Sumários

Deus (3)

30 Março 2017, 18:00 Ricardo Santos

O Argumento Ontológico Modal de Charles Hartshorne. Justificação das suas duas premissas: (1) necessariamente, se Deus existe, então Deus existe necessariamente; e (2) possivelmente Deus existe. Explicação da validade do argumento, com base na semântica dos mundos possíveis. Discussão do argumento: (i) É circular? A conclusão está contida nas premissas? (ii) É verdade que se algo é concebível então não é impossível? A crítica de William Rowe, com o exemplo dos mágicos e dos magiadores.


Deus (2)

27 Março 2017, 18:00 Ricardo Santos

Revisão do argumento ontológico de Anselmo e de Descartes. Três objecções ao argumento: (i) a objecção de Gaunilo, segundo a qual o mesmo género de argumento poderia provar a existência de muitas outras coisas, como por exemplo de “uma ilha maior do que a qual nenhuma pode ser pensada”; (ii) a objecção de que a existência não é um predicado (de primeira ordem) (Kant, Frege, Russell), mas sim um quantificador ou um predicado de ordem superior; (iii) a objecção de que a conclusão (“Um ser sumamente perfeito existe”) é ambígua, e na leitura desejada (como proposição particular afirmativa) não se segue das premissas.


Deus (1)

23 Março 2017, 18:00 Ricardo Santos

Argumentos tradicionais em defesa da existência de Deus: argumento ontológico, argumento cosmológico e argumento teleológico. O argumento ontológico de Anselmo de Cantuária (Proslogion, II). Deus concebido como “um ser maior do que o qual nada pode ser pensado”: se este ser existisse apenas no intelecto, poder-se-ia pensar um ‘maior’ do que ele. O argumento ontológico de Descartes (Meditações Metafísicas, 5ª Meditação). Deus concebido como “um ser sumamente perfeito”: se este ser não existisse, faltar-lhe-ia uma perfeição.


Fatalismo (3)

20 Março 2017, 18:00 Ricardo Santos

Problemas para a resposta de Ockham: 1) não há explicação de porque é que os factos moles não validam a inferência da verdade para a necessidade; 2) a distinção entre factos duros e moles é pouco clara e parece que pode haver variantes do argumento com factos intuitivamente duros (caso do saber). (iv) A resposta de Peirce: distinção entre “Será certo que não haverá uma batalha” e “Não é certo que será certo que haverá uma batalha”. Os mesmos problemas que se colocam a Lukasiewicz. Variantes do argumento da Batalha Naval: A) o Argumento Dominador (Diodoro Crono) (usa os princípios de que o presente e o passado são necessários e de que factos implicados por factos necessários são também necessários); B) o argumento sobre a omnisciência divina (Boécio). Um outro argumento fatalista, que usa como premissas: 1) a necessária omnipotência, omnisciência e benevolência de Deus, e 2) que há um mundo possível que necessariamente é o melhor.


Fatalismo (2)

16 Março 2017, 18:00 Ricardo Santos

Respostas ao argumento da Batalha Naval. (i) rejeição da lei do terceiro excluído (Lukasiewicz). Problemas para este tipo de resposta: 1) parece partir do pressuposto de que já hoje há só duas possibilidades abertas: ou haverá uma batalha ou haverá paz; 2) não explica o facto de que hoje podemos já crer com boas razões e até saber que, por exemplo, haverá uma batalha. (ii) rejeição da lei da verdade, que de “A” infere “A frase “A” é verdadeira” (Aristóteles). Problemas para este tipo de resposta: 1) se amanhã haverá uma batalha, então parece que já hoje “Haverá uma batalha” é verdadeira. 2) Variação do argumento com saber em vez de verdade, implicando que se tem de negar que alguém possa ter conhecimento do futuro aberto. (iii) rejeição da inferência-da-verdade-para-a-necessidade (Ockham).