Sumários

Andamentos da Ásia em línguas e pensamento Europeus

25 Outubro 2018, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 12

25-10-2018

 

Polos Europeus de conhecimento académico de matéria asiática (os exemplos de Leiden/1575 e Roma/1584 colégio antepassado do I. Orientale). As primeiras edições europeias de histórias e geografias da China com base em fontes/documentos chineses traduzidos para Latim: Martino Maritini (1614-1661) e a “Sínica Historiae”, Munique, 1659. A China e o Islão como mais objeto que sujeito para o conhecimento das Ásias da Ásia.

A progressão, acompanhando a globalidade industrial, no conhecimento da Ásia. As regiões da Ásia a partir da Universidade de Berlim: “Notasie”/Ásia do Sul; “Seidenstrabe”/ Rota da Seda, Eurásia/Ásia Oriental em francês, etc. De 1845 a 1882 passando por 1858 e 1877 todo um vocabulário/categorização geográfica, histórica, económica, política das macro-áreas regionais das Ásias da Ásia: Ásia Ocidental, Central, Sul, Indochina, Ásia Oriental e as rotas eurasiáticas, terrestres e marítimas, Rotas da Seda.

Formulações da sociologia histórica alemã acerca da China e India “Fechadas” e “Bloqueadas”: Max Weber (1864-1920) e a Ética Económica comparada das grandes Religiões/1913-1915-1917. O Confucionismo, Taoismo, Hinduísmo e Budismo como obstáculos ao desenvolvimento e o Protestantismo (sobretudo Calvinista) como ética social mais favorável ao desenvolvimento do capitalismo moderno, industrial e financeiro.

A não existência de eternas vantagens e obstáculos e a ética Negocial/Económica Neoconfunciana: frase de  Fugiwara Seika (1561-1619). Os séculos XIX-XX e os novos domínios das Ciências Sociais (Sociologia, Antropologia, Psicologia), das especializações (sinologia, japonologia, indologia, etc.) e a gramática dos macro-áreas regionais da Ásia.

 

Bibliografia mencionada de antologias de Fontes Asiáticas:

 

W. Theodore Bary (ed.) – Introduction to Oriental Civilizations (sources of japanese tradition, indian tradition, chinese tradition), N. Iorque, Columbia U. Press, 1958/1960. (existem reedições alargadas como sources of Korean Tradition, N. Iorque, Columbia U. Press, 1997)

 

Lin Yutang (ed.) – The Wisdom of China and India, N. Iorque, 1942

 

 



 


Andamentos e Transformações nos processos de conhecimento das Ásias da Ásia

23 Outubro 2018, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 11

23-10-2018


 

Do s. VII-VIII ao século XV China, Islão, Europa e os diferentes ritmos de informação e conhecimento em matérias asiáticas. A China como vanguarda desse saber: Du Yu (735-812), o Tongdian/”História Enciclopédia das instituições” e o conhecimento do islão em chinês. O “Gabinete dos Interpretes” em 1276 e em 1407 o “Gabinete dos Estrangeiros das Quatro Direcções”. As listas de vocabulário /hua-yi hu em chinês de Mongol, Uighr, Jurchen, Coreano, Persa, Tibetano, Anamita, Tai, Birmanês, Malaio, Japonês, Ryukyu, Cambojano, etc., de tópicos chave dos “Céus” ao “Corpo Humano”.

Alguns textos persas e árabes sobre a China: em 851 o chamado “Livro de Soleimão” com a viagem marítima do Golfo Pérsico à China/Fujian. Os juncos chineses de Kuanzhou em Bassorá. Al Biruni (973-1048) e a descrição da Índia, Ibn Batuta (1304-1377) e a “Rihla” entre 1325 e 1350.

Entre os séculos XVI e XVIII a Europa começa a acumular e especializar informação e conhecimento sobre Ásias da Ásia: uma primeira idade de saber europeu específico, especializado, cumulativo e progressivo. Os pólos do saber europeu de Ásia (s. XVI-XVIII). Comércio internacional, consumo e conhecimentos.

Da matéria Asiática, a língua árabe, como prática de intérprete/tradutor e como conhecimento universitário. Da edição latina do Alcorão (Zurique/1543) à cadeira de árabe em Paris no Collége de France/1539. Em 1543/Paris a Grammatica Arabica (latina) de Guilherme Postel (1510-1581). O elogio da Turquia/I. Otomano em 1559 no mundo académico, humanista, universitário e a imagem dominante do Islão/Turco como ameaça à Europa. Saberes, poderes, interesses, pró e contra.


Ásias da Ásia: Saber e Poder (s. V a.C. – S. XV) (5/13)

18 Outubro 2018, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 10
18-10-2018


Os pólos e as línguas de informação e conhecimento: jónico, chinês, árabe, persa, latim. O comércio internacional eurasiático de longa distância, as migrações, conquistas/invasões, horizontes religiosos em expansão, como húmus sociais objectivos na acumulação e tratamento de dados, formulação de conhecimentos geográficos, históricos, económicos sobre Ásias da Ásia. Os pólos urbanos chave de relações internacionais asiáticas e as línguas/tradução. A partir dos séculos XVI e XVII cresce o poder do saber europeu sobre a Ásia. A afirmação/coisificação da palavra Ásia e as grandes línguas de tradução asiática até ao século XV: chinês, persa, árabe. O persa e o árabe como línguas francas chave respectivamente nas Ásia Central e do Sul. Saber e poder, saber como capital intelectual baseado em capital material acumulado/concentrado.

 

Bibliografia (de anos anteriores) pedida por alunos:

 

Claude Levi-Strauss (1908-2009). Textos escritos no Japão em 1968, 1977 e 1988.

 

L´Anthropologie face aux problèmes du monde moderne, Paris, Seuil, 2011 (Trad. Port., Lisboa, Temas e Debates, 2012)

 

L´Autre Face de la Lune : Écrits sur le Japan, Paris, Seuil, 2011.



Colóquio Internacional  China/Macau and Global Maritime Connections

16 Outubro 2018, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 9

16-10-2018



Presença, apoio, participação,  de alunos no segundo dia do Colóquio Internacional  China/Macau and Global Maritime Connections. Colóquio de responsabilidade científica e organizativa   do  Centro Cientifico e Cultural de Macau, do Centro de História da Universidade de Lisboa e da Fundação Macau.


Em torno dos trabalhos e os polos da Ideia e Conhecimento da Ásia

11 Outubro 2018, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 8

11-10-2018

    


Elucidação do objetivo dos trabalhos de grupo sobre Cientistas Sociais/Académicos Asiáticos: do perfil biobibliográfico à análise dos temas e problemas fundamentais na sua obra. Trabalho prático de recolha informativa e de interpretação textual com base na implicação com os princípios de emergência, autonomia, conjunto, interdependência.

Nas origens do termo e ideia de “Ásia” em Jónico e de “Ocidente” em chinês. As partes da Ásia (Pérsia, India, Fenícia, Arábia, Afeganistão, Estepes da Ásia Central etc.) e a passagem dos termos Ásia/Ocidente da mitologia para a geografia, história, política, literatura. A constante da proximidade/distanciamento: a maior proximidade física gera probabilidade maior de distanciamento (Grécia/Pérsia; China/Nómadas); o maior distanciamento físico gera provável maior proximidade/afinidade ideal (Grécia/Índia; China; India). As línguas de designação/conhecimento e os poderes de tradução.