Sumários

Da "caméra-stylo" (Astruc) ao "cérebro-ecrã" (Deleuze)

1 Junho 2016, 12:00 Fernando Guerreiro

Da "caméra-Stylo" (Alexandre Astruc) ao "cérebro-ecrã" (Gilles Deleuze): do cinema como "escrita das formas" ao cinema como "trabalho da mente".

Projecção de  filmes de A. Astruc ("Le Puits et le Pendulum", 1964), Pasolini (sequência "Toto au cinéma" de "Passarinhos e Passarões", 1966), Jean-Luc Godard ("Puissance du langage", 1988), Darren Aronofsky (abertura de "Phy", 1998).

TESTE: 4ªf= 8 de Junho (12-15h), sala 2.1.


Gus Van Sant, "Paranoid Park" (2)

30 Maio 2016, 12:00 Fernando Guerreiro

4. Da Literatura - o interior/a moral=catarse - ao Cinema - exterior/ o estético; 4.1. a deflação da catarse: uma estética da imanência: a refundação de um espaço-tempo, o "de fóra"; 4.2. um cinema mental (=poesia): o discurso interior do real/ coisas (Pasolini).

* projecção (comentada) de um dvd do filme
ATENÇÃO:
1) o Teste de 4ªf= 8 de Junho , das 12-15h, será na sala 2.1.
2) o teste é sem consulta; excepção feita para a Antologia de textos literários.


Gus Van Sant, "Paranoid Park" (2007)

25 Maio 2016, 12:00 Fernando Guerreiro

1. um "cinema-poesia" (V. Sklovski): da pintura bidimensional ("Elephant") a uma pintura matéria, de texturas ("Paranoid Park"): a "imagem-palimpsesto" (=cristal); 2. o plano da Enunciação: de onde vêm as imagens dos skaters?; qual o seu grão/ matéria?; subjectivas ou objectivas?; a indeterminação/ imponderabilização do real/ imagens  pelo efeito do" slow-motion", da repetição e da atmosfera sonora; 3. uma estrutura narrativa não linear/ cronológica (Blake Nelson) mas "baralhada" ou estruturada pelo "vazio"; carácter originário da "morte" e da "imagem-trauma" (efeitos de divisão do sujeito e do signo cinematográfico: a cena do chuveiro).

* passagem de uma sequência de "Elephant" de Van Sant


"Paranoide Park", romance de Blake Nelson (2006)

23 Maio 2016, 12:00 Fernando Guerreiro

1. plano do "género": modalidade de enunciação da "carta"; plano do "discurso". um "monólogo interior" com flashes dissociativos de "corrente da consciência" (R. Humphrey); 2. a contextualização social e a descrição do meio dos "skaters" em Portland: Paranoid Park como não-lugar, lugar de teste/ iniciação mas também horizonte/ ponto de fuga; 3. a crise da "família" (o divórcio) e a problemática do "sexo" (mais "simulação" do que "acto"); 4. a temática da "culpa" (Dostoieweski): desresponsabilização dos pais/ adultos; o motivo da "confissão" e a "carta" como saída do impasse: "choro" como "oração" e "catarse"; 5. a "imagem-trauma" do acidente:"schize" do sujeito: registos da alucinação, do sonho e do cinema, imersão do sujeito num universo (aquário) de imagens - mundo reproduzido e diferido pelos dispositivos de vídeo e TV.

* projecção de uma sequência de "Wassap Rockers" de Larry Clark (2005) 

TESTE: 8 de Junho (4ªf) na sala 2.13


Modalidades de subjectivação do discurso do cinema

18 Maio 2016, 12:00 Fernando Guerreiro

Da Montagem-Intelectual (Eisenstein) à "corrente de consciência" (Gus Van Sant)

1. os "formalistas russos" (1927, "Poetika kino"): 1.1. o cinema como "linguagem": o "enquadramento(kadr) como signo cinematográfico; 1.2. mais arte do "tempo"= "significação" do que de "representação" (visual: do espaço); 1.3. modalidades de inclusão da linguagem na imagem: os "intertítulos" como modalização/ acento; elaboração do "discurso interior" do espectador;.

2. a Montagem como segunda articulação: passagem da fotogenia à cinegenia; 2.1. Eisenstein: i) a montagem como significação= simbolização; multiplicação não adição dos sentidos; ii) Montagem-Colisão, vertical, não Montagem-Ligação, horizontal; iii) percepção como sobreposição e não sucessão das imagens: a imagem-ideograma (palimpsesto= hieróglifo); iv) a montagem-intelectual (atracções intelectuais); 2.2. "Outubro" (1928): a sequência dos deuses (écranização dos conceitos) e o "discurso interior" no marinheiro no quarto da czarina.

* projecção, com as duas sequências de "Outubro" de uma sequência  (segmento "Céu") de "Hero" de Zhang Yimou