Sumários

A invulgar proposta literária de Clarice Lispector

22 Março 2022, 11:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

A revelação e a síntese dos aspetos mais singulares da escrita de Clarice Lispector: a força poética, a novidade da densidade psicológica e a maneira discontínua de narrar.

Leitura e breve análise do conto “O crime do professor de matemática”. A significativa escolha do protagonista, paradigma do pensamento cartesiano. A razão e o sentimento: a presença da culpa e a função da dimensão ritual no relato. O duplo ‘crime’ do protagonista.


Bibliografia:

SÁ, Olga de (2000): A escritura de Clarice Lispector (Petrópolis: Vozes [3ª ed.]).

SOUSA, Carlos Mendes de (2000): Clarice Lispector – Figuras da escrita (Braga: Universidade do Minho – Centro de Estudos Humanísticos).


Realização do primeiro teste de "Marcos da Literatura Brasileira"

17 Março 2022, 11:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Realização do primeiro teste de "Marcos da Literatura Brasileira".

Prova (individual e escrita) de avaliação de conhecimentos.


Manuel Bandeira: a excelência do soi disant 'poeta menor'

15 Março 2022, 11:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Questionamento da autodefinição do ‘poeta menor’ e do ‘crítico menor’. Exame da concretização dos tópicos acima referidos na obra bandeiriana, presente nalgumas práticas literárias situadas ‘nas margens’ da sua obra, mas não ‘marginais’, nem ‘menores’.

A) As diversas práticas neotrovadorescas presentes em certos poemas amorosos e confissionais de Manuel Bandeira. Breve análise de alguns exemplos paradigmáticos: “Cantar de amor”, “Cantiga de amor”, “Cantiga” e “Cossante”.

B) O profundo conhecimento bandeiriano das práticas poéticas ‘orientais’, nomeadamente, dos topoi e recursos técnicos da lírica japonesa. Análise do poema “A realidade e a imagem”: reflexão sobre a génese do poema, baseada na apropriação e atualização dos princípios métricos e temáticos do haikai e na filiação ‘oblíqua’ ao modernismo (análise comparativa do conciso retrato do espaço urbano e urbanizado no poema “Agente”, de Oswald de Andrade).


Bibliografia:

B

RIBEIRO, Maria Aparecida (1994). Literatura Brasileira, Lisboa: Universidade Aberta, ‘Textos de base – Cursos formais, 65’.

VECCHI, Roberto (2015). «Anexo –As dissonâncias da história natural: Manuel Bandeira e a poesia modernista» In:, Seria uma rima não seria uma solução– A poesia modernista. Antologia organizada e apresentada por Abel BARROS BAPTISTA e Osvaldo M. SILVESTRE. Lisboa: Livros Cotovia, ‘Curso Breve de Literatura Brasileira, 4’, 313-333.


O tratamento subtil dos temas universais na poesia do quotidiano e o diálogo 'antropofágico' com a tradição

10 Março 2022, 11:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

O espetáculo do mundo e o tratamento subtil dos temas universais na poesia do quotidiano.

A capacidade de assimilar múltiplas influências literárias, de conservar um equilíbrio entre a estética antiga e a nova e a fidelidade a uma sensibilidade própria.

A maturidade, a liberdade e a distância das imposições modernistas na obra "Lira dos cinqüent'anos". A mudança na visão da morte na poética bandeiriana.


A problemática prática neotrovadoresca na poesia brasileira do século XX. A apropriação modernizadora dos princípios da literatura medieval galego-portuguesa, presente nalguns relevantes poemas de Manuel Bandeira. Análise do poema «Cantiga de amor», de Mafuã do malungo (1948).


Bibliografia:

AA.VV. (1987): Manuel Bandeira: verso e reverso (São Paulo: Queiroz).

PONTIERO, Giovanni (1986): Visão geral de sua obra (Rio de Janeiro: José Olympio).


A evolução da escrita poética de Manuel Bandeira

8 Março 2022, 11:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

O absurdo da vida: constante na poesia de Manuel Bandeira. Leitura e comentário (continuação) do poema “Vou-me embora pra Paságarda”. A perfeita ausência de ênfase, o tom em aparência ligeiro e irreverente e a subjacente filosofia de vida (e morte) de Manuel Bandeira. O tema clássico da evasão. A irreverência e as imagens modernistas.

"Momento num café" de Manuel Bandeira. A estampa do mecanicismo da vida moderna e a vontade crítica e preocupada do sujeito com a condição humana e com a cegueira da sociedade moderna relativamente aos problemas do homem satisfeito com a sua superficialidade. A dor e a precariedade ontológica. A incomum reversão do dualismo corpo/alma. O tempo poético: chronos vs. kairos.

 

 

Bibliografia:

AA.VV. (1989): Homenagem a Manuel Bandeira. Organizador Maximiliano de Carvalho e Silva (Rio de Janeiro: Sociedade Sousa da Silveira / Presença).