Sumários

Baudelaire: o "belo moderno"- as "formas da moda" (3)

7 Março 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

Baudelaire: a Moda como caso do "belo moderno".

1. "belo duplo" mas com ênfase no seu carácter de "presente"; 2. a moda masculina: "l'habit noir" - "beleza política" e "poética" ("Salon de 1846); 3. a moda feminina: 3.1. dualidade da "mulher" enquanto "objecto estético" ("animal"/ "idole"); indissociabilidade da "roupa" e do "corpo"; 3.2. a "maquilhagem": do "natural" à "unidade abstracta" da "máscara" e do "belo escultórico"; 3.3. não "mimese"  mas "decorativismo" (alíneas "La Femme" e "Éloge du Maquillage" de "Le Peintre de la Vie Moderne") (também em "De la Mode" de Téophile Gautier);
 Baudelaire: a nova figura do "artiste" na crise da Modernidade.
1. a "perda da <aura>": "Perte d'Auréole" ("Le Spleen de Paris") (cont.)


Romantismo e modernidade : C. Baudelaire (2)

5 Março 2018, 16:00 Fernando Guerreiro


2. o "belo moderno": 2.1. um "topos": a Cidade (cont.):
2.1.3. a figura do "flâneur" (Auguste Lacroix) e relação com o "dandy" (Baudelaire).
2.2. um "èthos":  o "heroísmo da vida moderna"= "estetização da vida quotidiana" ("Salon de 1846): o caso da "Moda" ( "Le Peintre de la Vie Moderne"):
2.2.1.  como "sintoma do ideal" e prática de "reconfiguração da natureza (real)"  ("hute spirituaité de la toilette");dispositivo;
2.2.2. caso do "belo duplo" mas sobretudo do "belo moderno" e do "presente" (cont.)
Bibliografia" Théophile Gautier, "De la Mode" (fotocópia de aula)


Romantismo e Modernidade: Baudelaire

28 Fevereiro 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

1. A noção de Romantismo para Baudelaire no "Salon de 1846": a influência de Stendhal; a noção de "belo duplo" ("Le Peintre de la Vie Moderne", 1863);

2.  o "belo moderno" (romântico): centralidade da função do Olhar (Balzac);
2.1. um "topos": a Cidade (Paris, 1830):2.1.1. uma nova/ apropriação  do lugar=espaço:  i) a velocidade= aceleração do real; ii) sensacionalismo sensorial; iii) uma estética do "choque" (Walter  Benjamin);  2.1.2. uma nova topografia: o "Boulevard"  - a "cultura do <boulevard>" ("poème de Paris"): i) centro da "inteligência" (cultura, civilização) ; ii) como lugar de representação (exposição, afirmação de uma "imagem"); iii) cultura material: valor de exposição das coisas ("poème de l'étalage"): iii) estetização/ poetização do quotidiano" ("artistes sans le savoir"); iv) figuras (de moda/ sociais): "le passant", "le flâneur", "le lion"("lionne") (Balzac, "Histoire et Physiologie des Boulevards", 1830).


Romantismo e modernidade: a figura do "artista"

26 Fevereiro 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

1.  1830/ 1836: o Romantismo como "fenómeno" (social, cultural, civilizacional) "global "(P. Bollon):

1.1. várias fases: a) "literatura frenética" (década de 10):  romantismo das "ruínas" "sepúlcro" (Nodier); b) romantismo heróico (anos 20) - duas vertentes: i) liberal, republicano ou napoleónico (na tradição das Luzes) : Stendhal (a prosa); ii) católico, messiânico, "royaliste": Hugo ( poesia); a"sacralização" do poeta (P. Bénichou); c) o ultra-romantismo dos "Jeune France" (1831/1833):T.  Gautier, G. Nerval. Pétrus Borel ; d) a "littérature du désenchantement" (Balzac);
2. dois momentos; a construção do "mito" ("aura") do "artiste": Balzac, "Des Artistes" (1830)


A figura (noção) de "artiste" no 1º Romantismo (francês)

21 Fevereiro 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

1.  banalização da designação de "artiste" e crítica do "luxo" e dos "beaux arts", no período da Revolução (1789/1799)

2. as duas primeiras décadas do sécilo XIX: formação do Romantismo
2.1. industrialização e aburguesamento da sociedade francesa (Balzac);  proletarização da situação do "escritor" no quadro do novo jornalismo popular e de massas;
2.2. reactivação da figura do "artiste" como reacção à nova situação material e social das "artes": o novo paradigma "artiste" ("flamboyant") (vs) "bourgeois" ("grisâtre" (Gautier); a nova condição de "artiste" i) um "estado de ser" ("être artiste", Janin), uma"imagem" própria ; aura", mas também "atopia" e "anomia"; industrialização" da literatura e "artes" (Sainte Beuve, "De la Littérature industrielle", 1838);
2.3. caracterização "substantiva" do "artiste" pelo "sentimento" (entrada do Suplemento ao Dicionário da Academia de 1838)
3. O romantismo
3.1. uma "moda global" entre 1830/1836; crise (decepção) desde 1832/3 (T. Gautier) .
 
Bibliografia: textos de Patrice Bollon e José-Luiz Diaz na Antologia (ler texto de Balzac", "Des Artistes", para a próxima aula)