Sumários
Espaço, Tempo, Classificação, Relação e o Nascimento da Protosinologia
15 Novembro 2018, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 17
15 -11-2018
Exemplos e casos práticos de implicação da pluralidade hierárquica e das categorias de espaçotempo a um caso: os primeiros momentos da protosinologia e o dinamismo português, italiano, alemão.
A pluralidade de passados no presente e de espaços no local. A propósito das cartas de G. C. Sernigi (1453 – depois de 1515), mercador Florentino, a escrever em Lisboa para Florença entre 10 de Julho e 28 de Agosto de 1499. A primeira e bem vaga informação europeia sobre a China Marítima Ming e as expedições de Zheng He. 1502 a impressão por Valetim Fernandes do Livro de Marco Pólo e o Planisfério anónimo dito de Cantino.
Impressos e manuscritos. Cidades de circulação e de impressão Lisboa, Veneza, Florença, Milão, Basileia, Nuremberg, Augsburgo, etc. Línguas de Impresso e Manuscrito (latim, alemão, português, toscano, castelhano, etc.)
A China que vai chegando à Europa pelas rotas do Atlântico-Índico e a concorrência frente à Rota do Levante. Comércio internacional de longa distância e circulação de informação e de conhecimento.
Bibliografia mencionada:
Barreto, Luis Filipe – Da China Ming na Cultura Europeia: os Polos Português e Italiano (1499-1550), Lisboa, AHA, U. Nova de Lisboa, 2002, Vol. III, p. 409-446
Chun-Chieh Huan & Erik Zürcher – Time & Space in Chinese Culture, Leiden, Brill, 1995
Ingold, Tim – Lines: A Brief History, N. Iorque, Routledge, 2007
Jullien, François – Du “Temps”: Éléments d`une philosophie du vivre, Paris, Grasset, 2001
Lewis, Marl Edward – The Construction of Space in Early China, N. Iorque, State University of N. York, 2006.
Sock, Robert David – Conceptions of Space in Social Thought: A Geographic Perspective, N. Iorque, Macmillan, 1980
Yi-Fu Tuan – Space and Place, the Perspective of Experience, Minnesota, U. of Minnesota, 1977
- Topophilia: A Study of Environmental Perception, Attitudes, and Values, N. Iorque, Columbia U. Press, 1990 (1. Ed., 1974)
As lógicas do nosso conhecimento: Espaço, Tempo, Classificação, Relação
13 Novembro 2018, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 16
13 -11-2018
As lógicas, ritmos e línguas de classificação da Ásia. As palavras reificadas como “Factos Institucionais” ( J.R. Searle, 2010) que criam realidade a partir de representação/classificação como existente.
O espaço e o tempo como primeiros operadores das Ciências Sociais/Humanidades (Estudos Asiáticos). As quatro categorias nucleares tanto do espaço como do tempo e a ordenação/coordenação da realidade e do conhecimento pelo espaçotempo. O espaço como sistema relacional de posição e o tempo como sistema relacional de sucessão/duração.
A pluralidade dos espaços e dos tempos. Pluralidade da realidade e do conhecimento que são hierárquicas. A vida como reprodução, variação, herança em hierarquias/pluralidades transformativas. Exemplos a propósito de Ásias da Ásia.
A implicação das hierarquias temporais (dos possíveis futuros em luta de supremacia/probabilidade de ser/suceder aos passados distantes). Espaçotempo plurais da China, Índia, Japão, Pérsia, etc. e a objetividade/objetivação do conhecimento como posição. Todos somos observadores observados, conhecedores conhecidos. O conhecimento como pluralidade concorrencial situada/datada e os mecanismos de cumulatividade, dissipação, progressão. Não ao relativismo de opiniões sim à pluralidade hierárquica de informação e de conhecimento.
Pensamento Social Chinês e Japonês (Séculos XX e XXI)
8 Novembro 2018, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 15
08-11-2018
Umesao Tadao (1920-2010) e uma antropologia ecológica, histórica, global. Os textos de 1957 (artigo) 1967 (livro) e o “Diagrama das Grandes Zonas” da Eurásia em que a Ásia como Continente homogéneo perde toda e qualquer coerência. Da área seca às áreas temperadas: conexão, comparação, contraste. Civilização/bunmei e cultura/bunka e os limites do possível a partir dos lugares/zonas de origem.
Uma chamada de atenção para a teoria social chinesa no século XXI e as obras de R. Bin Wong/história económica mundial comparada com os casos europeu e chinês; Yan Xuetong/teoria das relações internacionais e a história da China pré-imperial como, também, prova, alimento, inspiração; Wang Hui / repensar história, cultura, política, da Ásia e do mundo a partir da China. Tão só um exemplo, a “Grande Muralha” como função também de atração e sinização. A “Grande Muralha” não como limite e fronteira mas como impulso de constituição/alargamento da China. A lição de Wang Hui: as fronteiras unem tanto quanto separam.
Watsuji Tetsurö e um ponto de situação nos trabalhos de grupo
6 Novembro 2018, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 14
06-11-2018
Watsuji Tetsurö (1889-1960): breves elementos sobre vida e obras. A teoria ecológica das civilizações de Watsuji Tetsurö na obra “Fûdo”, Tóquio 1935. O medial como condição estruturante da existência humana feita de temporoespacialidade. Os três grandes tipos de meio: a Monção, o Deserto, a Planície. Variedade interna em cada um dos meios e as fronteiras de possível/impossível. Os aspetos particulares da Monção e a condição/diferença japonesa: o caráter tufónico. Ambivalências na teoria ecológica – cultural do Japão. Categorias chave nos padrões culturais nipónicos de Watsuji Tetsurö. A arte europeia como simetria e proporção e a arte japonesa como assimetria e composição/coerência.
Um ponto de situação dos trabalhos. As necessárias reuniões de acompanhamento dos trabalhos logo que finalizem a recolha e o tratamento dos materiais de análise.
Ásia e Globalizações na Teoria Social Japonesa
30 Outubro 2018, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Fukuzawa Yuckichi (1835-1901) e a obra “Bunmeiron no Gairyaku” 1875.
Breves considerações sobre aspetos da vida e algumas obras do autor. O contexto de surgimento: Ocidentalização Industrial/Imperialismos e tradições Nacional e Chinesa. O Japão entre os finais do século XVIII e os meados do século XIX sob ameaças ocidentais marítimas. 1853-1854-1856 do comodoro Matthew Perry e tratado desigual de Kanagawa á abertura dos portos, direitos de extraterritorialidade dos ocidentais e os Estados Unidos da América como “Nação mais favorecida”. Restauração Imperial e período Meiji 1868-1912.
As relações Japão-China na mais longa duração: paz com poucas guerras e guerras diretas sob o impacto ocidental na Ásia Oriental.
A teoria da civilização moderna, global, industrial de Fukuzawa. Hierarquias de desenvolvimento e o modelo ocidental para a modernização do Japão. A necessária revolução cultural nas mentalidades sociais e individuais dos japoneses: aceitar o cálculo, a ciência, a concorrência, a pluralidade. A tradição confuciana a rejeitar e a tradição nacional a preservar enquanto identidade modernidade.
As diferentes vias e os desafios da globalização industrial no quadro de uma civilização de modernidades (processualidade, diferença, comparação, contraste, conexão e os mundos da Europa, Estados Unidos, China e Japão).
Bibliografia mencionada:
Fukuzawa Yuckicki – An Outline of a Theory of Civilization, N.Iorque, Columbia U. Press, 2009 (original japonês 1875).
The Autobiography of Fukuzawa Yuckicki, Tóquio, Hokuseido Press, 1981.
MADDISON, Angus – The world economy: a Millenial Perspective. Paris, OECD, 2001.
POCOCK, J.G.A – Barbarism and Religion. vol. IV: Barbarians, sauvages and Empires. Cambridge, C.U.Press, 2005.