Sumários

Poéticas de ruptura: Rimbaud, Lautréamont

4 Abril 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

Da estética do "par" à estética do "ímpar" (cont.):

Verlaine, "Art Poétique" (c. 1874): i) projecto "modernista" ("impressonista"") de uma poética do "modo menor" e da "surdina":  de um "fin refrain incertain" ("Romances sans Paroles"); ii) uma poética do "ímpar" (=ar") ="musique" (vs) "littérature"; do "imprécis" e da "sugestão" ("nuance" não "couleur") (modelo da "chanson grise"); do "acaso" e não da "estrutura" (´´Éloquence", "Rime");
Poéticas de ruptura: Rimbaud:
i) a poesia como "Voyance" = "trouver une langue"; ii) "alchimie du verbe": o soneto "Voyelles" (c.1872): das "sinestesias" (Baudelaire) à prática do significante =  o som como matéria da associação das imagens; resolução da "estridência" no "silêncio".


Da estética do "par" à estética do "ímpar"

21 Março 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

1. as poéticas do "par" (Lecomte de l'Isle, Parnasianismo) e do "ímpar" (Mallarmé, Simbolismo) em 1891: "vers libre" (a relação com a Música /Wagner/  e concepção "espacial" de poesia) (vs) regularidade, paralelismo e paridade da "rima; 1.1. a noção de Símbolo por Albert Mockel;

2. "artes poéticas" da passagem ao Simbolismo: 2.1. Charles Baudelaire, "Correspondances" (1857): o símbolo (literário) no quadro das "analogias universais"; antítese, falha e excesso de significação com reconversão ao "uno" ("échos correspondents").


Baudelaire: o "belo moderno" - a figura do "dandy" (3)

19 Março 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

4. "la Fanfarlo" (cont.)

4.4 o retrato de S. Cramer no plano "físico"  (dualidade) e no plano "moral" (mistificação"="nature comédienne"): "angelismo" ("hermafroditismo") e poética do "échec ("impuissance" ); 4.5.representação das" paixões": a dupla problemática do "feminino" e do "desejo" 4.5.. desdobramento do "objecto estético" ( a Fanfarlo): duplo critério do "beau" (="ligne") e do "joli" (="attrait") : "le Thyrse"; a "dança" como superação, pela síntese com conservação do elemento "corporal" ("sensual) do antinomia "matéria"/ "espírito"; 4. 5.2. dupla decepção do "objecto feminino". Mme de Cosmelly= plano do "ideal"/ do Pai (marido)/ a Fanfarlo= plano da "sensualidade" / da Mãe;: (i) Mme de Cosmelly= um "amgelismo interessado"= a "ruse"  ("coquetterie pour un bon motif"); a Fanfalo= um "ídolo encarnado": formalismo/ espectacularidade (síntonia com Samuel Cramer); (ii) transformação dos personagens: Mme Cosmelly= feminização pela "ruse"; a Fanfarlo= masculinização pela acção (intriga política); Samuel Cramer: feminização pela posição "maternal" em relação à obra: do "angelismo hernafrodita" do "poeta" (Manuela de Monteverde)  e do "dandy" à institucionalização do Sujeito na Literatura e na sociedade (a política).


Baudelaire : o "belo moderno" - a figura do "dandy" (2)

14 Março 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

3. a figura do "dandy" (cont.): 3.2. o "dandy" segundo Baudelaire ("Le Peintre de la Vie Moderne"): i) o Sujeito melancólico do "belo" dividido/ferido; iif) plano da História" uma figura do "entre" (das épocas de "transição") e terminal (novo tipo de "heroísmo"); iii) a relação com a lei: diferença em relação á posição "perversa" de Geoges Brummel (P. Bollon); transgresssão e culpabilização (Sartre); iv) como caso do "artista" (moderno):  não-dandy por excesso de "paixão" e curiosidade do "novo"; v) o "dandy" como figura experimental metamórfica e mutante.

4. "La Fanfarlo" (1847): Samuel Cramer - a constituição do Sujeito como "dandy"
4.1. um novo projecto literário: uma poética "citadine, familière, vivante" - a "prosa poética" do "Spleen de Paris"; 4.2 .a questão do "nome". efeitos de "estranhamento" (e "estrangeiramento")  da pseudonímia: Manuela de Monteverde; crise do nome, da identidade e da figura do sujeito literário (do Romantismo): o "dieu de l'impuissance" e "hermaphrodite" da modernidade; 4.3. "romance familiar": dupla determinação da origem (Norte=Pai /Sul=Mãe), do Romantismo (do Norte=cor / do Sul= naturalista), do objecto do "desejo" (figuras femininas): Mme de Cosmelly= idealização, campo do Pai/ "la Fanfarlo"= encarnação, plano da Mãe (cont.)


Baudelaire: o "belo moderno" (3)

12 Março 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

A nova figura do "artista" na crise do Romantismo

2. o  "artista moderno" como "Homme du Monde": o exemplo de Constantin Guys ("Le Peintre de la Vie Moderne"): i) plano do Sujeito: anomia, despersonalização e heteroplasticidade; ii) plano das formas:os novos meios das novas condições de reprodutibilidade da(s) arte(s); estética do "choque" (W. Benjamin) e da "velocidade", novo registo "caleidoscópico" das imagens; iii) plano cultural: apego ao "novo" e ao "real", não "dandy";
3. a figura do "dandy": i) plano da História: uma criação inglesa  com pico entre 1794-1816; o exemplo de Georges Brummel: "dandy integral" (Barbey d'Aurevilly); tipos de "dandy" em França; ii) plano da Estética: "estado estético do Sujeito" = "estado de espelho permanente";  "estética integral do Sujeito": uma "morale de l'effort" e "auto-criação" (Sartre); "modo verbal do ser" dado no Presente como "performance"; "ser"="aparências"; prática de "singularização" (= da  "originalidade"): "étonner" e "n'être pas étonné" (PVM) (cont.).