Sumários

Periodização, fontes e métodos para o estudo da Grécia Antiga. Ciências auxiliares e interdisciplinaridade

14 Setembro 2023, 17:00 Joana de Jesus Mira Pinto Salvador da Costa


Periodização, fontes e métodos para o estudo da Grécia Antiga. Ciências auxiliares e interdisciplinaridade

A Idade do Bronze no Mediterrâneo Oriental (3000-1500 a.C.): breve síntese.

14 Setembro 2023, 11:00 Rodrigo Furtado


          I.         O Mediterrâneo: o mar no centro da Terra

Uma imagem com texto, mapa, atlas

Descrição gerada automaticamente

 

1.      Um mar muito recortado: dinamismo, comunicação, viagem de pessoas, bens e ideias. Conectividade.

Penínsulas

Mares

Rios

Ilhas

Estreitos/Istmos

Cidades

Regiões

a.     Ibérica;

b.     Itálica;

c.     Balcãs;

d.     Peloponeso;

e.     Ásia Menor/

Anatólia;

f.      Crimeia;

g.     Sinai.

 

a.      Egeu;

b.      Negro;

c.      Mármara;

d.      Tirreno;

e.      Adriático;

f.       Jónio;

g.      Vermelho;

h.      Cáspio;

i.       Morto;

j.       Oceano Atlântico;

k.      Oceano Índico;

l.       Golfo Pérsico.

a.      Nilo;

b.      Tigre;

c.      Eufrates;

d.      Orontes;

e.      Dnister;

f.       Dnipro;

g.      Don;

h.      Danúbio;

i.       Reno;

j.       Tibre;

k.      Pó;

l.       Ródano;

m.     Garonne

n.      Ebro;

o.      Guadalquivir;

p.      Guadiana;

q.      Tejo.

 

a.   Chipre;

b.   Creta;

c.   Rodes;

d.   Eubeia;

e.   Cíclades (arquipélago)

f.    Espórades

(arquipélago);

g.   Sicília;

h.   Sardenha;

i.    Córsega;

j.    Íschia;

k.   Baleares (arquipélago).

 

a.      Dardanelos;

b.      Bósforo;

c.      Istmo de Corinto;

d.      Gibraltar.

 

a.      Micenas;

b.      Tróia/

Hissarlik;

c.      Atenas;

d.      Esparta;

e.      Tebas;

f.       Corinto;

g.      Argos;

h.      Pela;

i.       Bizâncio;

j.       Pérgamo;

k.      Éfeso;

l.       Antioquia na Síria;

m.     Babilónia;

n.      Jerusalém;

o.      Alexandria no Egipto;

p.      Cirene;

q.      Cartago;

r.      Siracusa;

s.      Roma;

t.       Nápoles;

u.      Tarento;

v.      Marselha;

w.     Ampúrias;

x.      Cádiz;

y.      Sevilha;

z.      Mérida.

a.  Hispânia;

b.  Gália;

c.  Itália;

d.  Ilíria;

e.  Grécia;

f.   Ática;

g.  Lacónia;

h.  Beócia;

i.   Macedónia

j.   Trácia;

k.  Ponto;

l.   Síria;

m. Fenícia;

n.  Palestina;

o.  Egipto.

 

        II.         Áreas culturais e vias de comunicação da Idade do Bronze (ca. 3000-1500 a.C.):

Uma imagem com mapa, texto, atlas

Descrição gerada automaticamente

B. Cunliffe (2008), Europe between the oceans. 9000 BC-AD 1000, New Haven, London, 181.

 

Uma imagem com texto, mapa, atlas

Descrição gerada automaticamente

B. Cunliffe (2008), Europe between the oceans. 9000 BC-AD 1000, New Haven, London, 184.

1.      O Crescente Fértil:

1.1.  Os centros de inovação política e material.

a.      Egipto faraónico;

b.     Síria-Mesopotâmia: Suméria e Babilónia;

c.      Anatólia: os Hititas.

1.2   Hierarquização social.

a.      Capacidade económica: o domínio dos meios de produção;

b.     Recursos humanos: o controlo da força de trabalho; as necessidades de mão-de-obra; tipos de mão-de-obra; a divisão social do trabalho;

c.      Controlo forçado da violência interna; capacidade de imposição social – segurança; aceitação do poder; aceitação da lei;

d.     O desenvolvimento da fiscalidade;

e.      Burocracia e administração: capacidade de controlar uma máquina. Os “funcionários”;

f.       Legitimação: religiosa; dinástica; simbólica-artística. O domínio das narrativas de poder;

g.      O comércio a longa distância.

h.     A necessidade de mais recursos e de mais mão-de-obra: expansão militar; discursos de legitimação.

i.       O que permite um Império?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2.      O Egeu (2700-1500 a.C.).

2.1   Um mundo a fervilhar de dinamismo e comunicação (2700-2200 a.C.).

a.      Cíclades: prosperidade ligada ao comércio; as dificuldades da geografia para a unificação política;

b.     Hissarlik/Tróia: o controlo dos Dardanelos; a ligação com o Império Hitita. Tróia II (2550-2300 a.C.).

2.2   A autonomização cretense (2200-1500 a.C.).

a.      A introdução do “navio de casco profundo” (deep hulled sailing ship) fenício e a possibilidade de comércio a longa distância.

b.     A autonomização do comércio cretense e o colapso do controlo do comércio cicládico.

c.      Quais as vantagens de Creta?

Uma imagem com texto, mapa, atlas, captura de ecrã

Descrição gerada automaticamente

B. Curnliffe (2008), Europe between the oceans. 9000 BC-AD 1000, New Haven, London, 187.

 

 

d.      A descoberta de Cnosso (em 1900 por Arthur Evans) e da civilização “minóica”.

- cidades;

- palácios e centralidade;

- burocracia e centralização;

- armazenamento; distribuição;

- Linear A;

- Exportações: Egeu; Ásia Menor; Egipto;

        vinho; azeite; óleos

- Importações: Oriente; Rússia; Egeu; Egipto;

                                cobre; lapis lazuli; prata; pedra; ouro; marfim.

e.      Modelos: Crescente Fértil.

f.       Creta como um estado pequeno, periférico ou semi-periférico (se pensarmos na Grécia continental como periférica). O que falta a Creta para ser um grande estado territorial?

g.      A destruição do domínio cretense ca. 1500 a.C.: um ataque externo.

Rodrigo Furtado

Bibliografia Sumária:

Cherry, J. F. (1986), ‘Polities and palaces: some problems in Minoan state-formation’, Peer polity interaction and socio-political change, Cambridge, 19-45.

Cline, E. H., ed. (2010), The Oxford Handbook of the Bronze Age Aegean, Oxford.

Cunliffe, B. (2008), Europe between the oceans. 9000 BC-AD 1000, New Haven, London, 179-195.

Broodbank, C. (2000), An island archaeology of the early Ciclades, Cambridge.

Grove, A. T., Rackham, O. (2001), The nature of Mediterranean Europe: an ecological history, New Haven, London.

Matthews, R. (2005), ‘The rise of civilization in Southwest Asia’, The human past: World Prehistory and the development of human societies, London.

Parkinson, W.A., Galaty, M. L. (2007), ‘Secondary states in perspective: an integrated approach to state formation in the Prehistoric Aegean’, American Antrhopologist 109, 113-129.

Shelmerdine, C. W., ed. (2008), The Cambdrige companion to the Aegean Bronze Age, Cambridge.

Wardle, K. A. (1997), ‘The palace civilizations of Minoan Crete and Mycenaean Greece, 2000-1200 BC’, Prehistoric Europe: an illustrated history, Oxford, 202-243.

Apresentação

12 Setembro 2023, 17:00 Joana de Jesus Mira Pinto Salvador da Costa


Apresentação do programa, da  metodologia e da bibliografia geral da cadeira.


Leitura de obras obrigatórias, para a unidade curricular:
HOMERO, Ilíada, trad. F. Lourenço. 
HOMERO, Odisseia, trad. F. Lourenço.  

Avaliação:
‐ 1ª prova escrita presencial (40%): 31 de Outubro de 2023
‐ 2ª prova escrita presencial (50%): 14 de Dezembro de 2023 
‐ Assiduidade e participação activa nos debates e nas discussões em aula, a partir da preparação e apresentação de leituras seleccionadas (10%).  

Apresentação. Programa. Avaliação.

12 Setembro 2023, 11:00 Rodrigo Furtado


Apresentação do docente e dos alunos.


Programa:

O mundo antigo oscila entre dois modos diferentes de conceber, organizar e exercer o poder: por um lado, o modelo da cidade-estado, nas suas múltiplas formas de governo próprio; por outro, os grandes impérios territoriais multi-étnicos, com os seus reis, faraós ou imperadores. Ambos os modelos conviveram no espaço alargado do Mediterrâneo durante vários milénios. Nesta UC olharemos para a evolução destas duas realidades sobretudo ao longo do 1º milénio a.C., centrando a análise no mundo grego e no mundo romano.

 

I.      Entre a polis e o Império – o mundo grego: dinamismos, tensões, potencialidades, revoluções.

1.     Génese e diversificação das estruturas políticas no Egeu. Um período de migrações: a colonização grega.

2.     O boom demográfico, urbanístico e económico grego: as evidências e as explicações.

3.     O «pseudo-arcaísmo» espartano – “Licurgo” e a rhêtra; a sociedade espartana.

4.     Atenas arcaica: famílias e conflitos aristocráticos ­– a eunomia soloniana e a tirania dos Pisistrátidas.

5.     As guerras pérsicas e a consolidação da democracia em Atenas: um curto império regional.

6.     Reformas institucionais, solidariedades locais, conflitos aristocráticos – como se constrói a democracia?

7.     As instituições da democracia: o funcionamento político e institucional da polis dos Atenienses.

8.     O ‘Império’ no Egeu: contra os Persas; contra a Liga do Peloponeso. A simaquia de Delos.

9.     Uma revolução no Mediterrâneo: a aventura de Alexandre e os reinos helenísticos.

10.  Entre a polis e o modelo monárquico no Mediterrâneo Oriental: criolização política e cultural.

 

Leituras:

a)     I. Morris (2009), ‘The eight-century revolution’, A companion to Archaic Greece, Malden, Oxford, Victoria, 64-80.

b)     J. Ober (2015), ‘Citizens and specialization before 500 BCE’, The rise and fall of Classical Greece, Princeton, Oxford, 123-155.

c)     K. A. Raaflaub (2014), ‘Why Greek democracy? Its emergence and nature in context’, A Companion to Greek democracy and the Roman Republic, Malden, MA, Oxford, Chichester, 23-43.

d)     I. Morris-B. B. Powell (20142), The Greeks. History, culture and society, Edinburgh, 285-304.

e)     J. Ober (2015), ‘From tyranny to democracy, 550-465 BCE’, The rise and fall of Classical Greece, Princeton, Oxford, 157-175.

f)      J. Ober (2015), ‘Golden age of Empire’ The rise and fall of Classical Greece, Princeton, Oxford, 191-222.

g)     W. L. Adams (2007), ‘The Hellenistic kingdoms’, The Cambridge companion to the Hellenistic World, Cambridge, 28-51.


 

 

II.    Entre a urbs e o Império – o mundo romano: dinamismos, tensões, potencialidades, revoluções.

1.     Um espaço multipolar entre a Itália, a Sicília, Cartago, a foz do Gadalquivir e a foz do Ródano.

2.     Na Itália: compromisso social e estrutura institucional na construção de Roma.

3.     Conquista de Itália e organização provincial: recursos humanos/financeiros; organização do território.

4.     Do exército de cidadãos ao exército profissionalizado: construção e manutenção de uma máquina militar.

5.     Optimates vs. populares: os programas ideológicos ou ‘como salvar a República’?

6.     À beira do colapso: da guerra social ao assassínio de César.

7.     A resposta augustana: uma República que não morre e uma monarquia que não se nomeia.

8.     Um regime em experimentação contínua: o Principado.

9.     O Imperador no seu mundo: a máquina administrativa romana do Principado – vantagens e fragilidades.

10.  Romanização, Local Romanness and Central Romanness – processos de negociação.

 

 

Leituras

a)     W. Scheidl (2019), Escape from Rome: The Failure of Empire and the Road to Prosperity, Princeton, 89-109.

b)     K. A. Raaflaub (2006), ‘Between Myth and History: Rome’s Rise from Village to Empire (the Eighth Century to 264)’, A companion to the Roman Republic, Malden, Oxford, Victoria, 125-146.

c)     D. J. Gargola (2006), ‘Mediterranean Empire (264-134)’, A companion to the Roman Republic, Malden, Oxford, Victoria, 147-166.

d)     W. Scheidl (2019), Escape from Rome: The Failure of Empire and the Road to Prosperity, Princeton, 51-88.

e)     M. Bordet (1995), Síntese da história romana, Porto, 119-131, 136-159; 176-197.

f)      G. Wolf (2012), ‘Emperors’, Rome. An empire’s story, Oxford, 163-184

g)     D. Potter (2004), The Roman Empire at Bay. AD 180-395 (1997), 100-112.

 

 

 

2. Avaliação

                 

3 ELEMENTOS

Teste 1: 33,(3)%

Matéria: Ponto I do Programa

Teste: 31 de Outubro de 2023, à hora da aula, presencial. Inclui:

                                    - perguntas de resposta curta (variável: entre 1 e 10 linhas)

                                    - perguntas de escolha múltipla

                                    - uma pergunta de desenvolvimento médio (ca. 1 ½-2 páginas A4)                      

 

Teste 2: 33(3)%

Matéria: Ponto II do Programa

Teste: 14 de Dezembro de 2023, à hora da aula, presencial.

                                    - perguntas de resposta curta (variável: entre 1 e 10 linhas)

                                    - perguntas de escolha múltipla

                                    - uma pergunta de desenvolvimento médio (ca. 1 ½-2 páginas A4)    

 

Trabalho curto: 33,(3)%

                  i.     enunciado do trabalho é entregue na Aula a seguir ao 1.º teste.

                ii.     cerca 3000 palavras, excluindo bibliografia.

               iii.     Entregar em Word, para o mail: rodrigo.furtado@campus.ul.pt.

               iv.     Data de entrega: até 22 de Dezembro de 2023.