Vanguarda francesa (Delluc, Gance, L'Herbier, Epstein, Dulac).
* projecção de excertos  de "L'assassinat do Duc de Guise" (Calmettes, le Bargy, 1908), "Mystère des Roches de Kador " (Léonce Perret, 1912);  "L'évasion du mort" (episódio de "Les Vampires" de Feuillade, 1915), "L'Étoile de Mer", Man Ray/ Robert Desnos, 1928)
Bibliografia: textos de Tom Gunning (sobre o "estilo 1913") e de Henri Langlois (sobre a 1ª Vanguarda francesa) na pasta da cadeira


André Breton, "Nadja" (2)

9 Maio 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

6.6  Nadja: i) teatro do imaginário (fantasma) e  figuras do feminino; ii) plano diegético: duplo experimetal do narrador, hierarquia entre figuras; iii) plano simbólico: pedra de toque/ teste do narrador:
6.7. figura do narrador: i)recúo face ao teste?;ii) dupla dinâmica: apagamento de Nadja/ positivação da figura do narrador;
6.8. estratégias de sublimação: i) recalcamento e substituição de objectos;ii) da cidade real, lugar de impasse, à didade mental=ideal (Les Aubes);
6.9 que tipo de livro?: entre o documento (uso da Fotografia) e o romance (projecto de Nadja);
6.10. "la beauté sera convulsive"?


Paris dos Surrealistas: André Breton, "Nadja" (1928)

4 Maio 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

6. André Breton, "Nadja" (1928)
6.1. a cidade como lugar de uma interrogação sobre a identidade:"Qui suis-je?"/ "que (i) je hante?";
6.2. a noção de "encontro"= "hasard objectif";
6.3. "Surrealismo"= "automatismo psíquico"; "escrita automática" e determinismo do real (conssonância entre discurso do desejo e do inconsciente no sujeito e discurso do real=cidade): o caso do "objet trouvé";
6.4. itinerários do narrador na cidade: "il n'y a pas de pas perdus" (Nadja); percurso (de simbolização)  em círculo= da "Place Dauphine" ao "Dauphin" (alegoria do narrador).


Paris dos surrealistas

2 Maio 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

1. a geração do pós-guerra (1914-1918): influência de Dada;
2. a necessidade de remitificação de Paris (L. Aragon, "Le Paysan de Paris", 1926): um "novo trágico";
3.do mito (romântico) da Natureza (a "cidade-floresta") ao mito urbano da Cidade surrealista: cidade aberta, labiríntica, centrífuga, percorrida pela "multidão", figura do inconsciente colectivo, lugar de iniciação a reinterpretar (A. Breton, "Nadja", 1928);
4. a Cidade como lugar da contradição= do Maravilhoso (Aragon) e equivalente da noção de Imagem surrealista :o "supéfiant image" (Reverdy, Aragon, Breton);
5. da cidade opaca (orgânica, cheia)  romântica à abertura=transparência da cidade surrealista: crítica do modelo do "romance": uso da fotografia, o livro como "porta giratória" para o real (Breton).
* projecção do filme "La Tour Eiffel" de René Clair (1928)
Bibliografia. textos de Vincent Kaufman e Walter Benjamin na pasta da cadeira