Sumários
A Semântica como Filosofia Primeira - 7: Monismo Semântico Radical - o Tractatus Logico-Philosophicus de Wittgenstein - 3
6 Novembro 2018, 12:00 • António José Teiga Zilhão
O Paradoxo de Lewis Carroll acerca da fundamentação da dedução. A solução apresentada por Bertrand Russell para o mesmo: as leis lógicas seriam as leis mais gerais de uma realidade autónoma, a qual seria cognoscível através de um género específico de auto-evidência intuitiva. Crítica de Wittgenstein no Tractatus Logico-philosophicus ao preconceito proposicionalista subjacente a esta proposta de solução e sua defesa do carácter não representativo das constantes lógicas. A Lógica concebida no T.L.-P. como exibição da estrutura imanente à linguagem. Importância da distinção entre "dizer" e "mostrar" - a estrutura lógica mostrar-se-ia no simbolismo lógico correctamente construído; não poderia nem deveria ser, ela própria, objecto de um tratamento proposicional autónomo, sob pena de se gerarem absurdos metafísicos. Os problemas filosóficos tradicionais como absurdos deste género. A Semântica como Filosofia Primeira.
A Semântica como Filosofia Primeira - 6: Monismo Semântico Radical - o Tractatus Logico-Philosophicus de Wittgenstein - 2
2 Novembro 2018, 12:00 • António José Teiga Zilhão
O Axioma V dos Grundgesetze der Arithmetik de Frege. Paradoxo de Russell acerca de classes: apresentação e construção. Discussão: o Axioma V dá origem a uma contradição. Solução proposta por Russell para o paradoxo: a Teoria dos Tipos. Caracterização breve da mesma. O Paradoxo de Grelling como variante semântica do Paradoxo de Russell. Recusa de Wittgenstein em aceitar uma qualquer variante semântica da Teoria dos Tipos como modo de solucionar o Paradoxo de Grelling, dada a sua manifesta artificialidade e carácter ad hoc. Solução alternativa proposta por Wittgenstein no Tractatus Logico-Philosophicus: os objectos teriam formas com valências combinatórias próprias; um simbolismo adequado representá-las-ia sem ambiguidade e excluiria automaticamente a possibilidade de se construírem expressões aparentemente com sentido que violassem a forma lógica subjacente.
Gestão da avaliação - II
30 Outubro 2018, 12:00 • António José Teiga Zilhão
Atribuição e definição dos tópicos e dos títulos dos ensaios escritos finais.
A Semântica como Filosofia Primeira - 5: Monismo Semântico Radical - o Tractatus Logico-Philosophicus de Wittgenstein - 1
26 Outubro 2018, 12:00 • António José Teiga Zilhão
O Tractatus Logico-Philosophicus de Ludwig Wittgenstein - introdução geral à obra e ao autor. O monismo semântico radical contido no Tractatus: 1) Rejeição reducionista da distinção conceito (insaturado)/objecto (saturado) de Frege por ser ainda reminiscente da distinção aristotélica sujeito/predicado; 2) Linguagem e Mundo: proposições complexas, proposições elementares, nomes, factos, estados de coisas e objectos. Mundo como totalidade dos factos; factos como concatenações de estados de coisas; estados de coisas como concatenações de objectos. Proposições complexas como concatenações de proposições elementares; proposições elementares como concatenações de nomes; nomes como representantes linguísticos dos objectos. 3) Os objectos do Tractatus como os elementos últimos obtidos na análise semântica. 4) Noção de forma de um objecto e sua remissão para a existência de uma diversidade de formas objectuais possuidoras de distintas valências combinatórias.
A Semântica como Filosofia Primeira - 4: O Holismo Semântico de Frege
25 Outubro 2018, 12:00 • António José Teiga Zilhão
A importância de se ter presente que a perspectiva semântica de Frege é holista, i.e., que o entendimento do conteúdo judicativo tem precedência sobre a sua decomposição em partes. Demonstração de como o atomismo semântico precedente não dispõe nem dos recursos necessários para mostrar como se constitui o sentido de frases com sentido da linguagem natural que, à luz dos seus princípios, deveriam ser sem sentido, nem dispõe dos recursos necessários para mostrar o sem sentido de frases e argumentos sem sentido que, à luz dos seus princípios, deveriam ter sentido. A concepção fregeana da valência lógica dos constituintes do juízo e a hierarquia semântica dela decorrente. Identificação de argumentos célebres da tradição filosófica (Argumento ontológico, Cogito cartesiano) como argumentos que resultam de violações das regras da valência lógica e da hierarquia semântica por elas determinada. A importância conceptual da construção de um simbolismo por meio do qual a valência lógica dos constituintes do juízo se revele directamente sem a mediação da linguagem natural. Demonstração da impossibilidade de construir num tal simbolismo as frases e argumentos sem sentido da tradição filosófica e exposição no mesmo do sentido daquelas frases com sentido que, à luz da tradição atomista, deveriam ser consideradas sem sentido.