Sumários

O cinema brasileiro 1970-1990

27 Novembro 2020, 15:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

A continuidade e a descontinuidade da imagem marítima no filme Terra em transe: o retrato grotesco do momento social e político no Brasil da ditadura. As reflexões cinemanovistas sobre a ditadura e a função do intelectual na nova situação social.

Os ‘anos de chumbo’ da ditadura brasilera. O Cinema Marginal e a notável irreverência da nova geração de cineastas.

As possíveis relações entre o Cinema Novo e o Cinema Marginal.

Caraterísticas estéticas e temáticas distintivas do Cinema Marginal: o grotesco, a animalização e o humor presentes no retrato da violência, da obscenidade e do aberrante.


Década de 1980: a emergência dos Estudos Culturais e o interesse pelas peculiaridades locais. As expressões ‘periféricas’ no cinema: o cinema na Ásia. O novo cinema na Ásia (Japão, Taiwan, China:): um cinema fortemente narrativo e empenhado na recuperação da História nacional.

Década de 1990: a ‘retomada’ do cinema na América Latina (Argentina, México e Brasil). As expressões multiculturais, a cor local e os géneros consagrados.

O percurso cinematográfico de Walter Salles, cineasta intelectualizado. A imagem do mar glauberiana nos filmes de Salles: Terra estrangeira, O primeiro dia  e Abril despedaçado.

Os diversos retratos do sertão nos filmes da retomada: a originalidade e o aggiornamento da memória nordestina no filme O baile perfumado; a dimensão espetacular do filme Canudos ou a experimentalismo do olhar antropológico no filme Crede-mi.

A permanência dos territórios de exclusão: os filmes sobre os problemas do Brasil urbano. Três exemplos paradigmáticos: Cidade de Deus, Orfeu e O invasor.


Bibliografia:

AA.VV. (1995): Brazilian Cinema. JOHNSON, Randal & STAM, Robert (editors) (New York: Columbia University Press).

BERNARDET, Jean-Claude (2003): Cineastas e imagens do povo (São Paulo: Companhia das Letras).

MALAFAIA, Wolney Vianna (2012): Imagens do Brasil: O cinema Novo e as metamorfoses da identidade nacional [Tese de Doutorado em História, Política e Bens Cuturais apresentada ao Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil]:

http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/10244

NAGIB, Lúcia (Org.) (2002): O Cinema da Retomada – Depoimentos de 90 cineastas dos anos 90 (São Paulo: Editora 34).



As matrizes estéticas do final aberto de Deus e o diabo na terra do sol

24 Novembro 2020, 16:30 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

A solução introduzida pela montagem: o abandono do herói num corte brusco em Deus e o diabo na terra do sol e a transformação do sertão em mar através da interferência do montador

As matrizes estéticas do final aberto de Deus e o diabo na terra do sol. A ligação conceitual à História do Brasil da imagem do mar glauberiana e a ligação estética a um modelo estrangeiro. A sequência final de Os incompreendidos de François Truffaut, marco inaugural da Nouvelle vague: análise comparativa da corrida de Antoine Doinel e de Manuel. As diferenças e os traços comuns, por exemplo, a corrida do protagonista em direção ao mar utópico ou a utilização do plano-sequência. A citação da ‘escadaria de Odessa’ de O encouraçado Potemkin.

 

Bibliografia:

AA.VV. (1995): Brazilian Cinema. JOHNSON, Randal & STAM, Robert (editors) (New York: Columbia University Press).

NAGIB, Lúcia (2006): A utopia no cinema brasileiro: matrizes, nostalgia, distopia (São Paulo: Cosacnaify).



As matrizes estéticas do final aberto de Deus e o diabo na terra do sol

24 Novembro 2020, 15:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

A solução introduzida pela montagem: o abandono do herói num corte brusco em Deus e o diabo na terra do sol e a transformação do sertão em mar através da interferência do montador

As matrizes estéticas do final aberto de Deus e o diabo na terra do sol. A ligação conceitual à História do Brasil da imagem do mar glauberiana e a ligação estética a um modelo estrangeiro. A sequência final de Os incompreendidos de François Truffaut, marco inaugural da Nouvelle vague: análise comparativa da corrida de Antoine Doinel e de Manuel. As diferenças e os traços comuns, por exemplo, a corrida do protagonista em direção ao mar utópico ou a utilização do plano-sequência. A citação da ‘escadaria de Odessa’ de O encouraçado Potemkin.

 

Bibliografia:

AA.VV. (1995): Brazilian Cinema. JOHNSON, Randal & STAM, Robert (editors) (New York: Columbia University Press).

NAGIB, Lúcia (2006): A utopia no cinema brasileiro: matrizes, nostalgia, distopia (São Paulo: Cosacnaify).



A genealogia do mar glauberiana

20 Novembro 2020, 15:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

A figuração utópica e as profecias de Antônio Conselheiro.

A ligação mar/ilha: o imaginário original brasileiro e as lendas do Novo Mundo. A Utopia de More. A dialética entre o projeto prático/irrealizável da Utopia no filme glauberiano. A negação e a afirmação paradoxal do Éden em Deus e o diabo na terra do sol.

O desfecho do filme e os seus significados. A dimensão lendária e dialética do filme: o grande duelo, a representação não-realista e a mediação da literatura de cordel na mise-en-scène. A negação dos códigos do cinema industrial.

A desmistificação da metafísica de Deus e o diabo no desfecho do filme. A noção metafísica de destino, a noção secular e humanista da História e o final aberto do filme. A ausência de um modelo de acção típico dos filmes políticos com propósitos pedagógicos.

 

BIBLIOGRAFIA:

MALAFAIA, Wolney Vianna (2012): Imagens do Brasil: O cinema Novo e as metamorfoses da identidade nacional [Tese de Doutorado em História, Política e Bens Cuturais apresentada ao Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil]:

http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/10244



Utopia e perspetiva revolucionária

17 Novembro 2020, 16:30 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

O objetivo fundamental no filme: a organização dialética da diegese. Os momentos de quebra e a convergência de forças externas e ações humanas na criação de uma mudança que projeta os protagonistas numa nova fase de vida e num novo ‘sistema de revolta’. A projeção do cego Julião na ficção.

A terceira fase do filme: a fase do ‘cangaço’. Os ‘equívocos’ na trajetória de Manuel: a negação da vaga metafísica na diegese e a gradativa descida do voo messiânico (o retorno ao pragmatismo de Rosa).  O subtil deslocamento de Manuel e Rosa dos eventos centrais: o protagonismo no desfecho do duelo entre Antônio e Corisco. A libertação de Sebastião e Corisco em favor da imediatez.

O tema central: a perspetiva revolucionária e a utopia. As matrizes da metáfora central do filme: a imagem marítima glauberiana. A combinação do paraíso sonhado pelos descobridores e as crença milenaristas populares para propor a revolução.


BIBLIOGRAFIA:

MALAFAIA, Wolney Vianna (2012): Imagens do Brasil: O cinema Novo e as metamorfoses da identidade nacional [Tese de Doutorado em História, Política e Bens Cuturais apresentada ao Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil]:

http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/10244