Sumários
Eisenstein: a economia e a montagem intelectual
17 Novembro 2015, 12:00 • Fernando Guerreiro
1. o método dialético: no real, no pensamento e na forma (montagem= pensamento); 2. a questão da Montagem: 2.1. da montagem-ligação à montagem-conflito e da montagem de atracções à montagem-intelectual: o modelo do teatro Kabuki - a estimulação total do cérebro por todos os meios e sentidos; 2.2. a imagem por sobreposição: Ideograma- Palimpsesto- Hieróglifo; 2.3. do cinema da "palavra" (=plano) ao cinema do "discurso": a absorção do modelo do "monólogo interior" e da "corrente de consciência": o "Ulisses" de James Joyce (a "bíblia do novo cinema"); 3. três momentos: a) o projecto de um filme sobre "O Capital" de Marx ; b) a sequência dos deuses de "Outubro" ("atracções intelectuais"); c) o "sonho" de Marta em "A Linha Geral" (projecção das sequências referidas deste dois últimos filmes)
Um problema de Representação: a figuração do "dinheiro"
12 Novembro 2015, 12:00 • Fernando Guerreiro
1. o cinema e o dinheiro: 1.1. o cinema como indústria e arte (Bela Balàzs); 1.2. resistência e opacidade do dinheiro (economia) à figuração; 2. o dinheiro como equivalente (universal) dos signos/ trocas: 2.1. efeitos de divisão, objectivação, quantificação; 2.2. o dinheiro (abstracto-material) enquanto signo - características: neutralidade (sem qualidades), significante-flutuante, sem referente (origem), reprodutível, desrealização (virtualidade); 3. efeitos da economia monetária na cultura (Simmel): normalização (globalização) / particularização (individuação); 4. a situação da obra de arte "na idade da sua reprodutibilidade técnica" (W. Benjamin): o cinema como reprodução; 5. análise da 2ª sequência da bolsa de "O Eclipse" de M. Antonioni (1962).
Bibliografia: páginas do texto de W. Benjamin na pasta da cadeira. 2ª Antologia da cadeira disponível na reprografia azul.
Abel Ferrara, "Body Snatchers" (1993)
10 Novembro 2015, 12:00 • Fernando Guerreiro
3. Abel Ferrara, "Body Snatchers" : 3.1.um cinema sensorial, matérico; 3.2. "vírus" não "exterior" (Siegel, Kaufman) mas "interior", "orgânico" (=rizoma) no quadro da desertificação da paisagem natural/ urbana: a base como "não-lugar"; 3.3. o ponto de vista dos "filhos": a) Andy: a questionação da "cena primitiva"; b) Marti: reconfiguração do "romance familiar"; 3.3. uma cinema da "mutação" como fonte de "horror" (abjecção) mas também de "sedução" - pelos "novos corpos" (duplos de Carol, Marti) e "novas imagens".
Don Siegel: "The Invasion of the Body Snatchers" (2)
5 Novembro 2015, 12:00 • Fernando Guerreiro
1. Don Siegel: do cinema de géneros dos estúdios (a Warner Brothers) ao "horror noir": um estilo económico e directo, a "rarefacção" do "noir";
2) a atmosfera de "suspeita" em relação às aparências: a "estranheza" do quotidiano (a chegada à vila); 3) o efeito de "claustrofobia" e o uso da "profundidade de campo": tensão entra a objectividade fotográfica (onírica) da luz e o claro-escuro das sombras (nocturno); 4) as duas cenas de "anatomia": o corpo do alienígena como figura da imagem de cinema; 5) a sequência da "gruta": inversão da alegoria de Platão: a sedução das sombras, o corpo "mudado" de Becky (a nova imagem de cinema); 6) como salvar o corpo do "duplo"?; 7) a versão de Phil Kaufman (1978): do "noir" à "ficção científica"; da "metafísica" ao "orgânico" ( continuidade do processo de "mutação"); uma estética da "abjecção": o "sensacionalismo" do novo "horror" e da nova "imagem" de cinema
* projecção de um dvd do filme de Siegel e da sequência da "mutação" do filme de Kaufman
Bibliografia: entrevistas de Phil Kaufman e de Abel Ferrara na pasta da cadeira
O "remake": o caso de "The Invasion of the Body Snatchers" (1)
3 Novembro 2015, 12:00 • Fernando Guerreiro
1.o "remake" como modo de produção (económica e formal) e forma de "reflexividade" e de "(re)escrita crítica": 1.1. como "repetição diferenciante " numa situação de "irregularidade (novidade) regulamentada" (Eco); 1.2. o motivo do "duplo";
2. a Ficção Científica como forma de Alegoria do Cinema: "The Invasion of the Body Snatchers" : 2.1. o romance de Jack Finney (1955): i) "ficção científica social" e escrito , como um "script", para o cinema; ii). o motivo do "duplo" (figura da "imagem de cinema"): modalidades de (re)produção - a cunhagem do dinheiro e a revelação fotográfica; híper-mimetismo e desvio da anamorfose (grotesco) e do "estranho" (Freud, "Das Unheimliche"); iii) impasse: para onde vão os originais?.
Bibliografia: fotocópia de páginas do artº de Susaan Sontag "Imagens de desastre" ("Contra a Interpretação e outros textos") (pasta da cadeira); Umberto Eco, "A noção do serial" ("Sobre os Espelhos e outros ensaios")