Sumários

A Ordem Jerónima e as Encomendas de Corte nos Reinados de D. Manuel e de D. João III

22 Outubro 2020, 09:30 Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão

O CHAMADO MESTRE DA LOURINHÃ E AS ENCOMENDAS DE CORTE EM PORTUGAL NO DEALBAR DO SÉC. XVI. A Ordem Jerónima e as Encomendas de Corte nos Reinados de D. Manuel e de D. João III


O ambiente artístico desenvolvido no reinado de D. Manuel I revela uma grande dinâmica e um decisivo esforço de ‘aggiornamento’ face aos modelos renascentistas europeus, tanto flamengos como italianos. É no campo da pintura retabular que a arte portuguesa mostra originalidade na busca de repertórios e modelos o mais possível  ‘centralizados’, através de um regime laboral com supervisão régia e um trabalho organizado em «parcerias» e «companhias». O papel de Jorge Afonso à frente da Oficina Régia e o do nórdico Francisco Henriques e seus colaboradores, não esgota o panorama das grandes encomendas de regime, em que se destaca também o enigmático pintor que a historiografia tem apelidado de Mestre da Lourinhã e que actua ao serviço de D. Maria, segunda mulher do Venturoso, dos frades ieronimitas, e da Ordem Militar de São Tiago de Espada. O restauro recente do retábulo da Sé do Funchal permite que a obra deste mestre possa ser apreciada, agora, segundo novos e refrescantes indicadores críticos.

No contexto da estabilidade nacional do início de Quinhentos, o papel do Venturoso em prol da Res publica, em fidelidade a princípios ieronimitas, e o seu  conceito de Pater Patriae que se prolonga pela fase manuelina-joanina, aliada ao conceito de Lisboa umbilicus mundi, e à apertada legislação do rei (Leitura Nova, Ordenações, Regimento dos oficiais, reforma dos forais e das áreas judiciais, justificação da moeda, reforma do sistema de pesos e medidas, modernização das Cortes, do sistema heráldico e Oficiais de Armas, fundação dos hospitais das Misericórdias e outras confrarias de assistência, etc). Desenvolve-se, sob signo do Renascimento (por via tanto flamenga como italiana)  uma cultura livresca e uma marca artística sui generis com impacto na arquitectura, no urbanismo e nos equipamentos decorativos. Também o papel da oração individual, esteio da doutrina hieronimita, vai adquirir um papel relevante no contexto da grande encomenda oficial, tanto na metrópole como nos espaços ultramarinos do Império, explicando as características, por exemplo, da grande pintura devocional de corte. Os conventos jerónimos são decorados à imagem dessa ideologia de poder centralizado por artistas como o Mestre da Lourinhã e Frei Carlos.O panorama de crescimento do Reino português e dos territórios sob sua influência no reinado de D. Manuel I (1495-1521) mostra, a propósito do ambiente de trabalho artístico desenvolvido, uma dinâmica nunca antes atingida e um grande esforço de modernização sob tutela centralizada. Existiu uma dominante ideia imperial que amadurece depois de 1503, como diz o historiador Luís Filipe Reis Thomaz ao recordar o modo como, sob batuta da Ordem de Cristo e os valores de São Jerónimo, germinou o projecto de construção de um vasto império ultramarino e se desenhou mesmo a hipótese de conquista de Jerusalém como corolário de um destino messiânico de que Portugal se desejava catalizador (1990). Essa eufórica idade de ouro que se assume no reforço de um poder absoluto e centralizado, teve imensa repercussão no discurso da arquitectura e das artes decorativas manuelinas, abertas também a ressonâncias de um hibridismo colonial com que, paulatinamente, estas se souberam miscigenar.   Certo que os jerónimos portugueses mantinham, tal como seus irmãos de Castela, fidelidade e alimento espiritual nas obras do Bispo de Hipona, mas nem por isso a sua marca de solitude foi contraditória com  a devoção real, que ganha com D. Manuel I maior força: não só se multiplicam as casas de ieronimitas, como são estes que, com Estatutos novos desde 1517, adquirem influência marcante nas instâncias da corte.

Os traços dessa influência ecoam na grande encomenda artística do primeiro terço do século XVI, tanto nas obras importadas como nas de produção nacional, onde o hagiológio jerónimo e os temas da penitência, oração individual, abstinência e eremitismo tendem a assumir importância decisiva, tanto na pintura como na escultura, nos têxteis, nas pratas, no mobiliário, na iluminura e nas outras  artes. É relevante avaliar-se o caminho de modernidade que estas artes assumem na arte portuguesa do início de Quinhentos, sob signo do hieronimismo. No campo da pintura de corte, que constitui um capítulo da arte portuguesa sob todos os pontos de vista brilhante, é notório o esforço de aggiornamento com modelos renascentistas europeus, tanto de origem flamenga como os de ressonância italiana, a par da definição de «estilemas» e «modos de fazer» que poderíamos considerar, de certa forma, como estilemas portugueses. Tratou-se de um tempo de prosperidade socio-económica e política, de grandioso desenvolvimento da construção, que incrementa a maior especialização dos pintores, em que se multiplicam as grandes encomendas na metrópole e mesmo para espaços ultramarinos (como Goa, Ormuz e Malaca), e em que vários são os artistas estrangeiros (Francisco Henriques e Frei Carlos) que demandam o país e se instalam em Lisboa, e também em Viseu, Coimbra e Évora (ou mesmo em Braga, Viana do Castelo e Tavira), com as suas oficinas, mercados fixos e espaços de actuação determinados. Esta grande pintura mostra sentido de originalidade na busca de soluções plásticas, repertórios e modelos, ainda que nas fontes artísticas seguidas dominem os modelos de Bruges e Antuérpia e as receitas iconográficas continuem a ser muitas vezes as das xilogravuras alemãs e flamengas.

Foi importantíssimo o papel que coube ao pintor régio Jorge Afonso (fal. pós-1540), chefe da Oficina Régia de Lisboa, como vedor das obras de D. Manuel desde 1508, papel bem explicitado nas suas prerrogativas e na caracterização do seu concorrido atelier no Rossio junto ao mosteiro de S. Domingos, bem como o papel que coube ao nórdico Francisco Henriques, fal. 1518 após dirigir as obras de S. Francisco de Évora (1508-11) e da Relação de Lisboa, não esgota o panorama das grandes encomendas retabulares devidas a um regime laboral preciso em que se destaca, também, o enigmático pintor que a História da Arte tem apelidado de Mestre da Lourinhã. O anónimo Mestre da Lourinhã actuou ao serviço de D. Maria, segunda mulher de D. Manuel, e da Ordem Militar de São Tiago, e deixou um rol de tábuas notabilíssimas, todas do mesmo estilo e da mesma ‘mão’, integradas em alguns dos ciclos retabulares referidos (Palmela, Funchal, Almeirim, Caldas). O restauro recente do retábulo da Sé do Funchal  (W.M.F.) permitiu, aliás, que a obra deste Mestre pudesse ser apreciada segundo novos e refrescantes indicadores críticos, explicando melhor esta ambiência laboral, sob todos os títulos notável, que foi a produção de pintura na corte lisboeta do tempo de D. Manuel I e no início do reinado de D. João III, em que o Mestre se destacou.


A Ordem Jerónima e as Encomendas de Corte nos Reinados de D. Manuel e de D. João III

22 Outubro 2020, 08:00 Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão

O CHAMADO MESTRE DA LOURINHÃ E AS ENCOMENDAS DE CORTE EM PORTUGAL NO DEALBAR DO SÉC. XVI. A Ordem Jerónima e as Encomendas de Corte nos Reinados de D. Manuel e de D. João III


O ambiente artístico desenvolvido no reinado de D. Manuel I revela uma grande dinâmica e um decisivo esforço de ‘aggiornamento’ face aos modelos renascentistas europeus, tanto flamengos como italianos. É no campo da pintura retabular que a arte portuguesa mostra originalidade na busca de repertórios e modelos o mais possível  ‘centralizados’, através de um regime laboral com supervisão régia e um trabalho organizado em «parcerias» e «companhias». O papel de Jorge Afonso à frente da Oficina Régia e o do nórdico Francisco Henriques e seus colaboradores, não esgota o panorama das grandes encomendas de regime, em que se destaca também o enigmático pintor que a historiografia tem apelidado de Mestre da Lourinhã e que actua ao serviço de D. Maria, segunda mulher do Venturoso, dos frades ieronimitas, e da Ordem Militar de São Tiago de Espada. O restauro recente do retábulo da Sé do Funchal permite que a obra deste mestre possa ser apreciada, agora, segundo novos e refrescantes indicadores críticos.

No contexto da estabilidade nacional do início de Quinhentos, o papel do Venturoso em prol da Res publica, em fidelidade a princípios ieronimitas, e o seu  conceito de Pater Patriae que se prolonga pela fase manuelina-joanina, aliada ao conceito de Lisboa umbilicus mundi, e à apertada legislação do rei (Leitura Nova, Ordenações, Regimento dos oficiais, reforma dos forais e das áreas judiciais, justificação da moeda, reforma do sistema de pesos e medidas, modernização das Cortes, do sistema heráldico e Oficiais de Armas, fundação dos hospitais das Misericórdias e outras confrarias de assistência, etc). Desenvolve-se, sob signo do Renascimento (por via tanto flamenga como italiana)  uma cultura livresca e uma marca artística sui generis com impacto na arquitectura, no urbanismo e nos equipamentos decorativos. Também o papel da oração individual, esteio da doutrina hieronimita, vai adquirir um papel relevante no contexto da grande encomenda oficial, tanto na metrópole como nos espaços ultramarinos do Império, explicando as características, por exemplo, da grande pintura devocional de corte. Os conventos jerónimos são decorados à imagem dessa ideologia de poder centralizado por artistas como o Mestre da Lourinhã e Frei Carlos.O panorama de crescimento do Reino português e dos territórios sob sua influência no reinado de D. Manuel I (1495-1521) mostra, a propósito do ambiente de trabalho artístico desenvolvido, uma dinâmica nunca antes atingida e um grande esforço de modernização sob tutela centralizada. Existiu uma dominante ideia imperial que amadurece depois de 1503, como diz o historiador Luís Filipe Reis Thomaz ao recordar o modo como, sob batuta da Ordem de Cristo e os valores de São Jerónimo, germinou o projecto de construção de um vasto império ultramarino e se desenhou mesmo a hipótese de conquista de Jerusalém como corolário de um destino messiânico de que Portugal se desejava catalizador (1990). Essa eufórica idade de ouro que se assume no reforço de um poder absoluto e centralizado, teve imensa repercussão no discurso da arquitectura e das artes decorativas manuelinas, abertas também a ressonâncias de um hibridismo colonial com que, paulatinamente, estas se souberam miscigenar.   Certo que os jerónimos portugueses mantinham, tal como seus irmãos de Castela, fidelidade e alimento espiritual nas obras do Bispo de Hipona, mas nem por isso a sua marca de solitude foi contraditória com  a devoção real, que ganha com D. Manuel I maior força: não só se multiplicam as casas de ieronimitas, como são estes que, com Estatutos novos desde 1517, adquirem influência marcante nas instâncias da corte.

Os traços dessa influência ecoam na grande encomenda artística do primeiro terço do século XVI, tanto nas obras importadas como nas de produção nacional, onde o hagiológio jerónimo e os temas da penitência, oração individual, abstinência e eremitismo tendem a assumir importância decisiva, tanto na pintura como na escultura, nos têxteis, nas pratas, no mobiliário, na iluminura e nas outras  artes. É relevante avaliar-se o caminho de modernidade que estas artes assumem na arte portuguesa do início de Quinhentos, sob signo do hieronimismo. No campo da pintura de corte, que constitui um capítulo da arte portuguesa sob todos os pontos de vista brilhante, é notório o esforço de aggiornamento com modelos renascentistas europeus, tanto de origem flamenga como os de ressonância italiana, a par da definição de «estilemas» e «modos de fazer» que poderíamos considerar, de certa forma, como estilemas portugueses. Tratou-se de um tempo de prosperidade socio-económica e política, de grandioso desenvolvimento da construção, que incrementa a maior especialização dos pintores, em que se multiplicam as grandes encomendas na metrópole e mesmo para espaços ultramarinos (como Goa, Ormuz e Malaca), e em que vários são os artistas estrangeiros (Francisco Henriques e Frei Carlos) que demandam o país e se instalam em Lisboa, e também em Viseu, Coimbra e Évora (ou mesmo em Braga, Viana do Castelo e Tavira), com as suas oficinas, mercados fixos e espaços de actuação determinados. Esta grande pintura mostra sentido de originalidade na busca de soluções plásticas, repertórios e modelos, ainda que nas fontes artísticas seguidas dominem os modelos de Bruges e Antuérpia e as receitas iconográficas continuem a ser muitas vezes as das xilogravuras alemãs e flamengas.

Foi importantíssimo o papel que coube ao pintor régio Jorge Afonso (fal. pós-1540), chefe da Oficina Régia de Lisboa, como vedor das obras de D. Manuel desde 1508, papel bem explicitado nas suas prerrogativas e na caracterização do seu concorrido atelier no Rossio junto ao mosteiro de S. Domingos, bem como o papel que coube ao nórdico Francisco Henriques, fal. 1518 após dirigir as obras de S. Francisco de Évora (1508-11) e da Relação de Lisboa, não esgota o panorama das grandes encomendas retabulares devidas a um regime laboral preciso em que se destaca, também, o enigmático pintor que a História da Arte tem apelidado de Mestre da Lourinhã. O anónimo Mestre da Lourinhã actuou ao serviço de D. Maria, segunda mulher de D. Manuel, e da Ordem Militar de São Tiago, e deixou um rol de tábuas notabilíssimas, todas do mesmo estilo e da mesma ‘mão’, integradas em alguns dos ciclos retabulares referidos (Palmela, Funchal, Almeirim, Caldas). O restauro recente do retábulo da Sé do Funchal  (W.M.F.) permitiu, aliás, que a obra deste Mestre pudesse ser apreciada segundo novos e refrescantes indicadores críticos, explicando melhor esta ambiência laboral, sob todos os títulos notável, que foi a produção de pintura na corte lisboeta do tempo de D. Manuel I e no início do reinado de D. João III, em que o Mestre se destacou.


ASPECTOS UTÓPICOS DA ARQUITECTURA DA IDADE MODERNA EM PORTUGAL (entre Moderno e Antigo).

20 Outubro 2020, 11:00 Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão

ASPECTOS UTÓPICOS DA ARQUITECTURA DA IDADE MODERNA EM PORTUGAL (entre Moderno e Antigo). 

  Do «Gótico-Manuelino» como Utopia de Império e Novo Mundo, a  João  de  Castilho,   homem  capaz de  construir  o  Mundo.-- Tardo-Gótico e «Manuelino» como Arquitectura da Idade Moderna, no limiar do Renascimento.-- A Arquitectura como Utopia do Império e do Novo Mundo.-- Introdução em Portugal da Arquitectura do Renascimento e sua Teoria.  As vias italiana, flamenga, castelhana e francesa.-- Diogo Boitaca.-- João de Castilho: A pulsão ou propensão utópica de construir o Mundo.-- Importância das inovações, soluções e modelos construtivos aplicados na arquitectura tardo-gótica e proto-drenascentista. O vocabulário tardo-gótico inserido no contexto europeu.-- Geografia de um estaleiro: caso de Castlho. Mobilidade artística do mestre e da sua oficina como disseminadora de formas.-- Clarificação das questões referentes ao classicismo e ao Renascimento: sinónimos. O conceito de arquitectura  all'antico.


Bibl.: Ricardo Nunes da Silva,  Paradigma da Arquitectura em Portugal na Idade Moderna. Entre o Tardogótico e o Renascimento: João de Castilho, ‘o mestre que amanhece e anoitece na obra’, orientado por Fernando Grilo, provas defendidas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2018.


A arquitectura do Tardo-Gótico: o moderno e o antigo. Introdução do Renascimento em Portugal.

15 Outubro 2020, 09:30 Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão

A arquitectura do Tardo-Gótico: o moderno e o antigo. Introdução do Renascimento em Portugal.Do «Gótico-Manuelino» como Utopia de Império e Novo Mundo, a João  de  Castilho,   homem  capaz de  construir  o  Mundo. 
O mito do Manuelino e a Arquitectur Tardo-Gótica em Portugal no limiar da Idade Moderna. Introdução dos modelos do Renascimento: a Utopia do Império e do Novo Mundo. O arquitecto João de Castilho: A pulsão ou propensão utópica de construir o Mundo, e a sua activiade entre o «manuelino» -- a Sé de Braga (12509), o Convento de Cristo em Tomar (portal, 1515, assinado), a substituição de Boitaca no estaleiro dos Jerónimos, a igreja e claustro dos Jerónimos (1514-1522) --, o Renascimento -- a Cisterna de Mazagão, c. 1530, os claustros pequenos do Convento de Cristo -- e a eventual adesão final ao Maneirismo (de novo no Convento de Cristo em Tomar e noutras obras).
(Esta aula muito deve à tese doutoral de Ricardo Nunes da Silva, fonte bibliográfica muito actualizada e  incontornável para todos os alunos que estudem a arquitectura portuguesa (e a peninsular) do século XV: O Paradigma a Arquitectura em Portugal na Idade Moderna entre o Tardo-Gótico e o Renascimento: João de Castilho, «o mestre que amanhece e adormece na obra», tese doutoral, FLUL, 2017). 


A arquitectura do Tardo-Gótico: o moderno e o antigo. Introdução do Renascimento em Portugal.Do «Gótico-Manuelino» como Utopia de Império e Novo Mundo, a João de Castilho, homem capaz de construir o Mundo.

15 Outubro 2020, 08:00 Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão

A arquitectura do Tardo-Gótico: o  moderno e o  antigo. Introdução do Renascimento em Portugal.Do «Gótico-Manuelino» como Utopia de Império e Novo Mundo, a João  de  Castilho,   homem  capaz de  construir  o  Mundo. 
O mito do Manuelino e a Arquitectur Tardo-Gótica em Portugal no limiar da Idade Moderna. Introdução dos modelos do Renascimento: a Utopia do Império e do Novo Mundo. O arquitecto João de Castilho: A pulsão ou propensão utópica de construir o Mundo, e a sua activiade entre o «manuelino» -- a Sé de Braga (12509), o Convento de Cristo em Tomar (portal, 1515, assinado), a substituição de Boitaca no estaleiro dos Jerónimos, a igreja e claustro dos Jerónimos (1514-1522) --, o Renascimento -- a Cisterna de Mazagão, c. 1530, os claustros pequenos do Convento de Cristo -- e a eventual adesão final ao Maneirismo (de novo no Convento de Cristo em Tomar e noutras obras).
(Esta aula muito deve à tese doutoral de Ricardo Nunes da Silva, fonte bibliográfica muito actualizada e  incontornável para todos os alunos que estudem a arquitectura portuguesa (e a peninsular) do século XV: O Paradigma a Arquitectura em Portugal na Idade Moderna entre o Tardo-Gótico e o Renascimento: João de Castilho, «o mestre que amanhece e adormece na obra», tese doutoral, FLUL, 2017).