Sumários

Natureza do Juízo Declarativo - 9: Crítica de Frege à Teoria kantiana do Juízo - 2 (Juízo e Conceito)

11 Outubro 2018, 12:00 António José Teiga Zilhão

Juízo e Conceito: A. Crítica de Frege à noção tradicional de conceito, nomeadamente, ao modo como ela se apresenta em Kant e Husserl : i) crítica à teoria abstraccionista; ii) pobreza e inadequação da noção tradicional de conceitos como "representações gerais" dotadas de "referência múltipla". B. Visão positiva de Frege: i) holismo: a primazia do conteúdo judicativo sobre os seus constituintes; ii) conceitos como funções não numéricas; iii) extracção dos conceitos a partir do conteúdo judicativo; iv) extensão de um conceito como a classe à qual pertencem todos os argumentos que tornam a saturação da expressão funcional que o refere numa frase verdadeira. 


Natureza do Juízo Declarativo - 8: Crítica de Frege à Teoria Kantiana do Juízo - 1 (Juízos aritméticos como juízos analíticos)

9 Outubro 2018, 12:00 António José Teiga Zilhão

Crítica de Frege à definição kantiana de juízo analítico e sua redefinição do conceito de analiticidade em termos de verdade lógica. Crítica de Frege à tese de que o estabelecimento da verdade dos juízos aritméticos necessitaria do recurso a quaisquer intuições (puras, como em Kant, ou empíricas, como em Stuart Mill) e, portanto, à tese de que tais juízos seriam sintéticos. A tese logicista de Frege: os juízos aritméticos seriam analíticos (no sentido de 'analítico' por ele redefinido). Os três grandes desafios que a tese logicista de Frege teve que enfrentar: i) como demonstrar que todas as proposições da aritmética são demonstráveis por métodos puramente lógicos? ii) como definir o conceito de número recorrendo apenas a princípios lógicos? e iii) como derivar o princípio da indução matemática das leis mais gerais da Lógica? Defesa por Frege da correcção da concepção kantiana de que os juízos da Geometria euclidiana seriam verdades sintéticas a priori. 


Natureza do Juízo Declarativo - 7: Teoria da Representação de Bolzano - II

4 Outubro 2018, 12:00 António José Teiga Zilhão

Consequências da Teoria da Representação de Bolzano: I. 1. Tese de que a análise conceptual constituiria um importante mecanismo cognitivo cuja finalidade seria alcançar um alinhamento correcto entre as representações subjectivas dos sujeitos e as representações objectivas correspondentes; 2. Tese de que o conhecimento gerado numa tal análise seria substancial. II. Redefinição da noção de analiticidade à luz da nova teoria de representação: 1. Tese de que o termo 'analítico' deveria ser redefinido em termos da noção de validade geral; 2. Tese de que um juízo seria geralmente válido se e só se, considerada uma divisão do mesmo numa parte invariável e em partes variáveis, estas últimas pudessem ser substituídas salva veritate por quaisquer outras (desde que gramaticalmente legítimas), i.e., o domínio das verdades analíticas seria co-extenso com o domínio das verdades lógicas; 3. Tese de que o aspecto distintivo das verdades analíticas seria o de que (contra Kant) elas não procederiam a qualquer análise dos conceitos (não lógicos) nelas envolvidos ; 4. Tese de que a maioria do nosso conhecimento conceptual não seria analítico (no sentido Bolzaniano do termo) nem sintético (no sentido kantiano do termo). 5. Tese de que a aquisição deste género de conhecimento constituiria o objectivo principal do trabalho filosófico. 


Natureza do Juízo Declarativo - 6: Teoria da Representação de Bolzano - I

2 Outubro 2018, 12:00 António José Teiga Zilhão

Apresentação de alguns aspectos essenciais da vida e da obra de Bernhard Bolzano (1781-1848). A Teoria da Representação de Bolzano, tal como se encontra expressa na Wissenschaftslehre (1837). 1. Aspectos em que a teoria de Bolzano coincide com Kant: i) todo o conhecimento consiste em representações; ii) todas as representações são, em última análise, recondutíveis a intuições e conceitos. 2. Crítica de Bolzano à versão kantiana da tese de que a a representação se deixaria reconduzir à referência e de que a referência se deixaria reconduzir à isomorfia: i) é claramente falso que as partes de uma representação que refere legitimamente tenham que ser as mesmas que as partes do seu objecto; ii) é esta doutrina insustentável que se encontra subjacente à demonstração kantiana de que o espaço não poderia ser um conceito. 3. A inovação essencial introduzida por Bolzano: a distinção entre os conceitos de representação subjectiva, representação objectiva e objecto da representação e a exposição das relações que existiriam entre eles. 4. Reformulação por Bolzano, à luz da sua nova teoria da representação, da tese kantiana da recondução da referência à isomorfia: para que a representação subjectiva refira ela tem que ser isomórfica com a representação objectiva correspondente (mas nenhuma delas tem que ser isomórfica com o objecto da representação) .   


Natureza do Juízo declarativo - 5: O Problema da Intuição Pura

28 Setembro 2018, 12:00 António José Teiga Zilhão

A tese kantiana de que a intuição pura constituiria o fundamento para o conhecimento a priori obtido por meio dos juízos sintéticos da Aritmética e da Geometria. A ambiguidade do texto kantiano a respeito da ideia de intuição pura: análise de diferentes excertos da Crítica Razão Pura que sustentam este diagnóstico de ambiguidade. Interpretações possíveis da ideia de intuição pura tal como Kant a ela se refere: a interpretação platonista, a interpretação construtivista e a interpretação estruturalista.