Sumários

O cinema experimental de Humberto Mauro

13 Outubro 2020, 15:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

O ciclo nacionalista e de adaptações literárias. O domínio da produção norte-americana e a queda violenta da produção de filmes brasileiros.

Mário de Andrade e a crítica ao cinema brasileiro. Análise do artigo de Mário de Andrade: o problema da importação de formas cinematográficas e de um certo convencionalismo cosmopolita dos gestos.

O filme Limite de Mário Peixoto e o cinema experimental: o estetismo subjetivo e experimental.

A modernidade de Ganga bruta de Humberto Mauro: a intencionalidade de planos, o tom trágico e os ecos freudianos, a montagem vivencial.

Ganga bruta e o cinema de ‘mise-en-scène’: a direção da câmara através da intuição, a conceção não tiránica da montagem e o ritmo interior da montagem.

Breve análise do retrato da identidade nacional e da visão crítica da sociedade brasileira: o contraste entre progresso material urbano e o subjacente atraso social (7.00-8.06 /11.30-12.32 /16.22-17.40)


Link do filme:

https://www.youtube.com/watch?v=-UHfXmVt1Jk&t=1318s

Bibliografia:

ARAÚJO, Vicente de Paula (1976): A Bela Época do cinema brasileiro (São Paulo: Editora Perspetiva).

GOMES, Paulo Emílio Salles (1974): Humberto Mauro, Cataguases, Cinearte (São Paulo: Perspectiva).

PEREIRA, Flávia Lago de Jesus (2010): “Cinema à moda brasileira: Ganga bruta e a questão da identidade nacional” in O olho da História, nº 14 in

http://oolhodahistoria.org/n14/artigos/flavia.pdf


Uma fase áurea do cinema brasileiro

9 Outubro 2020, 15:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Leitura e breve comentário da crónica “Moléstia da época” de Olavo Bilac sobre a importância do cinema na cidade do Rio de Janeiro: o público urbano, a visão do mundo e o cosmopolitismo, o olhar eufórico sobre o cinema, entendido como símbolo da modernidade. Os filmes estrangeiros e o sentimento de cosmopolitismo: a proximidade do mundo através de filmes que apresentam viagens ou a volta ao mundo.

O cinema e a Belle époque no Brasil: alegria, divertimento e  modernização. O importante papel do cinematógrafo no processo de modernização e de criação de uma imagem do Rio de Janeiro (metonímia do Brasil) baseada na ideia de progresso.

Comentário das imagens de “Corrida de São Gonçalo em 1909”: a modernidade e a máquina.

O impulso do ‘cinema falante’ e dos filmes ‘posados’. O sucesso de Os estranguladores de Antônio Leal: o sensacionalismo e a espectacularidade da violência.

A primeira comédia brasileira: o tipo rural vs. a modernidade urbana.

Os filmes ‘cantados’: a sátira política presente no filme “Paz e amor”.

O ciclo nacionalista e de adaptações literárias. O domínio da produção norte-americana e a queda violenta da produção de filmes brasileiros.

 

Bibliografia:

AA.VV. (2004): Documentário no Brasil – Tradição e transformação. Francisco Elinaldo Teixeira (org.) (Suumus Editorial: São Paulo).

ARAÚJO, Vicente de Paula (1976): A Bela Época do cinema brasileiro (São Paulo: Editora Perspetiva).


Os primeiros filmes de ficção no Brasil

6 Outubro 2020, 16:30 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

A imagem do Brasil na Cultura Brasileira do século XIX. O nacionalismo cultural e artístico estabelecido pelo cânone romântico. A compreensão da literatura (e, posteriormente, do cinema) como instrumento de reflexão e de representação do país.

O cinema e a Belle époque no Brasil: alegria, divertimento e  modernização. O importante papel do cinematógrafo no processo de modernização e de criação de uma imagem do Rio de Janeiro (metonímia do Brasil) baseada na ideia de progresso.

O cinema e o fenómeno da ‘francofilia’ (Pierre Bordieu): um divertimento ligado à cultura ‘civilizada’ de inspiração europeia.


Bibliografia:

AA.VV. (2004): Documentário no Brasil – Tradição e transformação. Francisco Elinaldo Teixeira (org.) (Suumus Editorial: São Paulo).

ARAÚJO, Vicente de Paula (1976): A Bela Época do cinema brasileiro (São Paulo: Editora Perspetiva).


Os primeiros filmes de ficção no Brasil

6 Outubro 2020, 15:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

A imagem do Brasil na Cultura Brasileira do século XIX. O nacionalismo cultural e artístico estabelecido pelo cânone romântico. A compreensão da literatura (e, posteriormente, do cinema) como instrumento de reflexão e de representação do país.

O cinema e a Belle époque no Brasil: alegria, divertimento e  modernização. O importante papel do cinematógrafo no processo de modernização e de criação de uma imagem do Rio de Janeiro (metonímia do Brasil) baseada na ideia de progresso.

O cinema e o fenómeno da ‘francofilia’ (Pierre Bordieu): um divertimento ligado à cultura ‘civilizada’ de inspiração europeia.


Bibliografia:

AA.VV. (2004): Documentário no Brasil – Tradição e transformação. Francisco Elinaldo Teixeira (org.) (Suumus Editorial: São Paulo).

ARAÚJO, Vicente de Paula (1976): A Bela Época do cinema brasileiro (São Paulo: Editora Perspetiva).



Apresentação do programa e dos conteúdos programáticos da disciplina

2 Outubro 2020, 15:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Objectivos:

Esta unidade curricular visa familiarizar os estudantes com a metalinguagem, os instrumentos conceituais, metodológicos e analíticos adequados ao estudo crítico do texto fílmico.

Igualmente, pretende-se desenvolver nos alunos a capacidade de produção, aplicada ao estudo do cinema brasileiro, de discursos analíticos e/ou críticos, a nível escrito e oral.

Pretende-se, finalmente, a aquisição de uma visão de conjunto do cinema brasileiro dos séculos XX e XXI.     

Conteúdos programáticos:

O programa pretende determinar um percurso aprofundado e uma reavaliação e revisão do cinema brasileiro dos séculos XX e XXI, a partir da reflexão a respeito de diversos movimentos e períodos fundamentais: o advento do cinema e os primeiros filmes de ficção; o cinema das décadas de 1930 a 1950 e a intervenção do Estado; as décadas de 1960 a 1980, marcadas pelo Cinema Novo, o Cinema Independente, o Cinema Indústria e o Cinema Marginal; o chamado "Cinema da Retomada", criado a partir de 1990.

Igualmente, a disciplina pretende apresentar uma introdução geral aos problemas e relações interartísticas, nomeadamente, as relações entre o cinema e a literatura.

Metodologias de ensino (avaliação incluída):

Esta unidade curricular parte de uma perspetiva interdisciplinar e utiliza uma metodologia eclética. Segue-se um modelo mais dialógico que expositivo, privilegiando-se, por isso, a participação oral informada. Os estudantes são estimulados a fazerem a sua própria pesquisa a propósito dos diferentes tópicos estudados, colocando em aula os seus resultados.

Segundo os critérios indicados no Regulamento Geral de Avaliação, aplica-se o regime de avaliação contínua. Dentro destas coordenadas, a organização das aulas é teórico-prática. A avaliação será realizada a partir de quatro elementos obrigatórios: assiduidade e participação (10%), breves trabalhos individuais e escritos (20%), uma primeira prova escrita e presencial (30%) e uma prova final, escrita e presencial (40%).

O tema do trabalho individual e escrito (5 páginas, Times New Roman, espaçamento 1,5) deve ser escolhido entre as propostas disponibilizadas no Moodle ou acordado entre o/a aluno/a e a professora. Data de entrega do trabalho: 21 de dezembro.

A primeira prova escrita e presencial foi marcada para o dia 10 de novembro e a prova final, escrita e presencial para o dia 15 de dezembro.

Bibliografia:

BORDWELL, David (2008): Narration in the fiction film (London: Routledge).

JOHNSON, Randal e STAM, Robert (Org.) (1995): Brazilian cinema (New York: Columbia University).

NAGIB, Lúcia (Org.) (2002): O Cinema da Retomada – Depoimentos de 90 cineastas dos anos 90 (São Paulo: Editora 34).

NAGIB, Lúcia (2006): A utopia no cinema brasileiro: matrizes, nostalgia, distopias (São Paulo: Cosacnaify).

ROCHA, Glauber de Andrade (1981): Revolução do Cinema Novo (Rio de Janeiro: Alhambra).

STAM, Robert (2007): Film theory: an introduction (Malden: Blackwell).

STAM, Robert (1997): Tropical multiculturalism: a comparative history of race in brazilian cinema and culture (Durham: Duke University Press).

VIANY, Alex (1959): Introdução ao cinema brasileiro (Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro).

Será fornecida (na Plataforma Moodle) aos alunos uma pequena antologia de textos críticos e ensaísticos destinada a ilustrar e problematizar as questões teóricas estudadas

 

Horário de atendimento aos alunos:

Acompanhamento por e-mail. Sessões de atendimento/acompanhamento online em horário fixo – todas as sextas-feiras das 13.30 às 14.30h. (sujeita a marcação prévia) – ou marcadas individualmente com os alunos.


Observações:

Os estudantes-trabalhadores e quaisquer outros que, por uma razão justificada e devidamente documentada, não possam assistir regularmente às aulas deverão contactar a professora durante a primeira ou a segunda semana de aulas para planificação conjunta das actividades a desenvolver e do acompanhamento necessário.

O número de alunos inscritos pode levar a pequenas modificações do programa.