Sumários

O Burlesco no Cinma

3 Dezembro 2015, 12:00 Fernando Guerreiro

1. noções de Grotesco= "cómico absoluto" (Baudelaire, 1855) e "filme três comique" (Canudo, 1908); 2. cinema , mecanização e comédia:centralidade da questão do corpo como Hieróglifo= Alegoria da Modernidade; 3.  características do Burlesco no 1º  Cinema (1896-1914): um cómico visual/ físico; da performance e do improviso; dos actos e do movimento; das coisas: o Homem-coisa e imagem-objecto (Reverdy); função estruturante dos "décors" como determinação da imagem (da figura como linha, arabesco (Chaplin));movimento perpétuo e tempo circular; efeitos de des-realização e des-sacralização dos valores; 4. projecção de filmes do cinema cómico francês: das "scènes comiques" ("Le Cochon dansant", 1903) às "séries personnelles" ("Onésime Horloger"(1912) e "Les Débuts de Max au cinéma"(1910)) e "comédies" (Max Linder); também de "Bangville Police" da série "Keystone Cops" de Mack Sennett (1913).

Bibliográfia: textos de Gilbert Seldes e Jan Pierre Coursodon na pasta da cadeira


W. Friedkin, "To Live and Die in LA" (1985):a falsidade dos signos, circulação do dinheiro/ arte

1 Dezembro 2015, 12:00 Fernando Guerreiro

1. convencionalidade e arbitrariedade dos signos na fase do capitalismo financeiro; 2. da crise da narrativa clássica ( do "male action hero" e do cinema de acção) às novas ficções do herói não motivado/ não-comprometido (T. Elsaesser); 3) W. Friedkin: 3.1. Expressionismo/ Grotesco e realismo minimal (abstracto); 3.2. figuras da crise: satelização da acção, problematização dos motivos/ valores,  divisão do Sujeito: figuras do duplo e da máscara; 3.3  a circulação do dinheiro e da arte: a questão do verdadeiro e do falso, do original e da cópia (Masters); o estado pós-pop  do "fim da arte" (relação com o final de "Citizen Kane" de Orson Welles); 3.4. o duplo fim do filme :aberto, com Bianca (as telas de Masters como o "Rosebud" do filme), fechado, com Vukovich (como réplica de Chance); 3.5. a "última imagem": o Grande-plano de Chance como "fantasma" do dispositivo de reprodução do dinheiro = sociedade = sujeito =arte

 * projecção (comentada) de um dvd do filme


John Ford, "The Grapes of Wrath" (2)

26 Novembro 2015, 12:00 Fernando Guerreiro

1. o Herói no grupo, que se define mais pelos actos do que pelo discurso (Casey); 2. a Família como grupo: a mãe como factor de coesão - os seus três monólogos; 3. o discurso sobre a Terra: concepção orgânica (vs) convencional (abstracta) de "propriedade"; 4. os dois "finais" (Ford/ Zanuck): 4.1. dois heróis: individual: Tom / orgânico: a mãe; 4,2, dois tipos de acção: a intervenção (tempo curto, por sobressalto)/ a ordem das coisas= natureza (tempo longo, cíclico): a mãe.

 * projecção (comentada) do resto do filme


John Ford, "The Grapes of Wrath" (1940): uma ficção da crise

24 Novembro 2015, 12:00 Fernando Guerreiro

1. o fenómeno da migração "oakie" no quadro da Depressão de 1937 e da crise agrícola de 1935/9, devido às tempestades de areia no "Dust Bowl" : do "crash" da Bolsa de 1929 à política do "New Deal" de Roosevelt/ Keynes (1933/4): a política da Farm Security Administration - o seu projecto fotográfico; 2. "The Grapes of Wrath": mimese, documento ou filme expressionista?; 2.1. um filme mais de "interiores" do que de "exteriores": efeito de enclausuramento como construção do espaço, adensamento expressivo e fisicalidade dos personagens; 2.2. um filme "nocturno": o "claro-escuro" como forma de crise/ dramatização do real;  espectralização do real/ personagens e abstracção da propriedade e do capital; 2.3. sequências diurnas: o flashback de Muley, entrada  no campo ("hooverville") de deslocados , o campo modelo: do "pesadelo" à ideologia e à utopia.

* projecção dos primeiros 20mn do filme
Bibliografia: texto de Andrew Sarris na pasta da cadeira


D.W. Griffith, "A Corner in Wheat" (1909)

19 Novembro 2015, 12:00 Fernando Guerreiro

D.W.Griffith, "A Corner in Wheat" (1909): 1. não a "picture drama" mas "an editorial, na essay" que testa os poderes do cinema; 2. do esquema ficcional binário (camponeses vs especulador) ao triádico (os consumidores); 3. a Montagem paralela de contrastes como análise económica: a Alegoria como figura (tropo) da Abstracção; 4.estrutura cíclica e "fade out" final; 5. Griffith e Eisenstein: percursor da Montagem intelectual?

 * projecção do filme de Griffith e da abertura de "News from Ideological Antiquity" de Alexander Kluge (2010)