Sumários
14 Novembro 2019, 08:00
•
Luís Filipe Sousa Barreto
A asiatização do termo e de ideias de Ásia e dos seus familiares de campo semântico de posição e de ordenação espacial-temporal como, Europa,O Oriente,O Ocidente,Civilização,Progresso,Revolução Industrial, Liberdade,etc leva , no Japão do século XX , A DIFERENTES FORMULAÇÕES-POSIÇÕES . Produções textuais que, no entanto, possuem algumas constantes como,por exemplo ,a de abordagens Comparativas , abordagens de escala Global-mundial,a de perspectivas preocupadas com a própria Identidade .A emergência e a constituição de uma Ásia em língua e /ou pensamento japonês é plural e abre a Orientalismos e a Ocidentalismos ou seja, a enunciados de idealização tipológica e de imagens padrão , tópicos de lugar comum , de Ásia e de Europa-O Ocidente.
Em N.Iorque,1904 surge, em inglês , " The Ideals of the East ", um panfleto de Orientalismo-Pan-Asiatismo e ao mesmo tempo de Ocidentalismo de Kakuzo Okakura ( 1862-1913).A proclamação é a de que a Ásia é Uma/Una e oposta em tudo o que é essencial aos " povos marítimos " da Europa-Ocidente.A Ásia é Universal e busca o Sentido-Fim espiritual enquanto que O Ocidente é Particular e procura tão só os Meios para a Vida .O Japão é a vanguarda espiritual que Une a diversidade interna das partes da Ásia.O Rosto e a Cabeça da Ásia frente ao " Ocidente ".
Na mesma cidade e na mesma língua, em 1923, surge a obra " The Religious and Social Problems of the Orient" de Masaharu Anesaki ( 1873- 1949 ) . O autor , de formação doutoral na Alemanha e da área de investigação em Literatura e Religião , foi Professor em Harvard nos anos de 1913 e 1914 .A formulação é a da não verdade do Uno/Uma da Ásia espiritual,cultural,social.A Ásia é Divisão e " se existe uma unidade ou semelhança entre os povos da Ásia é devida ao contacto com a Civilização Ocidental e essa unidade consiste na perca comum do equilíbrio provocada pelo novo sistema de indústria , ciência e democracia..." ( Masaharu Anesaki).
A proclamação , por via comparativa , da não sustentação desta oposição-exclusão entre Ásia e Europa-O Ocidente na obra de Hajime Nakamura ( 1912-1999).A ÁSIA é Plural e " não existe nenhum singular traço Oriental "
12 Novembro 2019, 08:00
•
Luís Filipe Sousa Barreto
A necessidade de uma análise textual plural que faça convergir filologia,semântica e semiótica estrutural e hermenêutica .Procurar ir o mais longe possível na análise dos enunciados chave seriando os temas chave,os termos nucleares,a hierarquia de tópicos, a estrutura de posições/ oposições ,as provas de citação e de notas de pé de página,etc.Alcançar estes índices e indícios através de levantamento qualitativo e quantitativo/frequência Um segundo andamento ,se houver tempo, inserindo o texto/discurso em análise na série de temas e de problemas,na disciplina de Humanidades e Ciências Sociais em que emerge .Lógicas de situação e de recepção.O Texto tem uma configuração também conjuntural de perguntas e de respostas da época em que emergiu e fez sentido de leitura e de leitores e leituras.É preciso e precioso recuperar este Húmus textual e contextual para uma interpretação que faça soar o mais provável sentido textual.
Em torno das obras de Jack Goody e de Claude Lévi-Strauss para leitura .A Pluralidade de perspectivas é sempre a garantia mínima de objectividade-objectivação.As diferentes disciplinas,obras, autores são necessárias mas não suficientes. É preciso pensar,escolher,hierarquizar.Acerca da Muralha da China e da sua função também de atracção-sinização.
Bibliografia , um clássico :
Greimas,A.J.-
Sémiotique et Sciences Sociales,Paris,Seuil,1976
.
7 Novembro 2019, 08:00
•
Luís Filipe Sousa Barreto
Elucidação de questões ,relacionadas com o fazer dos trabalhos , colocadas por alunos. O Objectivo primeiro e principal é a análise interna do texto e relatório escrito com os resultados mais relevantes alcançados.
Interno e Externo são perspectivas operatórias de análise textual mutuamente implicadas e complementares . São fronteiras porosas e imbricadas.Todo o texto pede co-texto e contexto, pede séries e campo textual, pede produtores e receptores desses mesmos textuais. Mas é a partir da sistemática análise textual que posso fazer perguntas com hipótese de resposta válida .Complementarmente , o máximo de informação , creditada e confirmada ,acerca da vida intelectual, institucional , obras do produtor do texto em análise. Estes dois andamentos da interpretação analítica fazem-se ao mesmo tempo e ao mesmo tempo iluminam-se .O Texto tem uma lógica de situação , um enraizamento de época . Coloca e responde a temas e problemas que lhe são próprios ,próprios ao seu espaço-tempo de produção, emergência, recepção.Próprios á série discursiva,ao campo disciplinar,á cultura -língua em que emerge e ganha sentido,posição,rejeição.
A análise textual e os dados externalistas complementares possibilitam alcançar os Relevantes Textuais,os enunciados chave, as categorias mais estimadas e /ou usadas, as teses -perspectivas dominantes , as afinidades e oposições decisivas , a Lógica-Arquitectura em formulação no texto de Ciências Sociais,Humanidades em análise.
Bibliografia de apoio dos alunos para a Análise-Interpretação :
Eco,Umberto-
I Limiti Dell`Interpretazione, Milão,Bompiani,1990. ( trad. portuguesa,Lisboa,Difel,2004)
Van Dijk,Teun A.-
Text and Context, Londres,Longman,1980
5 Novembro 2019, 08:00
•
Luís Filipe Sousa Barreto
A Teoria da Civilização/ 1875 de Fukuzawa com um manifesto japonês/asiático de recepção e de apropriação dos termos e ideias de "Ásia " e de "O Oriente -O Ocidente " desenvolvido , ao longo de milénios, por discursos e línguas europeias. Asiatização de Ásia - O Oriente que agora se TORNA PALAVRA DE ORDEM E DE ORDENAMENTO também na língua e no pensamento japoneses .Ásia e Europa / E.Unidos como diferença de " Espírito de Civilização " Para desenvolver a industrialização e modernização do Japão há que adoptar padrões chave da "Civilização Ocidental " nas áreas da Liberdade,Ciência,Razão Critica, Pluralidade,A Civilização como Progresso, Bem Estar social,Lei ,etc.O projecto de Ocidentalizar sem perder a identidade Nipónica e para ultrapassar em desenvolvimento o próprio Ocidente.A Civilização como Processo em Aberto , como Progresso-Progressão.As relações transculturais China-Japão na perspectiva de Fukuzawa.
Diálogos acerca dos trabalhos em desenvolvimento pelos alunos,A necessidade de uma estratégia de complementaridade da Net e do Papel.Os reguladores da análise académica : Imanência, Autonomia, Conjunto,Interdependência .Fazer as perguntas certas para obter respostas válidas na análise dos enunciados textuais.Alguns exemplos concretos.
31 Outubro 2019, 08:00
•
Luís Filipe Sousa Barreto
O Problema da Industrialização, do Progresso e Desenvolvimento Tecnológico,Cientifico, Académico,etc da Europa e dos Estados Unidos pensado a partir do Japão e dos seu impacto na Ásia.As viagens de Y. Fukuzawa aos E.Unidos e Europa nos anos de 1859,1861,1867.A publicação do "
Bunmeiron no gairyaku ",Tóqui,1875 e a formulação de uma teoria japonesa da Civilização Industrial Moderna.
Leitura comentada do Prefácio de 25 de Março de 1875.O Japão e a adopção do Calendário Gregoriano,da semana de sete dias, da hora,etc e o abandono da Calendário Chinês.A Teoria da Civilização como Teoria do Desenvolvimento de uma Nação/Povo por via da Revolução Cultural e Social da Ciência e Tecnologia Industriais.
A Perspectiva do Desenvolvimento na mais longa duração e com um Sentido Próprio das Diferentes Civilizações. O Progresso-Progressão da " Civilização Ocidental " e o da Civilização Japonesa levaram rumos próprios e diferenciais ao longo de mais de 2500 anos.O seu encontro com a chegada dos Americanos ao Japão em 1853 e os Tratados Comerciais também com potências Europeias revelam a enorme diferença entre as Civilizações " Ocidentais " e " Orientais ".
A comparação de proximidades e afastamentos entre o impacte da Civilização Chinesa no período Tang, séculos VI e VII a século IX , no Japão e o impacte actual , no século XIX , da Europa e dos E. Unidos no Japão.As virtualidades de uma Teoria das Civilizações Japonesa-Asiática frente ás existentes teorias Ocidentais .