Sumários

Avaliação final

22 Junho 2017, 16:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Entrega e comentário geral ao 2º teste de avaliação de conhecimentos.

Apresentação da avaliação de cada aluno em relação ao desempenho ao longo do segundo semestre.

 

Aulas previstas em Junho – 2

Aulas dadas em Junho – 2

Total de aulas previstas entre Fevereiro e Junho -29

Total de aulas dadas entre Fevereiro e Junho - 29

Saídas cá dentro - 9

 

 

FIM DO SEGUNDO SEMESTRE

 


Realização do 2º teste de avaliação de conhecimentos com consulta.

1 Junho 2017, 16:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Realização do 2º teste de avaliação de conhecimentos com consulta.


Onde nos leva o Planeta?

30 Maio 2017, 16:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Concluímos o visionamento do filme de Werner Herzog Encounters at the End of the World (2007) (Encontros no fim do mundo) com a escuta do mais claro discurso sobre ciência, filosofia e arte: a teoria dos neutrinos e a incomensurável pesquisa sobre essas partículas que nos acompanham desde o nascimento do Universo.

O retorno ao centro da Terra como simbolização do que une e aparta é feito através do longo travelling que se inicia numa fumarola gelada do Monte Erebus e se prolonga na beleza de deslumbre sublime do cenário natural subterrâneo.

Herzog potencia estes momentos derradeiros de visualização do filme, agregando-lhes canto de mulheres de um coro ortodoxo russo e a voz um baixo uma oitava abaixo.

A Antárctida de Werner Herzog apresenta-se como lugar de encontro entre pessoas que desencontradas de si ou do mundo descobriram no continente branco nova razão de existir. O mapa da Antárctida onde a base americana de McMurdo representa um mero ponto espacial onde se produz ciência devolve-nos a natureza “suja” que persegue por boas causas a natureza “limpa”. A Antárctida que cada um de nós traz dentro de si é aquela que o filme desmistifica. Mas essa desmistificação ajuda-nos a aprofundar o que somos, o que fazemos ou não fazemos e aquilo que nos perturba sempre: o que antecede o nosso encontro com a morte. O que de magnificente o mundo tem existe em nós e por nós.

As últimas palavras de Encounters… recuperam um anterior testemunho em que nos é dito que uma viagem começa nas histórias que ouvimos contar, como aquilo de que fala a Odisseia, aquilo que fundamenta a relação do mito com a realidade. É assim que Encounters… se despede de nós, com um pensamento do filósofo americano Alan Watts citado no gélido ar antárctico pela boca de Pashov, um dos entrevistados de Herzog: «(…) é através dos nossos olhos que o Universo se apercebe de si mesmo, e é através dos nossos ouvidos que ele escuta a sua harmonia cósmica, e nós somos as testemunhas através das quais o Universo adquire consciência da sua glória e da sua magnificência.»

 

Terminámos o nosso trabalho programático de semestre com o meu relato de viagem à Antárctida em 2010.

 

DVD em visionamento concluído:

HERZOG, Werner, 2007/2009, Encounters At the End of the World, documentário, 97 min., em inglês com opção de legendas em português + making of em inglês

MENDES, Anabela, Arquivo fotográfico.

 


Muito do que ao frio se deve

25 Maio 2017, 16:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Aula de 25 de Maio

1 Recapitulação da aula anterior: as diversas versões do filme de Herbert Ponting, com destaque para as duas últimas: The Great White Silence e 90º South. Projecção de um excerto de 90º South. Análise de passos do poema “Tentative de evasion”, de Jean Cocteau, sobre “Scott et ses amis” e o “film surnaturel” de Ponting.

2 “Cinema de atracções” (Tom Gunning): projecção de alguns dos primeiros filmes realizados pelos irmãos Lumière. O cinema como prolongamento da fotografia e como duplo mimético do real visível. A crítica de Máximo Górki e o cinema como “reino de sombras”. Projecção de um filme de Georges Méliès: o cinema como transformação da realidade, magia e ficção.

3 Actualités: actualités como uma forma de jornalismo visual. Apelo universal e manipulação das massas. Projecção da actualité “Partida de Titanic”. Cinema, a viagem do Titanic e a viagem de R. F. Scott: imagens que deveriam ilustrar uma vitória, mas que documentariam um fracasso. Projecção de “Electrocussão de um elefante”, de Thomas Edison. O sensacionalismo das imagens de morte.

4 Filme etnográfico: a instrumentalização do cinema pelas ciências sociais, e em particular pela antropologia. Função didáctica e entretenimento. A exploração oportunista do filme etnográfico por não cientistas. Projecção de um excerto de Nanook of the North (1922), de Robert Flaherty. Etnografia de salvaguarda. Verdade, representação, realidade e encenação.

5 Travelogues: viajar através dos filmes. O cinema como substituto da viagem.

6 Filme de expedição: Coincidência da época áurea das expedições polares e do advento do cinematógrafo. Projecção de South (1919), de Frank Hurley, sobre Ernest Shackleton e a sua Expedição Transartártica Imperial (1914-1917). Projecção de filmagens feitas por Roald Amundsen durante a expedição em que se tornou no primeiro homem a pisar o Pólo Sul.

7 Considerações finais: o cinema como instrumento de revelação, sublimação e compreensão da realidade. O cinema como Arquivo.

8 Conclusão: projecção de On Ice (1935), filme de animação. O gelo, a neve e o frio como elementos simultaneamente proporcionadores de lazer e de perigo, de prazer e de sofrimento.

 


The Great White Silence - A caminho do polo sul

23 Maio 2017, 16:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Aula de 23 de Maio

Visionamento e comentário do filme The Great White Silence (1924), de Herbert Ponting.

Contextualização histórica: Robert Falcon Scott, Herbert Ponting, a corrida ao Pólo Sul, a Expedição Terra Nova (1910-1913), a vitória de Roald Amundsen e a morte de Falcon Scott.

Introdução de alguns elementos de discussão: relações entre cinema e realidade; cinema documental e filmes de expedição; cinema e História; tensões entre texto e imagem (dimensões discursiva e icónica); a construção de Falcon Scott como herói e mártir; cinema e morte.