Sumários

A Universidade.

19 Outubro 2023, 09:30 Angélica Varandas


A primeira renascença do século XII.

O surgimento do gótico, o surgimento das ordens mendicantes. A universidade.
O crescimento urbano e a burguesia.

Translationes imperii/regni: Roma – Aquisgrano, Toledo – Oviedo – Leão.

17 Outubro 2023, 15:30 Rodrigo Furtado


I.                O conceito de translatio imperii/translatio regni.

1.      Emílio Sura (s. II a.C.), Dionísio de Halicarnasso e Vergílio: a unificação do orbe;

2.      Eusébio de Cesareia e a Crónica: o esquema do livro.

 

Ver: https://digital.bodleian.ox.ac.uk/objects/71e1863f-9c42-4461-b948-393cd976765a/surfaces/23871225-28ef-4829-a814-986332bea2fc/

 

3.      Orósio e a nova Translatio imperii: Babilónia/Pérsia, Macedónia, Cartago, Roma. Roma como fim da história.

4.      Quem sucede a Roma? A resposta óbvia: Constantinopla.

 

II.              Roma mantém-se: os Ostrogodos de Teodorico, o Grande.

1.     A Itália do ano 476: a deposição de Rómulo Augústulo e a devolução das insígnias imperiais por Odoacro.

2.     A chegada de Teodorico (489-493):

                                             1.     Um homem educado em Constantinopla que sabia mais Grego que a maioria dos Itálicos;

                                             2.     Ostrogodos empurrados para Ocidente;

                                             3.     Os títulos de patricius e de rex;

3.      O valor da estabilidade e a ‘conquista’ da aristocracia senatorial: prosperidade e crescimento económico na primeira metade do s. VI. Roma afinal mantém-se.

3.1   A imitação imperial por Teodorico;

3.2   O restauro e construção de monumentos; panes et circenses; o aduentus e os tricennalia em Roma do ano 500; semper Augustus.

 

Map of the Empire of Romans and Goths under the rule of Theodoric - 523 AD  : r/imaginarymaps

 

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Uma imagem com ar livre, árvore, edifício, céu

Descrição gerada automaticamente

 

 

III.             A translatio hispânica: de Roma para Toledo para Oviedo.

1.      Leovigildo (569-585) e a conquista visigótica de quase toda a Península Ibérica.

                                               i.     Os símbolos do poder régio: diadema, ceptro, púrpura, trono;

                                              ii.     Fundações: Recópolis; uma nova capital: Toledo: uma nova Constantinopla;

2.     Recaredo e o III Concílio de Toledo (589): o vocabulário: princeps, rex, Flavius.

3.     Oviedo e o reino das Astúrias na primeira metade do século IX.

Rodrigo Furtado

Bibliografia Sumária

Breed, B. (2021), ‘The politics of Time: epistemic shifts and the reception history of the Four Kingdoms Schema’, Four Kingdom Motifs before and beyond the Book of Daniel, Leiden-Boston, 300-328.

..………………………………………

Collins, R. (1983), ‘Poetry in ninth century Spain’, Papers of the Liverpool Latin Seminar 4, 181-195.

Collins, R. (19952), Early Medieval Spain: Unity in Diversity, 400-1000, New York.

Contreni, J. (1992), Carolingian learning, masters and manuscripts, Hampshire.

Deswarte, Th. (2003) De la destruction a la restauration. L’idéologie du royaume d’Oviedo-León (VIIIe-XIe siècles), Turnhout.

Furtado, R. (2016), ‘The Chronica Prophetica in MS. Madrid, RAH Aem. 78’, Forme di accesso al sapere in età tardoantica e altomedievale VI,Trieste, 2016, 75-100.

James, E., ed. (1980), Visigothic Spain: New Approaches,  Oxford. 

McKitterick, R. (2008), Charlemagne: the formation of an European identity, Cambridge.

McKitterick, R., ed. (1993), Carolingian culture: emulation and innovation, Cambridge.

Nelson, J. (1977), ‘On the limits of the Carolingian renaissance’, Renaissance and renewal in Christian history,  Oxford, 51-69.

Pocock, J. G. A. (1999), ‘The historiography of the translatio imperii’, Barbarism and religion. 3. The first decline and fall, Cambridge.

Valverde Castro, M. R. (2000). Ideología, simbolismo y ejercicio del poder real en la monarquía visigoda: un proceso de cambio, Salamanca. 

O simbolismo do templo cristão.

17 Outubro 2023, 09:30 Angélica Varandas


A arte sacra e o simbolismo do templo cristão. A catedral de Chartres.

Inscrever Deus no Espaço e reconhecê-lo no tempo: a inteligibilidade do mundo e da história.

12 Outubro 2023, 15:30 Rodrigo Furtado


  1. A representação do espaço no mundo antigo.
    1. Concepção aristotélica: o museu de Alexandria;

                                               i.     A esfericidade da terra: o cálculo da circunferência por Eratóstenes (s. II a.C.);

                                              ii.     Os três continentes do hemisfério norte; o desconhecimento do hemisfério sul.

                                             iii.     Os mapas: Eratóstenes, Ptolemeu;

                                             iv.     Objectivos: ciência mensurável; vivência prática e utilitária do espaço.

    1. Concepção platónica/‘romana’: a terra como metáfora.

                                               i.     Representação da terra como um plano circular;

                                              ii.     Centro: 3 continentes; Mediterrâneo: centro geométrico; Roma: centro do Mediterrâneo = centro do mundo; o oceano.

 

2.     Triunfo da concepção romana a partir da Antiguidade tardia.

a.      O contexto: o triunfo de ‘Platão’ sobre Aristóteles = triunfo do Cristianismo. O que é a realidade?

    1. Triunfo de uma concepção simbólica do espaço: qualitativa e não quantitativa:

                                               i.     Espaço não é entendido como valor quantitativo, relacionado com a distância a percorrer

                                              ii.     Natureza: conjunto de símbolos decifráveis; livro onde se podem ler os sinais da obra divina;

                                             iii.     Símbolos: compreender quem é Deus. Geometrização/esquematização do espaço.

c.      O espaço como reflexo da vontade de Deus;

                                               i.     A intervenção de Deus no espaço como criador e como actor;

 

3.     A tendência para a geometrização das formas de representação da realidade.

600px-Diagrammatic_T-O_world_map_-_12th_c.jpg s. XII

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- Colagem estrita à representação bíblica do mundo;

- Jerusalém no centro: junção dos três continentes;

- Interpretação bíblica do espaço terrestre:

-       Círculo: perfeição divina;

-        T: prefiguração da cruz; aponta para a Ressurreição

 

REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO TERRESTRE:

                  - Anunciaria desde sempre:

                                                     - marca do Criador

                                                     - redenção

           - Permitiria detectar sinais da presença de Deus.

 

 

4.     O tempo histórico.

6.1   Visões clássicas do tempo:

6.1.1        O pessimismo histórico hesiódico;

6.1.2        O tempo cíclico: tempo histórico e tempo natural;

6.1.3        As intervenções dos deuses e a ausência de plano;

6.2   A (re)fundação cristã:

6.2.1        O nascimento de Cristo;

6.2.2        A Parúsia;

6.3   A coincidência Cristo/Augusto: Pax Romana=Cristianização.

Rodrigo furtado

Bibliografia sumária:

Althoff, G.,-Fried, J., Geary, P. J., ed. (2013), Medieval concepts of the past, Cambridge.

Burgess, R. W., Kulikowski, M. (2013), Mosaics of Time. The Latin Chronicle Traditions from the First Century BC to the Sixth Century AD, 1. A Historical Introduction to the Chronicle Genre from its Origins to the High Middle Ages, Turnhout.

Burrow, J. A. (1986), The ages of man: a study in medieval writing thought, Oxford.

Dalché, P. G. (2009), La géographie de Ptolémée en Occident, Turnhout.

Dalché, P. G. (2011), ‘Les représentations de l’espace en Occident de l’Antiquité tardive au xvie siècle’, Annuaire de l'École pratique des hautes études (EPHE), Section des sciences historiques et philologiques, 142, 109-114.

Edson, E. (1997), Mapping Time and Space, London.

Englisch, B. (2002), Ordo orbis terrae. Die Weltsicht in den Mappae mundi des frühen und hohen Mittelalters, Berlin.

Goetz, H. W. (1980), Die Geschichtstheologie des Orosius, Darmstad.

Gurevich, A. (1985), The categories of medieval culture, London.

Harley, J. B., Woodward, D., ed. (1987), The history of cartography 1, Chicago.

Humphrey, Ch., Ormrod, W. M., ed. (2001), Time in the medieval world, Rochester, NY.

Inglebert, H. (1996), Les Romains chrétiens face à l’histoire de Rome. Histoire, christianisme et romanité en Occident dans l’Antiquité tardive (IIIe-Ve siècles), Paris.

Le Goff, J. (1983), A Civilização do ocidente medieval, Mem Martins, 169-241.

Porro, E., ed. (2001), The medieval concept of time, Leiden.

Russel, J. B. (1991), Inventing the Flat Earth, New York, Westport, Conn.

Talbert, R. J. A., Unger, R. W., ed. (2008), Cartography in Antiquity and the Middle Ages: fresh perspectives, new methods, Leiden.

Zumthor, P. (1993), La mesure du monde, Paris, 317-344.

O neoplatonismo e outras doutrinas.

12 Outubro 2023, 09:30 Angélica Varandas


O neoplatonismo e outras doutrinas: neopitagorismo, gnosticismo e hermetismo.